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04 outubro 2009
FALTA DE RESPEITO
Não sei quem foi o carro de campanha porque não consegui distinguir bem o som musical nem foram proferidos slogans de campanha, mas a um domingo de manhã pelas 10h fazer ruído é uma falta de respeito para com os cidadãos.
31 julho 2009
TEMOS VIVIDO NA GRANDE DEMAGOGIA DESTE GOVERNO
Fugindo um pouco ao âmbito deste espaço, mas como cidadão e atendendo à época que vivemos não posso esconder o texto a seguir:
"Os dados da área ardida, inscritos no Sistema de Gestão de Informação dos Incêndios Florestais (SGIF), foram alterados em 2007 e 2008, e a “Autoridade Nacional Florestal tentou substituir ocorrências passando-as para queimadas”, conforme relatório da GNR.
De acordo com o relatório Operação Floresta Segura 2008, da Guarda Nacional Republicana, durante a “campanha de 2007, vários oficiais de ligação nos Comandos Distritais de Operações de Socorro informaram que os dados carregados pelas Equipas de Manutenção e Exploração de Informação Florestal (EMEIF) apareciam alterados por desconhecidos”, no SGIF.
No documento lê-se ainda que os “problemas em 2008 se mantiveram, embora o número de situações tivesse diminuído”, e que “houve também conhecimento de registos em que a Autoridade Nacional Florestal tentou substituir ocorrências registadas no SGIF, passando-as para queimadas”.
“Embora num número muito inferior ao de 2007”, durante o ano passado também se “verificaram algumas alterações à primeira localização de incêndios, e à área ardida inicialmente introduzida”, revela ainda o relatório.
A GNR dá ainda conta que “os alertas dados pelos postos de vigia não foram contabilizados”, no Sistema de Gestão de Informação dos Incêndios Florestais, apesar de a GNR ter contabilizado 3.194 alertas transmitidos a partir daqueles postos.
Ainda de acordo com o documento, no sistema encontram-se “registadas várias ocorrências que não são consideradas incêndio florestal, por terem ocorrido em espaços urbanos ou porque o que ardeu é irrisório. Presume-se que tal aconteça para se tentar justificar as saídas dos meios de combate, uma vez que, nestas situações não há lugar a pagamento do serviço”.
A GNR desconhece quem altera os dados relativos aos incêndios, inscrevendo no relatório apenas que são “alterados por desconhecidos”, e que já alertou várias vezes a Autoridade Nacional Florestal para estes casos.
A introdução dos dados no SGIF, bem como a sua permanente actualização, é da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana conforme a portaria 798/2006 de 11 de Agosto.
Em 2007 registaram-se 18.732 ocorrências de fogo em que arderam 31.450 hectares, dos quais 1.183 correspondem a povoamentos florestais de acordo com os relatórios da Autoridade Nacional Florestal.
Em 2008 aquela Autoridade inscreve 13.832 situações de fogo em que arderam 17.244 hectares, dos quais 1.833 correspondem a área de floresta, o que permite concluir que nos dois últimos anos se registaram as menores áreas ardidas desde 1999".
"Os dados da área ardida, inscritos no Sistema de Gestão de Informação dos Incêndios Florestais (SGIF), foram alterados em 2007 e 2008, e a “Autoridade Nacional Florestal tentou substituir ocorrências passando-as para queimadas”, conforme relatório da GNR.
De acordo com o relatório Operação Floresta Segura 2008, da Guarda Nacional Republicana, durante a “campanha de 2007, vários oficiais de ligação nos Comandos Distritais de Operações de Socorro informaram que os dados carregados pelas Equipas de Manutenção e Exploração de Informação Florestal (EMEIF) apareciam alterados por desconhecidos”, no SGIF.
No documento lê-se ainda que os “problemas em 2008 se mantiveram, embora o número de situações tivesse diminuído”, e que “houve também conhecimento de registos em que a Autoridade Nacional Florestal tentou substituir ocorrências registadas no SGIF, passando-as para queimadas”.
“Embora num número muito inferior ao de 2007”, durante o ano passado também se “verificaram algumas alterações à primeira localização de incêndios, e à área ardida inicialmente introduzida”, revela ainda o relatório.
A GNR dá ainda conta que “os alertas dados pelos postos de vigia não foram contabilizados”, no Sistema de Gestão de Informação dos Incêndios Florestais, apesar de a GNR ter contabilizado 3.194 alertas transmitidos a partir daqueles postos.
Ainda de acordo com o documento, no sistema encontram-se “registadas várias ocorrências que não são consideradas incêndio florestal, por terem ocorrido em espaços urbanos ou porque o que ardeu é irrisório. Presume-se que tal aconteça para se tentar justificar as saídas dos meios de combate, uma vez que, nestas situações não há lugar a pagamento do serviço”.
A GNR desconhece quem altera os dados relativos aos incêndios, inscrevendo no relatório apenas que são “alterados por desconhecidos”, e que já alertou várias vezes a Autoridade Nacional Florestal para estes casos.
A introdução dos dados no SGIF, bem como a sua permanente actualização, é da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana conforme a portaria 798/2006 de 11 de Agosto.
Em 2007 registaram-se 18.732 ocorrências de fogo em que arderam 31.450 hectares, dos quais 1.183 correspondem a povoamentos florestais de acordo com os relatórios da Autoridade Nacional Florestal.
