23 janeiro 2006

Arruma? Desarruma?

De três, duas: ou Luís Franco presume que basta algum ruído para mostrar que governa a câmara; ou está a tentar reescrever os manuais de marketing político; ou ao autor desta notícia nunca explicaram a fórmula mágica da comunicação jornalística: "qqocq".
Trocada em miúdos a fórmula traduz-se da seguinte forma: que, quem, onde, como e quando.

Franco "arruma" Alcochete?
Discute-se o quê em matéria de planeamento e ordenamento do território?
Uma boa oportunidade de "colocar um conjunto de questões sobre o ordenamento territorial"? Quais?

Não, não creio que este seja o rumo político correcto. Por este andar é "vira o disco e toca o mesmo"! Cuidado: não passaram sequer 100 dias!

Transcrevo, enfim, a segunda de inúmeras citações constantes do programa eleitoral da CDU à Câmara Municipal, atribuída a Hannah Arendt:
"Nada no nosso tempo é mais duvidoso, penso eu, do que a nossa atitude perante o mundo. (…) Pois o mundo não é humano só por ser feito de seres humanos, e não se torna humano só por nele se fazer ouvir a voz humana, mas sim, e só, quando se torna objecto de diálogo. Por muito que as coisas do mundo nos afectem, por muito profundamente que nos abalem e nos estimulem, só se tornam humanas para nós quando podemos discuti-las com o nosso semelhante."

1 comentário:

Anónimo disse...

As declarações públicas - entrevistas, artigos de opinião e outras - dos nossos líderes pol´ticos são verdadeiros enigmas! Falam sempre de coisas com ar de que é assunto acompanhado por todos quando, para o comum dos cidadãos, são absolutas novidades!
Como na seguinte intervenção há outras novidades, a coisa passa inconsequente!
Enfim fazem bonitos ramalhetes mas são perfeitamente inorgânicos e desarticulados.
Quanto ao mais, ao que mais importa, ao cidadão ... "cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas"