17 julho 2006

De Çamoquo a Samouco


Por vários motivos desejo felicitar José António dos Santos Pinheirinho, autor do do estudo monográfico «De Çamoquo a Samouco, Sua História, Suas Gentes», cuja leitura recomendo vivamente aos samouqueiros em especial e aos alcochetanos em geral.
Há muito tempo que não lia, de uma só vez, obra com mais de 450 páginas, adquirida no salão de festas da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense, onde está também patente (pelo menos até amanhã, terça-feira, 18 de Julho) uma exposição com quadros originais de Maria de Fátima Regalo Quintela Cardoso, que serviram de ilustração ao livro.
Por isso me apresso a publicar este texto, para que os interessados corram a adquirir o livro, pois em parte alguma deparei com informação sobre a duração da exposição nem dos locais onde, posteriormente, o livro estará disponível para aquisição.
É necessário ser-se corajoso para editar, a expensas próprias, uma obra literária que condensa anos de investigação e estudo e cuja tiragem prenuncia a expectativa de vir a ser procurada por, pelo menos, mais de 1/3 dos samouquenses.
Felicito o autor porque o seu labor é digno de apreço e porque, até hoje, pouco fora coligido sobre o passado de Samouco, embora haja informação referenciada mas dispersa.
É tempo de desvendar aprofundadamente donde se partiu, perceber o que se fez bem e mal até hoje e arrepiar caminho no futuro. Nisso se distingue, também, esta obra de José António dos Santos Pinheirinho, que nem sequer foge à polémica.
Acima de tudo este livro fornece preciosas pistas, nomeadamente acerca do período posterior ao séc. XIII, porque o passado mais remoto continua envolto em mistério e torna-se necessário intensificar a investigação histórica e arqueológica.
Espero, sinceramente, que este seja o ponto de partida para novos trabalhos do autor e de outros apaixonados pela História local.

A propósito: quando é que o Município de Alcochete reedita as obras de José Estevam, bem como os seis inéditos desse autor oferecidos, há quase dois anos e meio, pelo Dr. Francisco Elmano da Cruz Alves?
Não me cansarei de recordar que esses inéditos foram oferecidos ao município (há documento lavrado em acta da câmara) e que o ofertante tem residência permanente conhecida e guarda cópias dos mesmos.
Até conheço os títulos: «Efemérides Alcochetanas», «Os Ratões em Alcochete», «A Corte em Alcochete», «A Misericórdia de Alcochete», «Figuras de Alcochete I» e «Figuras de Alcochete II».
Acho que vai sendo tempo de alguém nos explicar o que impede a publicação.

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