«Os gnósticos admitem a existência do criador, mas proclamam que ele é mau, que fez o mundo contra a vontade do verdadeiro deus, ente espiritual puríssimo que jamais sujaria as excelsas mãos numa porcaria dessas; donde se segue a obrigação máxima do crente gnóstico, a qual consiste em destruir o mundo ou modificá-lo radicalmente, de preferência destruindo-o primeiro para depois substituí-lo por algo de totalmente diferente. Dessa proposta dupla do movimento gnóstico nasceu uma pluralidade caótica de seitas, das quais algumas se transformaram em movimentos de massa a partir do séc. XVIII, gerando as ideologias revolucionárias do anarquismo, do comunismo, do nazismo, do fascismo, do positivismo e da tecnocracia, bem como a proliferação de ocultismos da Nova Era [New Age] e o plano da Nova Ordem Mundial ao qual esses ocultismos não servem senão de instrumento provisório.
O gnosticismo é a ideologia suprema do nosso tempo, destinada a reinar soberana sobre uma humanidade idiotizada tão logo as religiões tradicionais se tornem incompreensíveis para as multidões e possam ser sintetizadas num culto imanentista sob a administração das Nações Unidas ou órgão equivalente auto-incumbido das funções de governo do mundo. A proposta é tão virulenta, absurda e infame que, embora já esteja em fase avançada de implementação, jamais é apresentada em público com franqueza, apenas difundida indirectamente através de eufemismos anestésicos» (Olavo de Carvalho, Diário do Comércio, 17 de Abril de 2006).
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