Foram bastante pertinentes os «posts» de Fonseca Bastos sobre as iniciativas apelidadas de «requalificação urbana» recentemente publicitadas com pompa e circunstância pela Câmara Municipal, das quais destaco o (des)investimento de meio milhão de euros na zona desportiva do Valbom.
Sobre esse investimento em particular, sublinho a minha total concordância com Fonseca Bastos, quando refere que o futuro parque desportivo vai ter obviamente muito menor utilização e procura do que o potencial do espaço.
Nesta matéria a Câmara Municipal de Alcochete mostra mais do mesmo, ou seja , uma irresistível inclinação para o marketing político em detrimento do esclarecimento que deveria sustentar o esforço e o investimento na definição coerente da reabilitação dos espaços urbanos. Para a Câmara Municipal o esforço de reabilitação urbana mede-se então, e convenientemente, por meros padrões financeiros, cujos números são literalmente atirados à cara dos munícipes com propósitos meramente políticos.
Prova do que acabo de referir é, para além da divulgação dos valores do investimento , a referência a esse espaço no Valbom como «zona desportiva» , expressão intencionalmente usada com excessiva amplitude , quando afinal se trata de ocupar o espaço quase exclusivamente com courts de ténis , o que teria justificado , caso não houvesse essa inclinação camarária para usar e abusar do marketing politico , um maior realismo e humildade quando apostou na sua utilização como bandeira propagandística. Teria ficado muito melhor divulgá-lo , por exemplo , como o novo «Complexo de Ténis de Alcochete.»
Sem querer melindrar a meia dúzia de praticantes de ténis , (modalidade que até aprecio) que residem em Alcochete, a verdade é que o respectivo poder de «lobby» me surpreendeu ao lograrem ser beneficiados com a implantação de um complexo deste tipo num espaço, que como bem refere Fonseca Bastos, tem um potencial de utilização pela população muito superior caso se tivessem perspectivado para ali outras formas de utilização.
Assim sendo eis que a Câmara Municipal de Alcochete revela uma tendência muito pouco coerente com o ideal comunista que deveria estar subjacente à sua politica urbanística. Potenciar o uso do espaço público por minorias em detrimento de formas de utilização que permitissem que um universo bem mais amplo de munícipes pudesse dele usufruir. Ou será que o executivo camarário é composto maioritariamente por amantes empedernidos do ténis?
Tudo isto revela ainda que a Câmara Municipal de Alcochete desconhece completamente qual o vector ou fio de prumo que deve sustentar qualquer esforço de verdadeira Reabilitação Urbana , o que também não me surpreende , atentas as sucessivas exibições públicas de incompetência por acção ou omissão com que nos vem brindando desde o início do mandato , facto que deve fazer corar de vergonha as cúpulas hierárquicas do partido da foice e do martelo , partido que gosta de fazer pregão da sua alegada , mas não provada , competência em matéria de gestão autárquica.
Este investimento no Valbom revela à saciedade que a Câmara Municipal de Alcochete desconhece que qualquer esforço de reabilitação urbana deve radicar numa premissa essencial:
Sobre esse investimento em particular, sublinho a minha total concordância com Fonseca Bastos, quando refere que o futuro parque desportivo vai ter obviamente muito menor utilização e procura do que o potencial do espaço.
Nesta matéria a Câmara Municipal de Alcochete mostra mais do mesmo, ou seja , uma irresistível inclinação para o marketing político em detrimento do esclarecimento que deveria sustentar o esforço e o investimento na definição coerente da reabilitação dos espaços urbanos. Para a Câmara Municipal o esforço de reabilitação urbana mede-se então, e convenientemente, por meros padrões financeiros, cujos números são literalmente atirados à cara dos munícipes com propósitos meramente políticos.
