18 agosto 2008

A Fundação João Gonçalves Júnior (3)

Nos últimos tempos a minha participação neste espaço de diálogo não tem sido muita, por escassez de tempo. No entanto não resisto a um comentário a este maravilhoso texto do Fonseca Bastos. Aproveito para recordar que no programa eleitoral, em 2005, expressei a vontade de entregar a Fundação à Igreja Católica. Naquela altura e no único debate realizado o actual Presidente e o seu antecessor fizeram um sorriso de gozo, demonstrativo da ignorância da História. Aqueles aqui acrescentaram comentários estatizantes, são da mesma índole daqueles outros que à sombra de um ideal já desaparecido com a queda de um muro, enganam o povo nas várias terras, apregoando um estilo de vida que nem eles o praticam. E quando não têm argumentos que sirvam para o contraditório, lá vão ao baú buscar a cassete, mas esquecem-se que a História se faz com homens bons, mesmo que em alguns casos tenham estado posicionados em campos opostos ao meu pensamento. Antes de finalizar, pergunto porque certa plebe tem medo que as novas gerações conheçam o que houve de bom e de mau na História de Portugal? Será que estes mesmos já se dignaram visitar certas zonas de Alcochete? Termino deixando um repto a todos quantos participam neste blog ou noutros não tenham receio de assumir a sua identificação, as perseguições não são feitas aqui.Como alguém disse no passado todos temos direito à indignição; acrescento agora, mal vai este cantinho, porque as pessoas têm receios dos caciques.

2 comentários:

Fonseca Bastos disse...

Há quem aqui coloque comentários supostamente anónimos, embora eu saiba de quem se trata.
Não lhe respondo porque quem esconde a cara desmerece na minha consideração. Se e quando se identificar mudarei de atitude.

Caro Zeferino Boal: a História é habitualmente escrita pelos vencedores e raros têm oportunidade e curiosidade em conhecer e dialogar com os vencidos.
Relativamente a muita coisa do passado de Alcochete, entre a década de 40 e a actualidade, tive o privilégio de ler e escutar ambos os lados, dialogando com protagonistas ou seus descendentes documentados.
Consequentemente, para mim a verdade histórica diverge do que se tem propalado.
Suponho que os alcochetanos jamais se aperceberão da verdade enquanto derem ouvidos a quem jura abjurar o passado mas no presente age de modo idêntico.
Caciques sempre houve nestas paragens e tem sido impossível acabar com eles.
O problema reside aí e não na máscara de que se servem para atingir fins idênticos.

Unknown disse...

Eu sou testemunha do que Zeferino Boal diz neste seu texto.
Viseu