Esta é a única página de «O Independente» de hoje acessível via Internet. O resto está na edição em papel.
Se bem se recorda, a 9 de Fevereiro de 2005 o Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da Polícia Judiciária apreendeu documentação e material informático em vários locais, alguns situados na vila de Alcochete, nomeadamente nos Paços do Concelho, tendo em vista a verificação dos procedimentos de autorização e de licenciamento do complexo Freeport.
No dia 18 do mesmo mês, «O Independente» noticiava que “as diligências efectuadas [pela polícia] permitiram apurar a existência de fortes indícios de que a alteração da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPE), pelo então ministro do Ambiente [José Sócrates], teve como contrapartida o financiamento de campanhas eleitorais.”
P.S. - Já li «O Independente». O caso relaciona-se com o chamado "2.º processo Freeport". Do primeiro (e principal, a que aludi acima) não há novidades.
Entretanto, no «Correio da Manhã» encontrei também esta notícia, relacionada com o mesmo assunto.
Há ainda referências neste e neste textos do «Diário Digital», neste do «Portugal Diário», no «Público», na «Sic Online» e no «TVNet».
Alcochete, mais uma vez, nas bocas do mundo. E sempre pelas piores razões. Até quando?
P.S. 2 - Há dados recentes, que suponho desconhecidos da maioria, acerca da sociedade detentora do empreendimento comercial de Alcochete.
Sean Collidge, fundador, presidente e director executivo da empresa britânica, começara por resignar aos cargos administrativos em 31 de Março passado.
Mas a 9 de Junho seguinte, no sítio da empresa na Internet, surge outra informação e esta invulgar no mundo empresarial.
Rodeado de inúmeros consultores, Sean Collidge acompanhou de perto os processos de planificação, de licenciamento, de construção e de abertura do complexo comercial de Alcochete, tendo sido quem, in extremis, conseguiu viabilizar a realização da cerimónia inaugural ocorrida em Setembro de 2004.
Leia nesta página os comunicados da empresa (em inglês) datados de 3 de Abril e 9 de Junho de 2006.
Nota final
Não se extraiam conclusões precipitadas, por favor.
Em qualquer caso de polícia há bons, maus e vilões. E neste não foi ainda provado quem nada fez e quem fez o quê.
Disseram-me, em tempos, que este processo iria até ao fim. Faço votos que isso venha a confirmar-se no futuro.
Para honra e glória de vítimas, da polícia e dos magistrados, oxalá venha a fazer-se justiça antes de prescrever o processo.
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