Prova do que acabo de referir é, para além da divulgação dos valores do investimento , a referência a esse espaço no Valbom como «zona desportiva» , expressão intencionalmente usada com excessiva amplitude , quando afinal se trata de ocupar o espaço quase exclusivamente com courts de ténis , o que teria justificado , caso não houvesse essa inclinação camarária para usar e abusar do marketing politico , um maior realismo e humildade quando apostou na sua utilização como bandeira propagandística. Teria ficado muito melhor divulgá-lo , por exemplo , como o novo «Complexo de Ténis de Alcochete.»
Sem querer melindrar a meia dúzia de praticantes de ténis , (modalidade que até aprecio) que residem em Alcochete, a verdade é que o respectivo poder de «lobby» me surpreendeu ao lograrem ser beneficiados com a implantação de um complexo deste tipo num espaço, que como bem refere Fonseca Bastos, tem um potencial de utilização pela população muito superior caso se tivessem perspectivado para ali outras formas de utilização.
Assim sendo eis que a Câmara Municipal de Alcochete revela uma tendência muito pouco coerente com o ideal comunista que deveria estar subjacente à sua politica urbanística. Potenciar o uso do espaço público por minorias em detrimento de formas de utilização que permitissem que um universo bem mais amplo de munícipes pudesse dele usufruir. Ou será que o executivo camarário é composto maioritariamente por amantes empedernidos do ténis?
Tudo isto revela ainda que a Câmara Municipal de Alcochete desconhece completamente qual o vector ou fio de prumo que deve sustentar qualquer esforço de verdadeira Reabilitação Urbana , o que também não me surpreende , atentas as sucessivas exibições públicas de incompetência por acção ou omissão com que nos vem brindando desde o início do mandato , facto que deve fazer corar de vergonha as cúpulas hierárquicas do partido da foice e do martelo , partido que gosta de fazer pregão da sua alegada , mas não provada , competência em matéria de gestão autárquica.
Este investimento no Valbom revela à saciedade que a Câmara Municipal de Alcochete desconhece que qualquer esforço de reabilitação urbana deve radicar numa premissa essencial:
A requalificação no contexto urbano será, mais do que um processo ou uma forma de actuação, ou do que um investimento , a necessidade de corresponder a um desejo social previamente apurado e estudado.
Cabe ao urbanista qualificado (onde é que eles estão ?) a formulação de estratégias de intervenção no espaço urbano, modernizando-o, conferindo-lhe novas qualidades que correspondam e venham ao encontro dos desejos sociais. Como tal, a Requalificação Urbana é uma das áreas do Planeamento Local com maior desenvolvimento e pode ser vista como um ponto de convergência para outras ciências tais como a Sociologia Urbana, a Geografia, o Ordenamento do Território, o Paisagismo e a Economia Urbana.
É evidente que a opção camarária para a requalificação urbana do Valbom está a anos luz de corresponder àquilo que será o desejo dos munícipes de Alcochete, mas também parece evidente que aquilo que os munícipes verdadeiramente desejam para o concelho nunca interessou ao executivo camarário.
Aproveito para desejar o maior sucesso para as Festas do Barrete Verde 2008 e umas boas férias aos munícipes de Alcochete.
É evidente que a opção camarária para a requalificação urbana do Valbom está a anos luz de corresponder àquilo que será o desejo dos munícipes de Alcochete, mas também parece evidente que aquilo que os munícipes verdadeiramente desejam para o concelho nunca interessou ao executivo camarário.
Aproveito para desejar o maior sucesso para as Festas do Barrete Verde 2008 e umas boas férias aos munícipes de Alcochete.
6 comentários:
Um pequeno aditamento a este texto: desafio eventuais interessados a averiguar que instituição utiliza, diariamente, o "court" de ténis do Valbom.
E lanço outro desafio, este a futuros candidatos autárquicos: antes das eleições mandem publicar uma declaração de interesses, da qual constem as colectividades locais em que estão filiados.
