13 abril 2006

Olho vivo

Sabendo, por experiência própria, que para o frontispício de qualquer publicação periódica se puxam sempre os assuntos mais relevantes, chamo a vossa especial atenção para a capa do primeiro boletim desta câmara, acerca do qual escrevi detalhadamente aqui.
Reparem que, ao fim de cinco meses de mandato, nada havia de melhor para destacar que a descentralização das reuniões da edilidade.
Será assunto de transcendente importância? Será sintomático de que alguma coisa caminha muito mal?

Na página 8, detectei duas pistas (uma boa e uma má) acerca da variante urbana de Alcochete.
A boa é que, quando essa avenida for aberta ao tráfego, os autocarros deixarão de circular pelo interior da urbanização dos Barris.
Os moradores agradecem, obviamente, mas esperam que alguém esclareça ainda quem pagará a limpeza dos prédios das ruas José Grilo Evangelista, Artur Garrett e da Escola Secundária, nomeadamente, cujo estado lastimável demonstrei aqui.
A má pista é a ausência de menção à prometida passagem superior para peões, entre o acesso à escola secundária e o centro de saúde. Sempre esteve prevista e havia até um projecto faraónico.
Façam qualquer coisa mais simples e económica, mas cuidem da segurança dos peões. Antes que seja tarde demais!
Não me conformo com o abandono dessa promessa, doa a quem doer.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem sei que o que aqui trago só com muito esforço tem a ver com este post.
Mas achei piada(!) e serve-nos de consolação(!).
Lido no http://daliteratura.blogspot.com/:
“Faz hoje um ano abriu a Casa da Música. … Contornando a onda pela direita, com cuidado para evitar as poças de água que se formam na sua base, o caminho mais rápido para o Metro é um terreno baldio, com detritos, capim e charcos de água parada, onde chapinham patos e outras aves. Pensei que estava na Bósnia. Vista do lado de quem está numa das entradas do Metro, a principal ou a do outro passeio, com uns casebres em ruína intrometendo-se no ângulo de visão, a coisa torna-se pungente. Li algures que vão gastar mais não sei quantos milhões em «remates» de interiores, como lojas, etc. As pessoas, com o presidente da Câmara … à cabeça, não têm vergonha? … Não há dinheiro para mandar limpar? Ao menos ponham tapumes! posted by Eduardo Pitta at 1:25 AM”

Por que acham que afirmei que este retrato nos serve de consolação? …

Unknown disse...

...porque tem alguma relação com o Fórun Cultural de Alcochete.