Em 2008 aquela Autoridade inscreve 13.832 situações de fogo em que arderam 17.244 hectares, dos quais 1.833 correspondem a área de floresta, o que permite concluir que nos dois últimos anos se registaram as menores áreas ardidas desde 1999".
15 julho 2009
Plantai e semeai muito!

No passado, várias vezes escrevi neste blogue sobre a plantação de árvores, nomeadamente aqui e aqui.
Num dos textos alimentava expectativas de que os futuros candidatos à câmara de Alcochete inscrevessem nos seus programas a decisão de plantar (ou obrigar a plantar) uma árvore por cada nova dependência habitacional construída.
A menos de três meses da eleição de novos autarcas, não só se desconhecem planos de acção como ainda hoje estou à espera de decisões corajosas desse e doutros géneros. Não promessas mas planos concretos, viáveis e credíveis!
Certamente por coincidência, noutras paragens uma empresa imobiliária acaba de pegar na ideia para promoção comercial.
Continuo aqui, sentado, à beira-rio. E sem ver sequer passar navios!
04 junho 2009
Culpa morre solteira
Pode ter passado despercebido ao(à) leitor(a) deste blogue um curioso e esclarecedor artigo de António Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), publicado na edição do passado domingo do «Diário de Notícias» e cuja versão integral pode ser consultada através desta hiperligação.
O texto deixa-me perplexo porque o autor desempenha o cargo há mais de uma década (desde 16 de Março de 1998, poucos dias antes da inauguração da ponte Vasco da Gama) e a CCDR é "o mais abrangente organismo da administração desconcentrada do Estado, com a primordial atribuição de promover a integração entre desenvolvimento regional e local, ordenamento do território e ambiente" e, por outro lado, constitui uma importante alavanca de concertação entre a administração central e a administração local, tendo como principais atribuições:
"- Contribuir para a definição das bases gerais da política de desenvolvimento regional no âmbito da política de desenvolvimento económico e social do País;
- Executar, avaliar e fiscalizar, ao nível regional, as políticas de ambiente, de conservação da natureza, de ordenamento do território e de cidades;
- Garantir a elaboração, acompanhamento e avaliação dos instrumentos de gestão territorial;
- Coordenar os serviços desconcentrados de âmbito regional;
- Assegurar o cumprimento das responsabilidades de gestão, no âmbito da política de coesão da União Europeia em Portugal;
- Dinamizar a cooperação inter-regional e transfronteiriça;
- Apoiar tecnicamente as autarquias locais e as suas associações, em articulação com a Direcção-Geral das Autarquias Locais".
O que acima transcrevi consta dos estatutos da comissão e qualquer pessoa sensata pensará que a CCDRLVT e o seu director dispõem dos meios legais para travar excessos, de evitar a duplicação de equipamentos, o desperdício de recursos e de impor dimensão intermunicipal a projectos de autarcas impreparados ou mal-intencionados.
Mas as pessoas sensatas estão erradas porque, ao fim de onze anos de mandato, o presidente da comissão enjeita partilhar responsabilidades. Endossa a culpa aos autarcas e à fragmentação administrativa do território, embora a maioria dos projectos careça de parecer vinculativo dos serviços tutelados pelo articulista.
Não perderei tempo a discutir agora a questão da divisão administrativa do País, classificada pelo autor como demasiado fragmentada e para a qual preconiza profunda reforma. Conheço essa tese e sobre ela muito haverá a debater nos próximos tempos – nomeadamente em Alcochete – porque antes de haver novo aeroporto o arco ribeirinho a Sul do Tejo pode ficar reduzido a dois municípios.
Finalmente, os quatro derradeiros parágrafos do artigo do presidente da CCDRLVT ficam à consideração dos líderes partidários em Alcochete. Presumo justificarem reflexão porque nenhum dos candidatos já conhecidos me parece corresponder ao perfil sugerido e, portanto, para sermos bem servidos melhor seria convidar o autor a candidatar-se à edilidade de Alcochete.
O texto deixa-me perplexo porque o autor desempenha o cargo há mais de uma década (desde 16 de Março de 1998, poucos dias antes da inauguração da ponte Vasco da Gama) e a CCDR é "o mais abrangente organismo da administração desconcentrada do Estado, com a primordial atribuição de promover a integração entre desenvolvimento regional e local, ordenamento do território e ambiente" e, por outro lado, constitui uma importante alavanca de concertação entre a administração central e a administração local, tendo como principais atribuições:
"- Contribuir para a definição das bases gerais da política de desenvolvimento regional no âmbito da política de desenvolvimento económico e social do País;
- Executar, avaliar e fiscalizar, ao nível regional, as políticas de ambiente, de conservação da natureza, de ordenamento do território e de cidades;
- Garantir a elaboração, acompanhamento e avaliação dos instrumentos de gestão territorial;
- Coordenar os serviços desconcentrados de âmbito regional;
- Assegurar o cumprimento das responsabilidades de gestão, no âmbito da política de coesão da União Europeia em Portugal;
- Dinamizar a cooperação inter-regional e transfronteiriça;
- Apoiar tecnicamente as autarquias locais e as suas associações, em articulação com a Direcção-Geral das Autarquias Locais".