Já vão algumas semanas, em que num comentário afirmei que descobrira este blog através de amigos. Estes haviam afirmado ser um blog versado sobre Alcochete. Contudo ao longo destas semanas, tenho verificado que o Blog serve essencialmente para pessoas que têm recalcamentos que desconheço, para falar mal, para denegrir. Não tenho lido até agora muitos comentários e post's construtivos. Como municipe de Alcochete já lá vão cerca de 15 anos, nada de novo tenho visto. Mea culpa, porque sou somente um mero residente que sai pelas 08H00 e regressa muitas vezes tarde de mais, mas espero sempre que alguém esteja disponivel para defender os interesses de tão bela localidade. Mas, repito, só verifico más linguas e neste Blog, que me parece o mais activo, há quem devia ser banido, porque:
Limita-se a criticar, a denegrir, sem chama, sem coerência, sem dignidade, sem respeito seja por quem seja.
Tenho reparado que ao longo dos anos, e admito que são poucos, que resido em Alcochete, quem reina é a hipócrisia, porque vejos as mesmas pessoas no poder, tomasm café nas mesmas mesas, passseiam nos mesmo locais, almoçam nos mesmo restaurantes, frequentam os mesmos orgãos de comunicação, diga-se fracos e parcos em novidades. Contudo todos falam mal de todos e não há quem efectivamente melhore a qualidade de uma Vila que merecia mais, muito mais.
Luis Proença, afinal o Jorge Reis tinha carradas de razão...
Rui Silva
Boa noite Rui Silva,
É com prazer que constato o seu interesse e atenção por aquilo que escrevo neste blogue. Fico lisonjeado por saber que o Rui está entre os ilustres leitores e visitantes deste blogue que dão algum do seu precioso tempo à leitura dos meus «posts».
Também desconhecia por completo esta sua susceptibilidade acentuada às criticas dirigidas à Câmara Municipal de Alcochete.
Fiquei a saber.
Espero ter o prazer de o ver novamente por aqui.
Entretanto , aceite os meus melhores e mais cordiais cumprimentos.
Luis Proença
Bom dia, Luis Proença.
De facto por vezes percorro este blogue como percorro muitos outros. Gosto de ler um pouco de tudo.
Existe um ditado popular que diz que somos o que comemos. Também podemos ser o que escrevemos...
E neste particular e após perder o meu tempo a ler os seus "posts" fiquei a um conhecer um pouco mais de si. É óbvio que o tempo que perco a ler os seus "posts" é muito menor que o tempo que o senhor leva a escrevê-los. Trata-se de uma questão de disponibilidade...
Concluo que mais uns anos o Luis Proença está nos "estrinques" da lirica. Aposto que o João Marafuga quando tinha a sua idade (quando era um activista comunista, antes de se tornar socialista e agora centrista?) não tinha a metade da categoria que tem actualmente o Luis Proença. Continue...
Quando referi que o Jorge Reis tinha carradas de razão, obviamente que o senhor sabe ao que me refiro... A não ser que queira que lhe avive a memória num "post"!
Alcochete precisa de mais Proenças e de mais Marafugas! Afinal também fazem parte da Corte...
Encerro por aqui esta diálética, senão acabo por fazer analogias à época que o Luis Proença e o João Marafuga se chingavam neste blog e posteriormente colminaram as zangas em convites para tomar um cafézinho. E como não tomo cafézinhos...
Já agora digo-lhe que o meu problema não é a Câmara Municipal. Preocupo-me consigo, em vê-lo misturado com quem compara nazistas a comunistas e a socialistas, sendo ele próprio um ex-comunista, um ex-socialista e um ex-qualquer coisa sendo actualmente quase nada.
Cordiais cumprimentos do amigo
Rui Silva
Boa tarde Rui Silva,
Agradeço e registo com muito agrado a sua preocupação com a minha pessoa.
É sempre bom saber que os outros se preocupam comnosco.
Bem Haja amigo.
Cordiais cumprimentos,
Luis Proença
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