Tirar a quem tem (através de impostos) e dar a quem não tem é a fórmula indigente de muitos para a resolução da pobreza.
Se a carga tributária aumenta progressivamente sobre quem trabalha, progressivamente também as camadas laboriosas, começando pelas menos fortes, vêem-se obrigadas a arrear os braços e, até, a engrossar o contingente de pobres.
Se queremos acabar com a pobreza, pelo menos mitigá-la, devemos deixar trabalhar quem quer trabalhar sem que uma carga abusiva de taxas desmotive o espírito empreendedor que gera emprego.
O que acabo de dizer levanta-se para mim como uma aparição de contornos cada vez mais nítidos.
Mas por que muitos não querem encarar as coisas assim?
Porque acabar com a pobreza é acabar com a revolução que se sustenta à custa do sistema capitalista, culpando este, ainda por cima, da situação dos deserdados.
1 comentário:
No meu espírito vai crescendo avassaladoramente, de forma convicta e inabalável, a ideia de que a proposta da Igreja Católica é a mais ajustada à vida pública e privada dos seres humanos.
A Igreja condena aquele liberalismo que recusa a intervenção do Estado no mercado, absolutizando o direito de propriedade. Daqui cresce todo o individualismo que nega o outro porque o que é meu arvora-se em fim quando não passa de meio.
Paralelamente, a Igreja combate com denodo a expansão do Estado, isto é, o colectivismo que menoriza homem, escravizando-o até à animalização e reduzindo-o a coisa entre coisas.
Então qual o caminho a seguir?
Leão XIII, na Encíclica RERUM NOVARUM (1891) aponta-o bem: respeito das liberdades individuais e do bem comum da sociedade.
Mas este é o equilíbrio da Cruz que muitos rejeitam.
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