O que acima transcrevi consta dos estatutos da comissão e qualquer pessoa sensata pensará que a CCDRLVT e o seu director dispõem dos meios legais para travar excessos, de evitar a duplicação de equipamentos, o desperdício de recursos e de impor dimensão intermunicipal a projectos de autarcas impreparados ou mal-intencionados.
Mas as pessoas sensatas estão erradas porque, ao fim de onze anos de mandato, o presidente da comissão enjeita partilhar responsabilidades. Endossa a culpa aos autarcas e à fragmentação administrativa do território, embora a maioria dos projectos careça de parecer vinculativo dos serviços tutelados pelo articulista.
Não perderei tempo a discutir agora a questão da divisão administrativa do País, classificada pelo autor como demasiado fragmentada e para a qual preconiza profunda reforma. Conheço essa tese e sobre ela muito haverá a debater nos próximos tempos – nomeadamente em Alcochete – porque antes de haver novo aeroporto o arco ribeirinho a Sul do Tejo pode ficar reduzido a dois municípios.
Finalmente, os quatro derradeiros parágrafos do artigo do presidente da CCDRLVT ficam à consideração dos líderes partidários em Alcochete. Presumo justificarem reflexão porque nenhum dos candidatos já conhecidos me parece corresponder ao perfil sugerido e, portanto, para sermos bem servidos melhor seria convidar o autor a candidatar-se à edilidade de Alcochete.
30 maio 2009
Obrigado guardiões do Ambiente!
Informa-nos esta notícia que o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, emitiu ontem despacho desfavorável aos dois projectos imobiliários previstos para as antigas secas de bacalhau situadas na Praia dos Moinhos, em Alcochete.
Abordei o assunto aqui, há alguns meses, sob a forma de carta aberta e como cidadão estou grato ao presidente da CCDRLVT e àquele membro do governo por terem agido em prol da preservação ambiental da terra que habitamos e amamos.
Lendo, atentamente, o texto da notícia e o meu apelo de 13 de Janeiro fácil será concluir que os argumentos são semelhantes.
Concordo ser necessário requalificar as antigas secas de bacalhau em Alcochete, mas discordo que a receita a aplicar seja a do costume: betonização desenfreada. A nossa beira-rio é uma jóia paisagística de incalculável valor e temos de preservá-la, doa a quem doer e custe o que custar.
Repito o que escrevi há cinco meses: a arquitectura não pode impor-se à Natureza. Cabe-lhe adequar e racionalizar os projectos visando o equilíbrio de recursos e a sustentabilidade, sob pena de induzir efeitos profundamente negativos no meio aquático, no solo e na atmosfera.
Entretanto, como voltámos a estar à beira de eleições, espero que jamais se repita o sucedido em 2001 com o licenciamento da catedral de consumo. Ela também teve um primeiro despacho negativo mas, passadas as eleições, com alterações pouco significativas acabaria por ser aprovada.
Pior cego é o que não quer ver a desertificação comercial hoje ali indisfarçável e os problemas sociais inerentes, devido a um clamoroso erro de concepção arquitectónica de muito difícil solução sem obras dispendiosas.
Pelo sim, pelo não, muito gostaria que, acerca dos empreendimentos imobiliários da Praia dos Moinhos, ficasse desde já esclarecido o pensamento dos partidos e dos candidatos locais às eleições autárquicas, porquanto a responsabilidade principal perante os residentes será sempre dos seus representantes nos órgãos executivo e deliberativo do município.
Estou saturado de escutar discursos bem intencionados na oposição e acções contraditórias após a chegada ao poder. Ao menos uma vez haja a coragem de clarificar as coisas e de assumir compromissos para o futuro, independentemente da cadeira ocupada!
Abordei o assunto aqui, há alguns meses, sob a forma de carta aberta e como cidadão estou grato ao presidente da CCDRLVT e àquele membro do governo por terem agido em prol da preservação ambiental da terra que habitamos e amamos.
Lendo, atentamente, o texto da notícia e o meu apelo de 13 de Janeiro fácil será concluir que os argumentos são semelhantes.
Concordo ser necessário requalificar as antigas secas de bacalhau em Alcochete, mas discordo que a receita a aplicar seja a do costume: betonização desenfreada. A nossa beira-rio é uma jóia paisagística de incalculável valor e temos de preservá-la, doa a quem doer e custe o que custar.
Repito o que escrevi há cinco meses: a arquitectura não pode impor-se à Natureza. Cabe-lhe adequar e racionalizar os projectos visando o equilíbrio de recursos e a sustentabilidade, sob pena de induzir efeitos profundamente negativos no meio aquático, no solo e na atmosfera.
Entretanto, como voltámos a estar à beira de eleições, espero que jamais se repita o sucedido em 2001 com o licenciamento da catedral de consumo. Ela também teve um primeiro despacho negativo mas, passadas as eleições, com alterações pouco significativas acabaria por ser aprovada.
Pior cego é o que não quer ver a desertificação comercial hoje ali indisfarçável e os problemas sociais inerentes, devido a um clamoroso erro de concepção arquitectónica de muito difícil solução sem obras dispendiosas.
Pelo sim, pelo não, muito gostaria que, acerca dos empreendimentos imobiliários da Praia dos Moinhos, ficasse desde já esclarecido o pensamento dos partidos e dos candidatos locais às eleições autárquicas, porquanto a responsabilidade principal perante os residentes será sempre dos seus representantes nos órgãos executivo e deliberativo do município.
