05 julho 2009

PLANO ESTRATÉGICO DE ALCOCHETE – 2025

Devido ao constrangimento do tráfego na Ponte Vasco da Gama não pude assistir à apresentação documental do que foi denominado no encontro da passada 6 feira, como Carta Magna Estratégica para Alcochete, mas pude assistir à parte final da apresentação e ao pequeno debate que se seguiu.
Retive a ideia que este evento vem no seguimento do cumprimento da acção pré-eleitoral do actual executivo. Recordemos que esta maioria prometeu envolver a população em acções participativas para a elaboração de determinados documentos. O que se viu ao longo do mandato foi a apresentação de documentos e pedirem contributos posteriores.
O que foi apresentado não fugiu à regra. E para dar alguma credibilidade à matéria não há nada como entregar o estudo da matéria em referência a personalidade que há muito está no negócio da consultoria e tem coordenado outros estudos de âmbito nacional e regional.
Se não me falha a memória não me recordo de ter sido aberto qualquer concurso público para que aparecessem outros consultores.
A apresentação pouco ou nada trouxe de novo em relação ao muito que já se tem dito e escrito.
A época parece-nos a menos adequada, por várias motivos: suponhamos que o peso eleitoral no executivo se altera nas próximas eleições autárquicas, quais foram as orientações enunciadas por parte desta actual maioria na CMA?
Porque razão adjudicar um estudo desta natureza em final de mandato, depois de e ao longo do mesmo terem apresentados também Carta Educativas, Carta Desportivas e reiniciados Revisões de PDM?
Tudo isto é demonstrativo da falta de ideias e capacidade estratégica por parte desta maioria.
Não seria mais vantajoso promover debates sobre esta e outras matérias antes de gastar dinheiro, que a todos pertence para elaborar estudos desta natureza?
Como se pode preparar um estudo com esta envolvente sem se ter em conta o que será aprovado pela administração central e em especial num diálogo profundo com os concelhos vizinhos? Esta lógica de os consultores serem contratados individualmente por cada concelho, para que mais tarde junte a manta de retalhos e imponha a sua profecia talvez não seja a metodologia mais adequada para servir o Portugal.
Seria conveniente que as forças politicas tivessem a coragem de assumir o que pensam sobre a matéria

2 comentários:

Fonseca Bastos disse...

Obrigado ZB por trazer a este blogue a sua opinião acerca do evento.
Não me pronunciarei até conhecer detalhes da peça principal, embora continue a pensar que, para manter o tipicismo e a identidade, Alcochete precisa bem mais da intervenção do arq.º Ribeiro Telles que de sonhar com o aeroporto.

Unknown disse...

As minhas reflexões sobre este assunto remontam a 2007.Mais recentemente desenvolvi esta temática no Alcochetanidades.

Aqui fica o link dos textos sobre a matéria para quem quiser conhecer as minhas sugestões.

http://alcochetanidades.blogspot.com/2009/03/pilares-para-o-futuro-do-concelho.html