Por que lhes dás tanto poder, Senhor? Creio em Ti, único dono do Mundo, meu Criador. Mesmo parecendo que me abandonaste, não desfalecerei. Tu és o poste no meio do descampado que ilumina os meus passos. Aproximo-me de Ti dorido da caminhada e olho em redor. Os que Te renegam desertificam o chão. Tudo estiolou e a desolação estende-se até onde os olhos chegam. A tentação acossa-me e pergunto-me se Tu vales a pena. Mas já Te peço desculpa. É o cansaço de me sentir só contra os adoradores da mamona. Ou esta ou Tu, bem me avisaste. É por Ti que opto, Senhor, mesmo quando estoiram risos de demónios às gargalhadas. Eles são muitos, cada vez mais. Têm o argumento da maioria. Mal abro a boca, a grita é estrondosa. Fico intimidado. Nada digo. Será, Senhor, que eles têm razão? Eles crêem no que os olhos da cara vêem. Isto é o fim do homem porque o fim da Ideia. Tu és a Ideia. Por que lhes dás tanto poder, Senhor? Creio em ti, único dono do Mundo, meu Criador. Mesmo parecendo que me abandonaste, não desfalecerei.
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