Se eu perguntasse a um comunista de cultura média o que, no fundo, representa a Festa de Toiros, ele responder-me-ia que a capacidade do homem para interferir com sucesso sobre as forças da Natureza.
O que o meu virtual interlocutor não descortinaria é que a resposta dada entra em manifesta contradição com a ideologia marxista, base filosófica do comunismo.
Se a Festa de Toiros representa a interferência bem sucedida do homem sobre a Natureza, então esta não é um destino fatal ao qual nos tenhamos que submeter inexoravelmente. Mas, como tenho defendido em vários textos neste Blog, o comunismo é um fatalismo porque «...tende na direcção de um Estado à escala mundial, [...] a forma mais completa e acabada do totalitarismo integral» (Charles Lagrave, Lectures Françaises, mars, 1999).
Em termos intelectuais, não se pode pensar que se o peso das esquerdas sobre a nossa Sociedade progredisse e alcançasse o poder, coabitaria com a Festa de Toiros cuja mensagem mais intrínseca é a da liberdade.
Eis por que motivo agora se percebe que todo o ataque cerrado à Festa Brava nunca venha da direita política, mas de amplos sectores controlados de perto ou à distância pelas esquerdas, embora a maioria esmagadora dos detractores não tenha consciência do que diz e faz. Isto mesmo é condição sine qua non para a boa consecução da tenebrosa estratégia.
Sem comentários:
Enviar um comentário