24 março 2006

Ideias para reflectir


A ponte Vasco da Gama foi planeada em meados da década de 90 e concluída em Março de 1998, tendo os acessos sido concebidos numa época em que o município de Alcochete perdia população e tinha 10.000 residentes.
Oito anos após a abertura da ponte, a população do concelho cresceu mais de 50%, depreendendo do volume de empreendimentos habitacionais em construção ou planeados que a duplicação poderá ocorrer em pouco mais de uma década.
A imagem acima reproduz a situação actual dos acessos à ponte para residentes no município de Alcochete, cuja esmagadora maioria utiliza o automóvel nas deslocações casa-trabalho.
A linha verde é o percurso de 10 a 12km, feito duas vezes por dia, pelo menos, para atingir a praça da portagem.
As linhas brancas indicam os trajectos habituais a partir de Samouco e de São Francisco e para alguns automobilistas da freguesia de Alcochete.
Por questões de definição não consegui incluir o percurso dos residentes na sede do concelho que usam a via junto ao "outlet", situada a Norte da palavra Alcochete na imagem. Alguns optam pela Estrada da Atalaia, que está assinalada.
No concelho não falta quem sugira duas soluções para encurtar distâncias:
1. Em vez da maioria ser forçada a convergir para a rotunda do Entroncamento (a primeira à saída do IC13) – que nas horas de ponta tende a ficar congestionada – o município deveria sugerir ao Instituto de Estradas a construção de novos acessos ao IC13 junto a um dos três viadutos nele existentes, entre o Entroncamento e a ponte;
2. O maior número de sugestões refere-se a algo que considero de concretização difícil, salvo se a Lusoponte cooperar: a criação de novas entradas (quanto mais não fosse apenas para utilizadores da Via Verde) e saídas da ponte junto à Área de Serviço de Alcochete.
Pessoalmente preferia uma terceira via: estudar as necessidades de deslocação dos residentes e encontrar soluções ambiental e economicamente sustentáveis com transportes públicos. A auto-estrada líquida continua reservada aos esgotos e, que me lembre, nenhum país europeu com estas condições naturais as desperdiça desta maneira.
No entanto, olhando para esta imagem de satélite do Google e conhecendo a estrada de acesso ao edifício da Lusoponte, situado junto à praça da portagem, talvez seja possível criar aí entradas e saídas que dispensariam novas portagens.

Convém notar que os espaços dos arcos desenhados a vermelho se situam no concelho de Montijo, onde uma parte dos residentes nas novas urbanizações situadas a Norte da sede desse município poderia deixar de utilizar o IC13. A obra pode ser feita em cooperação pelos dois municípios, porque convém a ambos.
São ideias que deixo à consideração geral, se alguém quiser pensar no assunto antes que o tráfego se complique de vez.

Sem comentários: