12 setembro 2007

VIL TRISTEZA

Não vales nada, temes a mudança,
Manténs o competente subjugado
Por medo de qualquer inesperado
Acto de alguém que traga outra pujança,

Sacuda tal poleiro carcomido
Tempo há de parasita pestilento,
Deixe à tona o processo fraudulento,
Teu esquema na verdade envelhecido.

Fico farto de tanta safadeza,
Assistindo impotente à derrocada
De Portugal que vive a vil tristeza.

P'lo comedor eu passarei um dia,
Fitá-lo-ei calado sem palavra
E repare que a manha dele eu via.

João Marafuga in Alcoxetânia, 2004

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