Perante os dados constantes deste estudo, o cidadão tem o direito de exigir à sua autarquia que lhe explique como gastou os 645 euros cobrados, em média, há dois anos, a cada munícipe.
A mesma interrogação deve abranger as cobranças de anos posteriores e as próximas, porque o valor é excessivo, continua a subir em flecha e quadruplicou em apenas três anos (após a introdução do Imposto Municipal sbre Imóveis e do Imposto Municipal sobre Transacção de Imóveis).
Há pouco mais de dois anos tive acesso ao orçamento municipal de Alcochete para 2004 e recordo-me que a previsão de cobrança excedia os 400 euros por residente.
Embora os orçamentos nunca sejam concretizados em mais de 65%, na melhor das hipóteses, e ao cidadão comum seja impossível aceder ao balanço e contas de cada exercício da sua autarquia, ainda assim o valor real será demasiado elevado para os resultados práticos visíveis.
Convém recordar, por exemplo, que o município de Alcochete cobra as taxas máximas previstas em IMT e IMI, algo que vereadores da CDU contestaram (e bem) enquanto foram oposição e cuja coerência espero comprovar na fixação das taxas para 2007, que deverá ocorrer em breve.
Porque não se pode ter uma postura na oposição e outra, bem diferente, no poder. Nem escrever coisas no programa eleitoral que, depois, não se reflectem na prática diária.
A menos que, conforme continuo a observar, há anos, os fins últimos da ascensão ao poder sejam usufruir de melhor qualidade de vida. Ai a coerência, a coerência!
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