Entre alguns filósofos do pós-guerrra como Martin Buber (precursor) e Emmanuel Levinas, a categoria outro opõe-se aos privilégios do eu.
Para esses pensadores, o outro é aquele que exige respostas.
No meu discurso, aparece com frequência a alusão ao outro. Então muitos julgam que quem fala assim deve acolher tudo o que pensa o seu semelhante, andar com este às costas e dar esmola a todos os pobres.
Eu não acolho tudo o que pensa o meu semelhante, não ando com este às costas nem dou esmola a todos os pobres.
Apenas desejo para o outro que renuncie à alienação, isto é, que ande sobre os próprios pés e não precise de pedir esmola a ninguém.
1 comentário:
Conheço uma anedota muito gira!
Não a sei contar, nem isso interessa, porque não se trata aqui de contar anedotas.
É a história daquele fulano a quem perguntaram o que faria se, durante 24 horas, pudesse transformar-se em mulher. Ao contrário de todos os outros, que responderam coisas do género de "parir" logo naquele dia, para experimentar a sensação miraculosa de ser mâe, ou daqueles que responderam que gostariam de experimentar relações sexuais sob a perspectiva feminina, e outras coisa do género, o nosso herói respondeu que iria logo para casa para brincar com as "maminhas".
pois há gente assim: absolutamente incapazes de se colocarem no lugar do outro. A transformação em mulher apenas lhes forneceria uma mulher submissa aos seus caprichos... principalmente o de ter umas "maminhas" à disposição. Mesmo nessa transformação hipotética, não conseguem deixar de ser o que são. Há pessoas assim, de um egoísmo a toda a prova. poderão falar do "outro", mas estão condenados a ser assim como são. O "outro", para eles, será sempre uma projecção de si mesmos. Só o reconhecem na semelhança consigo mesmos. Ou então, sob uma qualquer forma de menoridade, alguém sob o seu domínio.
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