28 julho 2006

Variante: que mais irá acontecer?

Ouvi na TV – não fixei a estação porque sou viciado no zapping – que a Acoril, empresa contratualmente incumbida da construção da variante urbana de Alcochete, cessou ontem a actividade, por decisão judicial, devido a dificuldades financeiras.
Fundada em 1968, em 2001 tinha 500 empregados. No último dia de trabalho restavam somente 160 e com salários em atraso há vários meses.
Se parte da construção da variante contratada com a empresa não foi concluída, a câmara terá de tomar posse administrativa da obra e seguir um de três rumos: abrir novo concurso público, acabá-la com meios próprios ou por ajuste directo com outro empreiteiro.
Em Benavente o respectivo município soube das dificuldades financeiras do empreiteiro, antecipou-se e tomou posse administrativa das obras num parque, porque estavam atrasadas vários meses. Para não perder direito a fundos comunitários, decidiu-se pelo ajuste directo.
Suponho que, em Benavente, o secretismo é menor que noutros lados e a notícia está aqui.
E eu que, há dois dias, resolvera brincar com o assunto variante...
Será que os residentes na urbanização dos Barris ficarão mais três anos à espera que lhes afastem os autocarros e a maioria do tráfego para longe dos ouvidos?
Truz-truz! – bateu um senhor à porta da câmara. Pergunta em seguida: está aí alguém?
Estará?

1 comentário:

Anónimo disse...

Já alguém pensou em escrever a história de uma "variante" com a descrição das inúmeráveis vicissitudes que assolaram as respectivas fases de concepção,licenciamento, consignação, adjudicação, construção?
Apensa poderia ficar também a história de uma biblioteca com descrição não menos interessante.
São obras que duram, duram...