20 agosto 2008

Tão raivoso por dar como por não dar

Estou no norte do País. A partir de Viseu, as minhas incursões têm sido por Castro d'Aire, Lamego, Tarouca, etc.
Visitei os mosteiros de Salzedas e S. João de Tarouca. Fiquei horrorizado com o bárbaro desprezo devotado ao património religioso de um povo pelas revoluções desde 1820. Vi estrangeiros que abanavam a cabeça. Eu próprio me senti estrangeiro na minha própria pátria.
Depois registei outra desolação que já não sentia com tanto peso há muitos anos: por todo o lado me pediam esmola. Fico tão raivoso comigo por dar como por não dar. O indigente racha-me ao meio.
Indigente sou eu, de Ti, Senhor, fonte de toda a caridade e de justiça também. Amém.


NOTA: em termos políticos, a resposta que dou ao flagelo da pobreza é a que dei neste blog a 11-08-08 sob o título "Pobreza" porque justiça é dar a cada um os direitos que tem: não acumular de taxas este para que aquele não fique privado de trabalho.

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