21 abril 2006

Não se entende


Luís Pereira enviou-me esta imagem e o seguinte texto:
"Em São Francisco (Quinta do Duque), no meio da Estrada Nacional 119, emerge este cabo de alimentação eléctrica.
"Há quem pergunte se este se destina à ligação de um semáforo ou de um poste de iluminação.
"Alguns residentes receiam a possibilidadede de o declive acentuado da via, e a aparente drenagem deficiente das águas pluviais, poder, no futuro, provocar inundações no local".
Fui observar o caso e reparei haver mais de um cabo em idênticas condições. Creio que, se chover intensamente, residentes e comerciantes têm motivos para recear o pior. Tanto pelos motivos indicados como porque uma das duas únicas grelhas de águas pluviais está parcialmente tapada com brita da inacabada obra.
Além disso, não entendo duas coisas acerca desta obra de Santa Engrácia:
1. O que impede o retorno da circulação rodoviária à EN 119, tanto mais que o piso do desvio continua a degradar-se mas ninguém parece reparar nisso, excepto os automobilistas e os bombeiros (leia-se este texto, no qual me referia também ao caso);
2. O que impede a colocação de asfalto no buraco há muito existente no sentido São Francisco-Montijo, no ponto onde o trânsito é desviado da EN119 para o interior da urbanização.
Já agora, sublinho a recente e disparatada febre de plantação a esmo de rotundas no concelho de Alcochete. Já se percebeu, há muito, que nada resolvem em termos de limitação de velocidade, embora originem inúteis congestionamentos e conflitos de trânsito.
Em cerca de 200 metros da EN119, no centro de São Francisco, há nada menos de três rotundas. Todas demasiado estreitas para os autocarros articulados manobrarem sem dificuldade nem destruírem os lancis dos passeios.
Melhor seria que, ao planear as novas urbanizações de São Francisco (nomeadamente as do Convento e da Quinta do Duque), alguém tivesse pensado no desvio definitivo do tráfego da EN119 para uma via exterior de circulação rápida.
Em vez disso, têm-se plantado rotundas e prédios de habitação em todo o espaço livre, sem ter em conta que a EN119 é o principal eixo de comunicação rodoviária entre Alcochete e Montijo.
Aqui, sim, justificava-se ter sido construída, previamente, uma variante.

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