31 julho 2006

Estatística surpreendente


Para completar o raciocínio desenvolvido neste texto – no qual apontei o erro que os moradores de uma qualquer localidade cometem ao desinteressarem-se pelo que se passa nesse concelho, pois não ignoram que parte significativa do rendimento por eles auferido é-lhes subtraída em impostos e taxas municipais – apresento-vos um quadro com alguns dados estatísticos respeitantes ao município de Alcochete no período 2001-2006 (click sobre a imagem para ver ampliação).
Este quadro, dividido em três partes, apresenta, na primeira, a evolução da cobrança de contribuição autárquica (actualmente IMI), de imposto sobre veículos, de sisa (agora IMT) e de IRS. Só os três primeiros impostos são receitas directas dos municípios, embora o valor cobrado em IRS tenha influência no cálculo dos fundos entregues pelo Estado às autarquias.
Da segunda parte constam a evolução populacional e as dormidas em unidades hoteleiras locais, cujas variações também influenciam o cálculo dos fundos transferidos do Estado para a autarquia.
Na terceira e última parte são indicados os valores dos fundos anualmente entregues pelo Estado à autarquia (Fundo de Base Municipal, Fundo de Coesão Municipal e Fundo Geral Municipal).
Dispenso-me de comentários porque o quadro me parece esclarecedor. Tal como as imagens, às vezes os números também valem mais que mil palavras. Nunca fizera este exercício e fiquei espantado com o aumento de receitas do município em meia dúzia de anos.
Que bom seria se os alcochetanos tivessem conseguido aumento equivalente de rendimentos no mesmo período...

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