«O cristianismo, segundo uma concepção materialista da pobreza, seguida pelos partidários da Igreja dos pobres, só aceitaria pobres entre seus seguidores e só eles entrariam no Reino dos Céus. [...].
O conceito evangélico de pobreza não se refere à carência de bens materiais, mas à humildade como qualidade espiritual. Cristo fala aos pobres em espírito em outra dimensão do ser humano, ignorada ou menosprezada pelos materialistas.
Nessa dimensão, o contrário de pobre não é o rico em bens materiais, mas o soberbo que, com base na riqueza material ou no poder, deprecia os demais e pensa que não necessita de Deus e da religião.
O teólogo António Fuentes diz, em relação aos elogios de Cristo aos pobres: Quando Ele chama de bem-aventurados os pobres, não elogia a pobreza material, nem diz que o pobre é feliz pelo simples facto de ser pobre. Os verdadeiros recebedores da primeira bem-aventurança são os pobres em espírito» (Pazos, Luís, Lógica Económica, Editorial Diana, México, 1999).
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