28 março 2006
Tiques e truques
Publicou O Militante o seguinte texto, que transcrevo com a devida vénia e sem comentários, à melhor atenção das leitoras e leitores:
“(...) Foi a partir das premissas «Trabalho, Honestidade e Competência» que a organização do Partido em Alcochete encarou a derrota eleitoral da CDU em 2001. Rapidamente se passou para a acção política, informando a população, denunciando a gestão do PS nas autarquias e tratando os problemas das populações. O Partido conseguiu assim encarar de frente a nova realidade com todas as dificuldades inerentes a esta situação, e avançou com grande empenho, alicerçado no objectivo claro de reconquistar as autarquias do concelho. Também aqui a campanha de contactos teve uma importância decisiva na mobilização de vontades e esforços, quando cerca de um ano antes das eleições os nossos camaradas iniciaram no terreno o trabalho de contacto com as populações, que seria um dos factores decisivos para a nossa vitória. As acções de contacto directo com a população passaram a ser regulares, sendo encaradas com naturalidade pela população e pelo Partido. A organização local do Partido conseguiu chegar mais longe, alargar a base eleitoral da CDU, reunir apoios de sectores descontentes da população. O boletim «O Concelho», editado pela Coordenadora Concelhia da CDU foi um importante instrumento de informação sobre o nosso projecto e acção. Muitos foram os jovens envolvidos em todos os aspectos da campanha, desde a acção diária de ganhar o apoio de mais um amigo ou colega, até à participação nas listas, demonstrando também aqui a importância da aprendizagem e troca de saberes entre várias gerações. E agora partilhando responsabilidades enquanto eleitos! (...)”.
Vanessa Silva, (Membro do Comité Central do PCP), in O Militante, n.º 280, Janeiro /Fevereiro, 2006.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
As verdadeiras causas da vitória da CDU em Alcochete, nas últimas eleições autárquicas, não estão retratadas com rigor neste texto.
Esta é uma versão para emulação interna.
Ninguém ganha eleições em Alcochete fazendo apenas o que o texto refere.
Elas ganham-se dentro da própria câmara, desde que a abstenção seja (como foi) elevada.
Amigo Bastos,
É, claro, um texto de emulação interna. Mas dá as indicações, subliminares, do q foi a camapnha eleitoral. E, nesse aspecto, creio-o paradigmático da mentira q se alimentou. Aliás está à vista!
O problema não se resume a verdades e mentiras. É muito mais sério.
Desde o encerramento da maioria das unidades industriais, criadas nas décadas de 50 a 70, centenas de famílias de Alcochete passaram a depender directa ou indirectamente da câmara.
Some os dirigentes das colectividades, que dela dependem também para as manter abertas, e tem para cima de 3.000 pessoas!
É muita gente em 6.780 votantes que afluíram às urnas em Outubro.
É essa gente que faz ganhar e perder eleições, uma vez que os novos moradores (que representam já 50% da população residente), interessam-se tanto pelo concelho como o município por eles.
Suponho q o meu post "Tenham vergonha" dá resposta a isso. De qq modo, o q mais me confrange, e daí tb a minha maior atenção, é a "política" e os termos em q a mesma se desenvolve, de acordo com o q escrevi.
Sim, responde. Mas só o li após ter escrito este post.
Ai a política, a política! Les portugais sont toujours gais...
Enviar um comentário