Estou saturado de escutar discursos bem intencionados na oposição e acções contraditórias após a chegada ao poder. Ao menos uma vez haja a coragem de clarificar as coisas e de assumir compromissos para o futuro, independentemente da cadeira ocupada!
18 fevereiro 2009
À atenção das "mentes brilhantes"
Quem escreveu isto não pode deixar de chamar a atenção para isto:
"As frentes ribeirinhas das cidades devem ser espaços naturais e não betonados e alcatroados, conclui um projecto do Centro de Estudos Regionais e Urbanos (CESUR) do Instituto Superior Técnico (IST), cujas conclusões foram hoje apresentadas".
"As frentes ribeirinhas das cidades devem ser espaços naturais e não betonados e alcatroados, conclui um projecto do Centro de Estudos Regionais e Urbanos (CESUR) do Instituto Superior Técnico (IST), cujas conclusões foram hoje apresentadas".
11 fevereiro 2009
Novos estatutos da Fundação das Salinas do Samouco

Foi publicado nesta terça-feira e entrou hoje em vigor o Decreto-Lei n.º 36/2009, que visa adaptar a estrutura organizacional e de gestão da Fundação para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco (dica de Paulo Benito).
Que novidades? Eis as principais:
- Passam a ser instituidores da fundação o Estado, a Lusoponte, o Município de Alcochete e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB);
- A Lusoponte presta à fundação, de modo gratuito, apoio na área administrativa e financeira ou noutras que forem acordadas com o conselho de administração da fundação e na gestão técnico-operacional do Complexo das Salinas do Samouco;
- O conselho de administração é composto por três membros, sendo o presidente nomeado por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas do ambiente, do ordenamento do território, das obras públicas e dos transportes, sob proposta da Lusoponte. Os dois vogais são nomeados pelo Município de Alcochete e pelo ICNB;
- O conselho consultivo é composto por todos os instituidores, incluindo o Estado, e por todos aqueles aos quais o conselho, por deliberação devidamente fundamentada e tomada por maioria absoluta dos seus membros, atribua tal qualidade, tendo em atenção os relevantes serviços prestados à Fundação ou os particulares méritos que neles concorram face aos fins da fundação;
- Estão fixadas até 2030 as dotações financeiras da fundação, a cargo da Lusoponte, a qual suportará no ano corrente 363.509€ de custos operacionais e 372.674€ de investimento.
Em finais de 2006 escrevi neste blogue dois textos sobre o tema. Parece-me oportuno sugerir a leitura de ambos: aqui e aqui.
25 janeiro 2009
Ambientalismo versus capitalismo
O capitalismo é um sistema económico que germinou no seio da Civilização Judaico-Cristã. Esta asserção afoita-me a declarar, sem risco de grande engano, que o sustentabilidade do sistema económico do Ocidente nada deve ou vem a dever ao ambientalismo senão ao respeito pela matriz cultural no seio da qual cresceu e se solidificou.
Não pode haver capitalismo se o mandamento bíblico não roubarás for desprezado. Ora se eu passo a vida a não querer o que é meu mas o que é do outro, sou um ladrão. É este, em palavras muito simples, o retrato de não poucos megacapitalistas do nosso tempo.
Entrando noutro tipo de registo desta minha escrita afunilada, não há capitalismo quando se abdica da moral. Esta fica para trás se a pessoa é coisificada. Eis a economia pela economia, ou seja, a economia (coisa) como fim. Nesta mesma linha está o ambientalismo, culto do imanente (da criatura), o que se opõe a todo o espírito do Cristianismo porque rouba à pessoa a sua lídima dimensão humana ordenada a Deus.
Não pode haver capitalismo se o mandamento bíblico não roubarás for desprezado. Ora se eu passo a vida a não querer o que é meu mas o que é do outro, sou um ladrão. É este, em palavras muito simples, o retrato de não poucos megacapitalistas do nosso tempo.
Entrando noutro tipo de registo desta minha escrita afunilada, não há capitalismo quando se abdica da moral. Esta fica para trás se a pessoa é coisificada. Eis a economia pela economia, ou seja, a economia (coisa) como fim. Nesta mesma linha está o ambientalismo, culto do imanente (da criatura), o que se opõe a todo o espírito do Cristianismo porque rouba à pessoa a sua lídima dimensão humana ordenada a Deus.
24 janeiro 2009
Ambientalismo
O ambientalismo está entre as maiores patranhas que se abateram sobre a humanidade desde que esta é humanidade.
Nenhum homem mentalmente saudável nega a verdade de que se deve proteger o ambiente. Mas é nesta evidência tão racional que se apoia toda a mentira. Por exemplo, se alguém tem um bom bocado de terreno virado ao mar e lá quer construir um complexo turístico, dando trabalho a centenas de pessoas, descobrem, quando menos se espera, uma colónia de roedores em vias de extinção na propriedade do empreendedor, tolhendo este de levar por diante o projecto que acalentava. Claro que estou a utilizar uma caricatura, mas todos vêem que há um cordão qualquer a ligá-la à realidade.
O ambientalismo é uma maquinação de alguns megacapitalistas do globalismo inimigos do capitalismo liberal, o único sistema à face da terra que pode assegurar a liberdade e prosperidade ao mundo e salvar a humanidade da hecatombe.
