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"Na maioria dos municípios, as câmaras continuarão a esquecer o que deveria ser a sua missão primordial: conservar e manter o espaço público e gerir harmoniosamente o território. Por outro lado, o urbanismo permanecerá refém das negociatas com os empreiteiros do regime e continuarão a acumular-se tachos e empregos para os apaniguados do partido. Com excepções - é certo - irá deteriorar-se a qualidade de vida, degradar-se-á ainda mais a paisagem, enquanto se fortalecem os mais perversos interesses.
"Há que reescrever o enredo desta tragicomédia. Só um sobressalto cívico nos pode tirar deste torpor que nos encaminha para o abismo. O povo dispõe ainda dessa arma poderosa, o voto, que deve usar de forma inteligente e estratégica. Mais do que nunca, o voto de protesto, de apoio aos sinais da mudança, é o único eficaz. As eleições já não são o acto em que o povo escolhe quem comanda os seus destinos. Mas são ainda o momento em que, pelo menos, podemos decidir quem não manda".
A imagem acima foi retirada daqui (excelente biblioteca digital)
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