Não há a menor dúvida de que a Câmara apoia e/ou apoiará actividades da Igreja Católica local, mas para a esquerda - por exemplo - uma procissão não passa de uma excrescência cultural a banir na nova ordem do futuro.
A procissão é uma manifestação cultural e também acto de culto que testemunha o sentimento religioso e a devoção popular. À frente vai sempre a Cruz. Depois as uniões, as confrarias, as ordens e o clero. Atrás do pálio vai o povo. A caminhada exterior prefigura a caminhada interior que todos devemos empreender para um novo nascimento ordenado à verdadeira vida que vale a pena ser vivida. Eis o sentido da procissão que nós sabemos que a Câmara nunca apoia quando apoia a comunidade dos fiéis com recursos materiais.
Para as câmaras de esquerda, a procissão e, por exemplo, o passeio pedestre são manifestações culturais que se colocam no mesmo plano. O desejo acalentado e nunca confessado é mesmo que o passeio pedestre substitua por completo a procissão porque os valores desta não podem coabitar com os da esquerda.
Será então a total desespiritualização da vida humana.
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