Nota: por capitalismo liberal entendo o capitalismo normalizado, isto é, o capitalismo sujeito a normas (regras) que contam com um árbitro chamado Estado que penaliza quem não as cumpre.
Nenhum homem mentalmente saudável nega a verdade de que se deve proteger o ambiente. Mas é nesta evidência tão racional que se apoia toda a mentira. Por exemplo, se alguém tem um bom bocado de terreno virado ao mar e lá quer construir um complexo turístico, dando trabalho a centenas de pessoas, descobrem, quando menos se espera, uma colónia de roedores em vias de extinção na propriedade do empreendedor, tolhendo este de levar por diante o projecto que acalentava. Claro que estou a utilizar uma caricatura, mas todos vêem que há um cordão qualquer a ligá-la à realidade.
O ambientalismo é uma maquinação de alguns megacapitalistas do globalismo inimigos do capitalismo liberal, o único sistema à face da terra que pode assegurar a liberdade e prosperidade ao mundo e salvar a humanidade da hecatombe.
Nota: por capitalismo liberal entendo o capitalismo normalizado, isto é, o capitalismo sujeito a normas (regras) que contam com um árbitro chamado Estado que penaliza quem não as cumpre.
22 janeiro 2009
Estás contra o ambiente?
- Por que pisaste a ervinha? Por que não desviaste o teu pé da formiguinha? Por que deixaste cair o papelinho do teu rebuçado para o chão? Estás contra o ambiente?
- Não, estou a favor!
- Entras em contradição porque pisaste a ervinha, não desviaste o teu pé da formiguinha, deixaste cair o papelinho do teu rebuçado para o chão.
- Mas estar a favor do ambiente é não pisar a ervinha, desviar o meu pé da formiguinha, não deixar cair o papelinho do meu rebuçado para o chão?
- Claro, estúpido!
- Bem diz o poeta...
- Qual poeta?
- O poeta António Aleixo!
- Que diz ele?
- «P'rà mentira ser segura/e atingir profundidade/tem que trazer à mistura/qualquer coisa de verdade».
- Deixa-te de lirismos. A defesa do ambiente está na ordem do dia.
- Para mudar valores, dominar e roubar o outro?
- Eh pá, toda a gente diz que já não se pode falar contigo! Bom, estou atrasado. Depois falamos. Até outro dia.
- Não, estou a favor!
- Entras em contradição porque pisaste a ervinha, não desviaste o teu pé da formiguinha, deixaste cair o papelinho do teu rebuçado para o chão.
- Mas estar a favor do ambiente é não pisar a ervinha, desviar o meu pé da formiguinha, não deixar cair o papelinho do meu rebuçado para o chão?
- Claro, estúpido!
- Bem diz o poeta...
- Qual poeta?
- O poeta António Aleixo!
- Que diz ele?
- «P'rà mentira ser segura/e atingir profundidade/tem que trazer à mistura/qualquer coisa de verdade».
- Deixa-te de lirismos. A defesa do ambiente está na ordem do dia.
- Para mudar valores, dominar e roubar o outro?
- Eh pá, toda a gente diz que já não se pode falar contigo! Bom, estou atrasado. Depois falamos. Até outro dia.
09 novembro 2008
Hortas

Macacos me mordam se esta mulher não está nas Hortas (Alcochete)!
Alguém tem razões para achar que não?
Em caso afirmativo, venha aqui e apresente-as de sua justiça.
Por que não colaborar com aquilo que, no fundo, tem a ver com o património de todos nós?
A foto, da primeira metade do séc. XX, tem importância a nível do traje tanto da mãe como do filho.
05 setembro 2008
Com um pouquito de trabalho...

Com um pouquito de trabalho, liberte-se da maior mentira que se abateu sobre a humanidade desde que esta é humanidade à face da Terra.
Leia e retire as suas próprias conclusões para que, em dias que vêm, nossos filhos e netos sejam livres e nós para eles uma memória honrosa.
Vamos lá, é só um pequeno clique!
Deixe, ao menos, que a dúvida se instale em si!
24 agosto 2008
O monstro do ambientalismo

O maior monstro que paira hoje sobre a humanidade é o ambientalismo. Prevejo mesmo que a desmistificação deste poderá levar tantos séculos como levou a do cogito cartesiano.
Há mais de cinquenta anos, quando comecei a andar na catequese, diziam-me as minhas catequistas que devíamos respeitar os animais e a natureza em geral porque são criaturas de Deus tal como nós.
Mas o problema é que foi varrido da mente das pessoas o conceito de criatura porque admitir esta é admitir o Criador, negado pelas ideologias de esquerda com todas as armas que têm e não têm.
Numa palavra, o homem põe-se em bicos de pés e desafia Deus.
Nesta conformidade, o homem julga-se o dispensador do bem, inclusive o salvador da natureza, supostamente em perigo por culpa da própria acção humana.
Evidentemente que todos, os que têm fé em Deus e os que não têm, se unem na ideia justa de que devemos respeitar a natureza.
Ora é a partir desta plataforma que subrepticiamente se vai distraindo as pessoas para sem grandes barreiras se armadilhar de totalitarismo tudo quanto é sítio.
Se eu estou a favor da defesa do ambiente, por que me descuidei e deixei cair o papelinho do meu rebuçado para o chão? A minha fealdade ou gordura ou ideias não poluirão o ambiente? Por que quero construir um grande complexo de estufas para flores no meu terreno quando neste há uma colónia de ratos cuja espécie está em vias de extinção?
Portanto, o ambientalismo serve, às mil maravilhas, para atacar a civilização industrial e o capitalismo liberal e nos pôr a todos sobre o fio de arame.
E a liberdade?
Há mais de cinquenta anos, quando comecei a andar na catequese, diziam-me as minhas catequistas que devíamos respeitar os animais e a natureza em geral porque são criaturas de Deus tal como nós.
Mas o problema é que foi varrido da mente das pessoas o conceito de criatura porque admitir esta é admitir o Criador, negado pelas ideologias de esquerda com todas as armas que têm e não têm.
Numa palavra, o homem põe-se em bicos de pés e desafia Deus.
Nesta conformidade, o homem julga-se o dispensador do bem, inclusive o salvador da natureza, supostamente em perigo por culpa da própria acção humana.
Evidentemente que todos, os que têm fé em Deus e os que não têm, se unem na ideia justa de que devemos respeitar a natureza.
Ora é a partir desta plataforma que subrepticiamente se vai distraindo as pessoas para sem grandes barreiras se armadilhar de totalitarismo tudo quanto é sítio.
Se eu estou a favor da defesa do ambiente, por que me descuidei e deixei cair o papelinho do meu rebuçado para o chão? A minha fealdade ou gordura ou ideias não poluirão o ambiente? Por que quero construir um grande complexo de estufas para flores no meu terreno quando neste há uma colónia de ratos cuja espécie está em vias de extinção?
Portanto, o ambientalismo serve, às mil maravilhas, para atacar a civilização industrial e o capitalismo liberal e nos pôr a todos sobre o fio de arame.
E a liberdade?
22 agosto 2008
É a hora
Tendo sido hoje publicado, no «Diário da República», o Decreto-Lei n.º 166/2008, que estabelece o regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN), venho chamar a atenção de potenciais candidatos autárquicos para a necessidade de elaboração ou alteração da delimitação da REN a nível municipal no prazo de três anos.
Muito antes disso temos direito a saber que linhas estratégicas são seguidas a nível local e, consequentemente, o assunto deve constar de propostas e programas a submeter no próximo ano aos cidadãos recenseados.
Relevo ainda que, "ao longo da elaboração das orientações estratégicas (...) da delimitação da REN a nível municipal, as entidades públicas competentes devem facultar aos interessados, nos respectivos sítios da Internet, todos os elementos relevantes para que estes possam conhecer o estádio dos trabalhos e a evolução da tramitação procedimental, bem como formular observações, sugestões e pedidos de esclarecimento".
Mais uma vez a administração pública pugna pela transparência de decisões a nível local, embora continue a haver gente com cultura retrógrada para quem as matérias relevantes são convenientemente mantidas sob sigilo, em razão do que certos sítios municipais na Internet se confundem com os de empresários de espectáculos.
Volto a recordar que, em matéria de transparência na gestão autárquica, localmente vamos de mal a pior. Não é saudável para a democracia e está na hora de mudar.
Muito antes disso temos direito a saber que linhas estratégicas são seguidas a nível local e, consequentemente, o assunto deve constar de propostas e programas a submeter no próximo ano aos cidadãos recenseados.
Relevo ainda que, "ao longo da elaboração das orientações estratégicas (...) da delimitação da REN a nível municipal, as entidades públicas competentes devem facultar aos interessados, nos respectivos sítios da Internet, todos os elementos relevantes para que estes possam conhecer o estádio dos trabalhos e a evolução da tramitação procedimental, bem como formular observações, sugestões e pedidos de esclarecimento".
Mais uma vez a administração pública pugna pela transparência de decisões a nível local, embora continue a haver gente com cultura retrógrada para quem as matérias relevantes são convenientemente mantidas sob sigilo, em razão do que certos sítios municipais na Internet se confundem com os de empresários de espectáculos.
Volto a recordar que, em matéria de transparência na gestão autárquica, localmente vamos de mal a pior. Não é saudável para a democracia e está na hora de mudar.
04 agosto 2008
Palavras traiçoeiras: requalificação



Nos últimos quatro meses houve inúmeras notícias sobre a requalificação da Rua da Azinhaga, em Alcochete, cuja localização a esmagadora maioria suponho desconhecer.
Comecemos por aí: situa-se entre as ruas D. Maria Teresa de Noronha (a do posto da GNR), do Bocage e Luís de Camões, no chamado Núcleo D.
Rezam as crónicas tratar-se de "arranjo paisagístico" compreendendo "pavimentação, instalação da rede de iluminação pública, criação de zonas verdes de enquadramento, plantação de árvores e colocação de mobiliário urbano".
As obras parecem perto do termo, conforme as imagens acima documentam e delas se extraiam algumas conclusões, embora recomende uma visita ao local para que cada um forme a sua opinião.
Cerca de 95% de espaço foi empedrado, haverá 3% (se tanto) para canteiros e 2% para árvores.
Supostamente, obras destas deveriam humanizar espaços livres entre construções e melhorar a paisagem. Com engenho e arte podem até reduzir a temperatura no interior das habitações.
Sabe-se lá porquê, nada disso parece ter sido levado em conta nesta requalificação da Rua da Azinhaga.
