31 agosto 2012

SERÁ QUE É UMA NOVA OPÇÃO PARA O NOVO AEROPORTO

A ser verdade esta noticia há muito que venho a defender esta opção.

A construção de um mini-aeroporto em Alcochete para complementar a Portela, em Lisboa, é uma alternativa que volta a ganhar força junto de diversos meios empresariais e públicos, em comparação com a solução da base aérea do Montijo. O Governo já tem em mãos um estudo - apoiado pelas Ordens dos Engenheiros e dos Economistas e pela Associação dos Pilotos Profissionais de Linha Aérea (APPLA), e realizado por cinco consultoras de engenharia -, que conclui que a melhor solução para acompanhar o aumento previsto de tráfego na Portela é construir uma pista de cerca de 3.300 metros no Campo de Tiro de Alcochete. Um investimento avaliado em 230 milhões e que estaria concluído num prazo de cinco anos.


O estudo "Aeroporto Complementar Lisboa Alcochete", a que o Diário Económico teve acesso, foi entregue à secretaria de Estado dos Transportes, em Maio, e já está na posse da Confederação do Turismo Português, TAP, ANA, Brisa, Lusoponte, BESI e câmaras municipais da Margem Sul, entre outras entidades.

"A solução do ‘Portela+1' está limitada no tempo, porque a partir de uma certa altura não há perspectivas de crescimento. E isso terá influência nas empresas que estiverem interessadas na privatização da ANA e da TAP, porque essas empresas também precisam de perspectivas de expansão dos seus negócios", defende Artur Ravara, um dos autores do estudo e um dos mais conceituados especialistas aeroportuários de Portugal.[CORTE_EDIMPRESSA]

As privatizações da ANA e da TAP estão em curso (ver texto ao lado), mas saber se as duas empresas poderão operar com infra-estruturas com capacidade de expansão futura é um factor decisivo nestes processos. Por razões físicas, a Portela não pode expandir-se a partir de dos 17 a 18 milhões de passageiros anuais sem perder os padrões de qualidade internacionais, enquanto a base aérea do Montijo implica uma série de constrangimentos.

"A solução que defendemos não é a construção de um novo aeroporto de Lisboa, com um valor de investimento de cerca de três mil milhões de euros, para o qual, neste momento, não há dinheiro disponível. É uma solução complementar que poderá no futuro vir a ser definitiva", acrescenta Artur Ravara (ver texto ao lado).

"Depois de analisarmos este estudo, percebemos que existe uma alternativa viável ao ‘Portela+1' defendido para Sintra, Alverca ou Montijo. Consideramos que todas essas três opções são más e que a única que pode ser exequível é a ‘Portela+Montijo'. Mas uma análise do funcionamento dos dois aeroportos em conjunto indica que existem sérias restrições em termos de funcionamento de movimentações por hora por questões de segurança e de incapacidade de controlo do espaço aéreo", defende o presidente da APPLA, Pedro Santa-Bárbara.

"A solução ‘Portela+Montijo' é muito mais onerosa para o País a médio e longo prazo do que a construção faseada no Campo de Tiro de Alcochete. O nosso objectivo é sensibilizar as pessoas que vão decidir para não tomarem decisões precipitadas, tendo em conta o aumento do volume de tráfego esperado para a Portela", sublinha Pedro Santa-Bárbara.

O Governo nomeou, a 20 de Janeiro, uma equipa de missão com o objectivo de apresentar até Abril ou Maio deste ano um estudo comparativo da viabilidade operacional e económico-financeira das alternativas das bases aéreas de Alverca, Sintra e Montijo. As conclusões dessa análise, apesar de não terem sido divulgadas publicamente, terão indicado que a hipótese menos má seria a base aérea do Montijo funcionar como infra-estrutura complementar à Portela. O Governo comprometeu-se a tomar uma decisão definitiva sobre a matéria, mas tal ainda não ocorreu.

Até ao fecho da edição não foi possível obter comentários do Ministério da Economia sobre o assunto.

POR Nuno Miguel Silva 

20 agosto 2012

VOTO DE CENSURA À ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALCOCHETE


Acabaram as Festas do Barrete Verde e das Salinas deste ano.
Apesar de se viver ainda um momento de lazer, estive a ler o último jornal de propaganda da Câmara Municipal de Alcochete.
Fiquei desagradavelmente surpreendido com uma informação no que respeita às deliberações da Assembleia Municipal. Não tenho memória de se ter recusado um voto de pesar pelo falecimento de um cidadão.
Duas conclusões podem retirar-se daquela deliberação: houve uma cobardia total por parte de quem propôs (Partido Socialista) e da maioria em aprovar o voto secreto e caiu a máscara de qua a esquerda que governa há anos os destinos em Alcochete serem pessoas educadas e respeitadoras do ser humano.
Quantas vezes já ocorreram votos de pesar passarem com uma maioria de abstenções, porque acima de tudo impera a dignidade pelo ser humano falecido e respeito pelos familiares.
A Assembleia Municipal de Alcochete prestou um péssimo serviço à comunidade com aquela deliberação; da minha parte ficam censurados.

