Para haver entendimento, paz e cooperação entre colectividades afins e vizinhas, dentro do concelho de Alcochete e com as dos municípios adjacentes, vislumbro algumas hipóteses de solução.
Estas propostas podem e devem ser melhoradas com a participação de autores e leitores deste blogue:
Dentro de Alcochete
1. As colectividades de cultura e recreio subsidiadas pelo município terão de actuar, em espaço público aberto, pelo menos nas festas anuais das três freguesias do concelho. As actuações partirão de um convite formal da organização ou colectividade anfitriã, de que deve ser dado conhecimento ao município, cujos serviços prestarão apoio privilegiado;
2. O Município de Alcochete cooperará, generosamente, em qualquer outra iniciativa conjunta, nacional ou internacional, organizada por colectividades afins de cultura e recreio de mais de uma freguesia local, susceptível de contribuir para a valorização, coesão e engrandecimento das colectividades ou captar ampla participação popular em espaços públicos abertos;
3. O Município de Alcochete subsidiará, generosamente, deslocações e actuações nacionais e internacionais de colectividades locais de cultura e recreio, desde que as mesmas tenham carácter representativo formal do concelho, da região ou do país;
4. Para lá do acima indicado, as colectividades afins de cultura e recreio receberão do município um subsídio anual idêntico;
5. As colectividades de cultura e recreio subsidiadas pelo Município de Alcochete terão de incluir, permanentemente, no braço direito dos respectivos fardamentos ou indumentárias, um brasão bordado do concelho fornecido pelo município;
6. Quando haja corte de relações entre duas colectividades do concelho, o Município de Alcochete suspenderá todos os apoios a ambas até que ocorra reatamento formal em cerimónia pública aberta.
Com os municípios adjacentes
1. Os edis de Alcochete comprometem-se a tentar estabelecer acordos com homónimos de municípios adjacentes, de modo a que colectividades afins de cultura e recreio actuem, em espaços públicos abertos, pelo menos nas festas anuais com maior participação popular nos municípios aderentes. As actuações partirão de um convite formal da organização ou colectividade anfitriã, de que deve ser dado conhecimento aos respectivos municípios, cujos serviços prestarão apoio privilegiado;
2. Os municípios cooperarão, generosamente, em qualquer outra iniciativa conjunta, nacional ou internacional, organizada por colectividades afins de cultura e recreio de mais de um concelho aderente, realizada em espaços públicos abertos e susceptível de captar ampla participação popular;
3. Os municípios subsidiarão, generosamente, deslocações e actuações nacionais e internacionais de colectividades afins de cultura e recreio das respectivas áreas administrativas, desde que participem duas colectividades de mais de um concelho aderente e ela assuma carácter representativo formal da região ou do país;
4. Os municípios aderentes cooperarão, generosamente, em iniciativas susceptíveis de contribuir para a valorização, coesão e engrandecimento de colectividades de mais de um concelho;
5. Quando haja corte de relações entre duas colectividades dos municípios aderentes, estes suspenderão qualquer cooperação com as mesmas até que haja reatamento de relações em cerimónia pública aberta.
Propositadamente, deixei de fora o caso especial de Ayamonte (sul de Espanha, frente a Vila Real de Santo António). Há muitos anos que passo férias na região e considero digna de realce – embora quase ignorada localmente – a participação regular de bandas de Alcochete e de Montijo nas festas em honra da Senhora das Angústias, realizadas no início de Setembro.
No entanto, não me recordo de alguma vez ter sabido de concertos ou actuações, em Alcochete ou Montijo, realizados por bandas ou grupos daquela cidade espanhola.
Nada que me pareça insusceptível de resolução através de acordo trilateral. Caso os presidentes de câmara de Alcochete e de Montijo e o alcaide de Ayamonte não se conheçam, há por aí quem seja capaz de os pôr em contacto. Até eu, se for necessário.
O que considero absurdo é alcochetanos e montijenses, em geral, ignorarem que, há muitos anos, durante uma semana, algumas das suas bandas têm papel destacado em festas populares realizadas em Ayamonte.
Tal como me parece inaceitável que não tenhamos a oportunidade de, com a mesma regularidade, retribuir esse acolhimento a colectividades de cultura e recreio de Ayamonte.
P.S. – Porque não desejo nem devo contribuir para acirrar os ânimos entre colectividades, sejam ou não alcochetanas, doravante não validarei qualquer comentário susceptível de agravar um problema que me parece injustificado e inadmissível.
Pelo contrário, acolherei de bom grado e darei destaque a quaisquer contribuições para a pacificação e entendimento geral, mesmo que anónimas.
3 comentários:
Considero a ideia positiva se de facto for viável.
Permita que faça duas correcções: 1) A Banda da S.F.P.L. SAMOUQUENSE vai há já 12 anos consecutivos a Ayamonte, juntamente com a Banda da 1º de Dezembro do Montijo. Pelo que sei há mais de uma década que a Banda de Alcochete não ia a Ayamonte. Portanto, este texto não é correcto quanto a esta questão.
2) Relativo a presença dos Ayamontinos em Portugal permita que lhe diga que já por várias vezes se deslocaram ao nosso país para animar as Festas do Montijo, Samouco e Alcochete.
Sugiro ainda que se por eventualidade se deslocar a Ayamonte visita o Monumento que foi erguido o ano passado nesta cidade homenageando as 3 (três) Bandas - ALCOCHETE -MONTIJO- SAMOUCO.
Desinteressadamente vamos todos apoiar a CULTURA...
Um abraço
Sr.F.B. ESTA DE SE ARMAR EM SALVADOR DA PÁTRIA PARECE QUE NÃO PEGOU. TENTE NOVAMENTE. PORQUE NÃO SUGERIR QUE A IMPARCIAL VÁ COMEMORAR COM A BANDA DO SAMOUCO NO DIA 1º DE DEZEMBRO O SEU ANIVERSÁRIO. ERA BONITO LÁ ISSO ERA.
PORQUE SERÁ QUE COM FORMAÇÕES NO CONCELHO PARA ALÉM DA IMPARCIAL SÓ ESTA ÚLTIMA VAI AO FÓRUM CULTURAL? E PORQUE SERÁ TAMBÉM A ÚNICA A IR FAZER TODOS OS ESPECTÁCULOS E CORRIDAS NA PRAÇA DE TOUROS DE ALCOCHETE?
SÃO SITUAÇÕES QUE MERECEM REFLEXÃO MAIS SÉRIA E APROFUNDADA. ESTOU SEGURO QUE TODOS OS ALCOCHETANOS E FORASTEIROS FICAM PREJUDICADOS COM A TACANHEZ DE ALGUNS QUE GEREM A CULTURA EXISTENTE EM TODO O CONCELHO DE ALCOCHETE.
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