Por favor, mais respeito pelo bem-estar das pessoas!
P.S. - Alguém acaba de chamar a minha atenção para um pormenor que tive em conta ao escrever o que acima consta: a capacidade das pedras em acumular calor. O exemplo dado no comentário é correcto: o bife na pedra
Há também sistemas de aquecimento que aproveitam a acumulação de calor pela pedra, de tal modo que esta, quando alcançada a temperatura pretendida, dispensa o consumo de energia e irradia calor durante horas. A descrição técnica de tais sistemas refere seis a sete horas de consumo de energia para 24 horas de aquecimento constante.
Se alguém quiser comprovar o fenómeno, o Largo de São João é o local ideal para avaliar a razão pela qual a pedra não deve ser usada em excesso na pavimentação de artérias. Num dia de canícula, várias horas após o pôr-do-sol as pedras continuam a irradiar calor.
23 julho 2008
Não entendo (2)
Frequentemente, critico a carência de áreas de lazer no concelho. Nisso e em muitas outras não estou sozinho, felizmente.
Verde, sombra e espaço contribuem para o bem-estar geral mas têm sido ignorados por sucessivos autarcas, sempre armados de imensas e repetidas promessas em períodos eleitorais.
O problema é acordarem apenas na época da caça ao voto e, se perdem, imediatamente hibernam. Voltarão a despertar na época seguinte e assim sucessivamente.
Os vencedores aproveitam esse amolecimento para semear mais prédios a esmo, por ser urgente realizar dinheiro para alimentar a clientela palaciana.
Um dia, quando não houver mais espaço para promessas, seguramente aparecerá alguém a desculpar-se com as asneiras de quem passou pelo poder.
Entretanto, continua a ser inexistente um sítio adequado para a rapaziada do skate e dos patins se divertir sem prejudicar património individual e colectivo. Vejo dezenas de grelhas de águas pluviais, sistemas de rega e lancis destruídos devido ao uso desses brinquedos em inadequado meio urbano.
Numa época em que muito se recomenda algum exercício físico, continuam a não existir espaços seguros para ciclistas e caminheiros, excepto aquele quilómetro em Samouco.
Mas, tal como escrevi aqui há mais de quatro meses, também não entendo o que levará as pessoas a alhearem-se do Pinhal da Areia, situado atrás do outlet, uma área de 132.984m2 onde existe um circuito de manutenção.
Contudo, arrisco a escrever que até se justificará o desinteresse dos alcochetanos, porque nesse espaço há coisas que a razão desconhece.
Em primeiro lugar, tanto do lado do Sítio das Hortas como do parque de estacionamento do outlet, a sinalização continua a não ser adequada e a esmagadora maioria desconhece o circuito de manutenção.
Em segundo lugar, lê-se na página do outlet na Internet que, de Maio a 15 de Setembro, o Pinhal da Areia está aberto até às 20h.
Porém, quem ontem se abeirasse de um dos portões do Pinhal da Areia verificaria que, em papéis já quase invisíveis devido ao sol e à chuva, constava o encerramento... às 18h!
Como me recuso a crer que alguém tenha decidido mudar o horário sem pré-aviso, suponho que aqueles papéis são os de Inverno, que ninguém substituiu, a 1 de Maio passado, pelos correctos nesta época do ano.
Em terceiro lugar, por esse país fora conheço vários circuitos de manutenção e, normalmente, sugerem uma rota, tendo ainda junto a cada local de exercícios indicações acerca do que deve e não deve fazer-se. No Pinhal da Areia não há rumo recomendado nem sugestões visíveis.
Alguém que suponho conhecer minimamente o problema, dizia-me há tempos que o Sítio das Hortas e o Pinhal da Areia enfermam de grave lacuna: dependem de três entidades (Freeport, Município de Alcochete e Instituto de Conservação da Natureza). Qualquer coisa que se faça ali carece de pareceres de inúmeras mentes brilhantes. E mexer numa palha pode equivaler a agitar águas que nunca foram calmas.
Enfim, tenho pena, muita pena que aquilo não seja devidamente aproveitado pela maioria dos alcochetanos. Mas, além de apontar o que me parece errado, suponho que pouco mais poderei fazer.
Já agora, se e quando quiserem mais gente a usufruir do Pinhal da Areia, prolonguem o horário de Verão até às 21h. Há luz natural suficiente e, em dias muitos quentes, a experiência diz-me ser desagradável exercitar o físico ao ar livre antes das 20h00.
Verde, sombra e espaço contribuem para o bem-estar geral mas têm sido ignorados por sucessivos autarcas, sempre armados de imensas e repetidas promessas em períodos eleitorais.
O problema é acordarem apenas na época da caça ao voto e, se perdem, imediatamente hibernam. Voltarão a despertar na época seguinte e assim sucessivamente.
Os vencedores aproveitam esse amolecimento para semear mais prédios a esmo, por ser urgente realizar dinheiro para alimentar a clientela palaciana.
Um dia, quando não houver mais espaço para promessas, seguramente aparecerá alguém a desculpar-se com as asneiras de quem passou pelo poder.
Entretanto, continua a ser inexistente um sítio adequado para a rapaziada do skate e dos patins se divertir sem prejudicar património individual e colectivo. Vejo dezenas de grelhas de águas pluviais, sistemas de rega e lancis destruídos devido ao uso desses brinquedos em inadequado meio urbano.