07 agosto 2012

QUE FUTURO PARA O ALCOCHETENSE?


Agosto, identifica Alcochete em festa. Este ano a crise provoca algumas consequências no quotidiano dos cidadãos. No entanto não deixamos de nos preocupar com o que é nosso.
Tenho há muito pugnado pela transparência e clareza das atividades dos bens públicos sejam eles diretos ou indiretos, como por exemplo os clubes desportivos. Há anos que afirmo que o modelo da atividade empresarial não se adequa em pleno à gestão desportiva. Um bom gestor desportivo deve ser mais rigoroso e correr menos riscos do que na atividade comercial, porque as componentes que contribuem para o insucesso são enormes.
O Grupo Desportivo Alcochetense é o clube mais representativo do concelho e com um longo historial. Na edição anterior o Presidente da Mesa da Assembleia geral prestou um enorme serviço ao clube ao conceder a entrevista que deu. Conhecendo a sua larga experiência e a relação afetiva que tem ao clube, senti que estava a dar um grito de alerta aos membros da Direção com intuito de que o atual estado da “coisa” não pode continuar.
Depreendi das suas palavras que os Estatutos e Regulamento Interno não estão a ser cumpridos por falha grave do órgão executivo. É de todo incompreensível que ao longo destes anos não tenha ocorrido uma proposta para adaptar e modernizar as normas vigentes no clube. Se tal não foi feito deveria ter-se realizado a Assembleia-geral ordinária em Janeiro. Há sete meses de incumprimento!
Mesmo que se atenda às razões válidas para a não apresentação de contas naquela data, os associados devem questionar por que razão os prazos junto das entidades foram cumpridos, por exemplo a entrega de contas nas Finanças, até final de Maio e não ocorreu anteriormente a Assembleia-geral para a apresentação de contas aos associados. Afinal que modelo de gestão existe no clube? A que se deve esta falta de respeito pelos associados?
Das palavras do Presidente da Mesa da Assembleia-geral depreende-se que o Conselho Fiscal não se pronunciou sobre as contas por não estarem os documentos em conformidade para tal. Acredito que tal tenha ocorrido, mas fica-me uma dúvida: quem sancionou o ato junto das entidades públicas.
Urge corrigir anomalias desta natureza e âmbito porque o clube pode ser gravemente lesado. Os associados têm que saber a verdade e documentada sobre o modo como tem sido feita a gestão no ano 2012, apesar de não haver mandato para tal. A atual direção tem que explicar se houve atraso no pagamento a credores ou não e o modo como esses processos foram liquidados.
O futuro tem que ser repensado. Infelizmente, no país abundam casos de instituições desportivas praticamente extintas em consequência de atos lesivos por parte de inúmeros dirigentes. Atendendo à História que o Grupo Desportivo Alcochetense possuiu urge tomar decisões para que o futuro não seja tão negro.
Recordo o artigo 20º do Regulamento Interno, na sua alínea b) diz o seguinte: “São deveres dos sócios: Honrar o G. D. A. e contribuir para o seu prestígio em todas as circunstâncias”. Felizmente e em data recente surgiu um acórdão de um Tribunal que considera que todo e qualquer dirigente de clube ou de outro tipo associativo, poderá ser responsabilizado por gestão danosa. Faço votos que não estejamos próximos de uma situação deste âmbito.
Os campeonatos desportivos vão recomeçar e o impasse na transparência mantém-se. Não é viável projetar um plano sem que antes se analise a situação financeira do mandato findo, e obviamente com a maior urgência os atos administrativos efetuados no decorrer do ano de 2012.
Deixo um alerta e apelo aos associados para que antes de avançar-se para um processo eleitoral que se nomeie uma Comissão de Administrativa / Gestão composta por cinco membros, na qual estará obrigatoriamente um elemento indicado pela Direção, outro pelo Conselho Fiscal e três associados. Tal Comissão terá um mandato de três meses para criar as condições ideais para que o ato eleitoral decorra com o cabalmente esclarecimento da massa associativa.
Eu acredito no G. D. A. !