10 agosto 2008

Os extremos tocam-se


A Igreja Católica conta com a economia de mercado, o que não faz surpreender ninguém porque a mesma Igreja não abre mãos do valor da propriedade privada. Esta «...é para o homem de direito natural» (Rerum Novarum, Leão XIII, 1891).
Quando a Igreja defende a propriedade privada, inclui a defesa da propriedade pública cuja cabeça é o Estado. Este é erguido a instância reguladora, travão contra aquele liberalismo sem rosto que mergulharia as sociedades por inteiro no mais feroz individualismo.
Individualismo e colectivismo são os extremos do mesmo fio condenados pela Igreja, o que não faz surpreender ninguém porque os extremos tocam-se.

1 comentário:

Unknown disse...

Urge ter cuidado e não confundir individualismo com individualiade: aquele é o MAL e esta é o traço que diferencia a minha personalidade da do outro.
Na verdade, somos todos iguais porque a essência humana é só UMA, mas todos diferentes porque cada um tem a sua individualidade.
A verdadeira vocação da individualidade é a complementaridade.
Daqui para a frente isto dava pano para mangas, mas há mar e mar, há ir e voltar.