Eu costumava dizer aos meus amigos que uma fabrica de botões em Alcochete seria mais benéfica para o Concelho do que a Freeport. Curiosamente, não me lembro de alguém alguma vez ter refutado esta ideia que cheguei a espalhar em órgãos de comunicação social.
A verdade é que nós temos a Freeport que neste momento faz a travessia do deserto, sem que seja preciso ostentar um curso de economia para ver tão triste realidade.
Tudo isto precisa de uma cambalhota porque, uma vez que temos este Outlet, não ficaremos mais ricos com um hipotético fecho de portas.
As pessoas vêm a Alcochete por causa da Freeport. E se fosse ao contrário? Se viessem à Freeport por causa de Alcochete?
Para tal, a primeira coisa a fazer era tornar digno e atractivo para carros, bicicletas e peões o acesso àquele empreendimento comercial.
Paralelamente, criar-se-iam parques de estacionamento-automóvel na periferia da vila.
Depois, devia-se recorrer a ofertas culturais (museus, folclore, artesanato, fado, tauromaquia, gastronomia regional...) e dar estímulos legais à restauração.
O Tejo e as salinas poderiam ser uma atracção para muita gente desde que se promovessem eventos que não entrassem em ruptura com as nossas tradições, mas que as continuassem sem escudar a face ao sopro dos novos ventos.
Assim, a Freeport, sinal do nosso tempo, entraria em diálogo com uma terra que tem muitos séculos de história, daí advindo ganho para ambas as partes.
1 comentário:
Houve alguém (não eu) que sugeriu, há mais de um ano, pedir-se aos alunos da Escola El-Rei D. Manuel I que apresentassem ideias para a remodelação das entradas do concelho. A ideia foi bem acolhida pela presidente do Conselho Executivo, mas é ao Município de Alcochete que cabe fazer o pedido formal, definir as condições, estudar as propostas e executá-las em tempo.
A anterior gestão não se interessou pelo assunto. E esta?
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