20 julho 2006

Pasquim de propaganda (2)

Propositadamente ignorarei o n.º 2 do Boletim Municipal, ao contrário do que fiz com o anterior, porque nele detectei uma única novidade: a quantidade de fotografias do presidente da câmara baixou para quase 1/3 em relação ao n.º 1.
E recomendo ao controleiro de serviço que transmita um veemente protesto por falha imperdoável: na 18.ª linha do editorial do n.º 1, o autor prometia revelar o plano estratégico, oportunamente, alegando não o fazer então por escassez de espaço.
Nesta edição também não coube ou sucederá ao plano estratégico o mesmo que à auditoria, ao texto do acordo com a Misericórdia e a alguns outros documentos relevantes que continuam desconhecidos?
Do lado de lá existe o mui badalado «simplex». Na banda de cá há o «silencex», mais «facilex», «comodex» e «convenientex».

7 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vez, quero dar os parabéns ao senhor, Fonseca Bastos pelo o artigo “Pasquim de propaganda (2)”. De uma forma simples mas muito directa, consegue demonstrar aos leitores de BLOG o que é ser cidadão atento nesta pequena Vila.

Bruno Morais

Unknown disse...

Um dos maiores crimes dos comunistas é o desprezo pela inteligência do outro.
É assim desde Marx e Lenine.

Anónimo disse...

É verdade que é muito importante estar atento ao que se passa no local onde residimos, mas será que os moradores de uma qualquer localidade se interessam razoavelmente com aquilo que se passa no concelho?
Para quem trabalha fora do concelho e sai de manhã cedo e chega a casa depois da hora do jantar, qual a importância que dá aos acontecimentos que se passam nas câmaras e nas assembleias municipais?
As preocupações de grande parte das pessoas não passa por aí. Há problemas mais importantes em que pensar.
Nada melhor do que haver uma abstenção completa nas próximas eleições para perceberem o ridículo e absurdo que a política começa a ser para o comum dos portugueses.

Anónimo disse...

O significado de cidadania

A redução dos níveis de iliteracia, a capacidade crescente que as pessoas têm de aceder a mais e melhor informação, a caminhada para uma sociedade mais evoluída e moderna promove, nas pessoas, uma maior consciência dos seus deveres e direitos na sociedade em que vivem. Quando essas pessoas sabem cumprir as suas obrigações e exercer os seus direitos tornam-se cidadãos.
Cumpre ao Governo garantir que todas as pessoas tenham condições idênticas no exercício da sua cidadania independentemente da sua condição social e económica ou localização geográfica. Isto deve ser encarado ao nível da Administração Pública Central, mas também na Administração Pública Local e Regional. É neste contexto que as autarquias têm um papel crucial a desempenhar.


Um dos direitos que qualquer cidadão deve exigir é o de ter uma Administração Pública com quem se possa relacionar de uma forma rápida e eficiente, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida.

Alexandra

Anónimo disse...

Já dizia o grande filósofo, que viveu na época do Iluminismo, chamado Montesquieu:
“só pode existir liberdade quando não há abuso de poder”. É bem verdade que, ter o poder não significa ter liberdade para fazer tudo que se quer, até o poder tem que ser limitado, pois ultrapassar os limites da honra, do respeito, da ética, não quer dizer que se tem liberdade. A hierarquia, o respeito, a cultura, a moral, e a ética politica e os bons costumes, tudo isso faz parte da sociedade organizada em que se tem liberdade. Exercer estes preceitos nada mais é do que exercer a liberdade. Segundo o filósofo grego Aristóteles, na sua obra “Política”, ele diz: “ o homem é por natureza um animal político”. O mesmo afirma que o homem tem tendência a vida em sociedade, que necessita de outro semelhante para ter uma vida perfeita em busca da felicidade, para ser verdadeiramente humano. Para essa colectividade ocorrer, os valores tem que existir, a moral, a ética, o respeito, a cultura, a interacção entre pessoas, tudo é essencial. A educação que se ministra aos jovens, reflecte o adulto livre do futuro, pois este levará consigo a essência da liberdade absorvida com seus conceitos primordiais de respeito ao próximo como a si mesmo. Precisamos retomar a Ética Politica juntamente com a educação que se dá a nossas crianças, pois como elas aprendem a liberdade, devem aprender a Ética Politica, pois uma coisa está ligada a outra. Como podemos notar, o que seria da Ética Politica sem a prática da liberdade, do poder fazer o que se pode fazer, da consciência? Na política existem éticas que não se nasce sabendo e sim se aprende com a cultura e se respeita, assim como se é livre para se pensar como um SER, e se respeitar, é complementado pelo respeito ao próximo como valores humanos na profissão de escolha.

Bruno Morais

Anónimo disse...

Resposta ao anónimo.
Ao formular a sua questão demonstra desde logo interesse pelo exercício da cidadania no local onde reside. O acesso à informação não será nunca sustentável na forma e procedimento adoptados pela edilidade. Existe, com efeito o propósito deliberado de não motivar e dificultar a consulta de todos os documentos que dizem directamente respeito ao exercício da cidadania contra práticas anteriormente encetadas pelos executivos, contrariando os princípios da publicidade, da transparência, da igualdade, da justiça e da imparcialidade. Este comportamento tem e terá consequências nocivas para toda a sociedade. A abstenção proposta a votações não resolverá de futuro o problema. Sempre que o maior partido da oposição for refém, sob ameaça do partido no poder, este exercerá então os abusos que entender, sem apelo nem agravo, se nenhuma outra força lhe fizer frente.
Luis Pereira

Anónimo disse...

Em resposta a Luís Pereira.

Agradeço em primeiro lugar o seu comentário.
Efectivamente a vontade em participar activamente como cidadão no concelho onde resido poderia ser outra, não fossem as constantes guerras políticas que proliferam.
Para variar perde-se mais tempo com trocas de acusações mútuas do que a tentar resolver os problemas das pessoas.
Como dizem, a esperança é a última a morrer.
Uma mensagem para os senhores que pertencem aos partidos políticos do concelho, estejam eles no poder ou não: Tenham a coragem de ser diferentes, façam alguma coisa pelas pessoas e vão ver que o retorno que vão obter é muito mais grandioso e reconfortante do que puxar o lustro à conta bancária.

A consciência é de cada um...