20 abril 2006
A transcendência ou a base articuladora entre homem e mundo
Os valores da religião partem da estrutura mais profunda do ser humano: não matar, não roubar, não desrespeitar pai e mãe, não escandalizar a criança, não praticar a usura, etc. A observância destes preceitos não é possível se a soberba do homem o levar a negar que para lá dele haja Algo maior do que ele.
Na verdade, quem ao menos uma vez na vida não se interrogou sobre a existência de Deus? Ao fazê-lo, o homem coloca-se no cerne do problema religioso. Mas a religião, para Marx, é o ópio do povo. Por aqui se vê que não é possível a coexistência de valores religiosos e dos esquerdistas porque estes negam aqueles, quero dizer, os valores esquerdistas só poderão triunfar com a morte dos religiosos. Aqui há um problema: matar os valores religiosos é matar o ser humano porque a transcendência é a base articuladora entre homem e mundo.
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