Numa época em que muito se recomenda algum exercício físico, continuam a não existir espaços seguros para ciclistas e caminheiros, excepto aquele quilómetro em Samouco.
Mas, tal como escrevi aqui há mais de quatro meses, também não entendo o que levará as pessoas a alhearem-se do Pinhal da Areia, situado atrás do outlet, uma área de 132.984m2 onde existe um circuito de manutenção.
Contudo, arrisco a escrever que até se justificará o desinteresse dos alcochetanos, porque nesse espaço há coisas que a razão desconhece.
Em primeiro lugar, tanto do lado do Sítio das Hortas como do parque de estacionamento do outlet, a sinalização continua a não ser adequada e a esmagadora maioria desconhece o circuito de manutenção.
Em segundo lugar, lê-se na página do outlet na Internet que, de Maio a 15 de Setembro, o Pinhal da Areia está aberto até às 20h.
Porém, quem ontem se abeirasse de um dos portões do Pinhal da Areia verificaria que, em papéis já quase invisíveis devido ao sol e à chuva, constava o encerramento... às 18h!
Como me recuso a crer que alguém tenha decidido mudar o horário sem pré-aviso, suponho que aqueles papéis são os de Inverno, que ninguém substituiu, a 1 de Maio passado, pelos correctos nesta época do ano.
Em terceiro lugar, por esse país fora conheço vários circuitos de manutenção e, normalmente, sugerem uma rota, tendo ainda junto a cada local de exercícios indicações acerca do que deve e não deve fazer-se. No Pinhal da Areia não há rumo recomendado nem sugestões visíveis.
Alguém que suponho conhecer minimamente o problema, dizia-me há tempos que o Sítio das Hortas e o Pinhal da Areia enfermam de grave lacuna: dependem de três entidades (Freeport, Município de Alcochete e Instituto de Conservação da Natureza). Qualquer coisa que se faça ali carece de pareceres de inúmeras mentes brilhantes. E mexer numa palha pode equivaler a agitar águas que nunca foram calmas.
Enfim, tenho pena, muita pena que aquilo não seja devidamente aproveitado pela maioria dos alcochetanos. Mas, além de apontar o que me parece errado, suponho que pouco mais poderei fazer.
Já agora, se e quando quiserem mais gente a usufruir do Pinhal da Areia, prolonguem o horário de Verão até às 21h. Há luz natural suficiente e, em dias muitos quentes, a experiência diz-me ser desagradável exercitar o físico ao ar livre antes das 20h00.
18 julho 2008
Surpresas do mundo animal
Ia jurar que as imagens deste artigo foram captadas em Alcochete.
O filme sonoro revela detalhes de uma experiência científica de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa: as aves limícolas adaptaram-se à profusão de luz artificial e aproveitam-na para se alimentar também de noite.
Poderá não ser positivo para a conservação de certas espécies, mas talvez seja favorável a outras.
Deixem-nas sobreviver com abundância e paz, porque há sempre o risco de partirem para longe.
O filme sonoro revela detalhes de uma experiência científica de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa: as aves limícolas adaptaram-se à profusão de luz artificial e aproveitam-na para se alimentar também de noite.
Poderá não ser positivo para a conservação de certas espécies, mas talvez seja favorável a outras.
Deixem-nas sobreviver com abundância e paz, porque há sempre o risco de partirem para longe.
11 julho 2008
Reversão da era industrial

«As gerações futuras vão se admirar com a estupidez desconcertante de que o mundo desenvolvido do início do século XXI entrou em um pânico histérico a respeito de um aumento de temperatura global médio de alguns poucos décimos de grau, e, com base em exageros grosseiros de projecções feitas por computador de forma altamente duvidosa, combinado a uma implausível cadeia de inferências, passou a contemplar a possibilidade de reverter a era industrial» (negrito meu).
Este parágrafo, da autoria do professor Richard Lindzen do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, é citado por Václav Klaus, presidente da República Tcheca, em seu artigo intitulado "O que está em risco não é o clima, mas a liberdade" (http://www.midiasemmascara.org/print.php?id=6726).
06 julho 2008
O homem não se reduz ao ambiente

Não adiro ao texto Schmitt, Carl, Terra e Mar, Esfera do Caos, Lisboa , 2008, uma vez que nele há um manifesto desprezo pela burguesia laboriosa ao longo dos séculos, o que não invalida o reconhecimento de que Carl Schmitt (1888-1985) é um filósofo alemão cujos textos têm o poder de nos imergir na mais profunda reflexão. Ora vejamos um extracto da obra que referi: «[...], o homem é um ser que não se reduz ao seu ambiente. Ele tem a força para conquistar historicamente a sua existência e consciência. Conhece não apenas o nascimento, mas também a possibilidade de um renascimento. Numa urgência e num perigo em que o animal e a planta fatalmente perecem, pode salvar-se através do seu espírito, através de uma firme observação e dedução, e através da decisão de uma nova existência. Tem um espaço de acção do seu poder e da sua potência histórica. Pode escolher e, em certos momentos históricos, pode até mesmo escolher o elemento em relação ao qual se decide e se organiza, através de uma acção e de uma realização próprias, como nova forma global da sua existência. [...]» sic.
01 junho 2008
Qualidade da água do rio
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