23 julho 2009

Os casamentos homossexuais

Li hoje no SOl online o seguinte: «o programa eleitoral do PS que será aprovado Sexta-Feira e apresentado publicamente Sábado, defenderá os casamentos entre cidadãos homossexuais...» (http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=142805).
Perante isto, eu sei que tenho todo o direito de querer saber dos candidatos à presidência da Câmara Municipal de Alcochete qual a posição que claramente defendem face à matéria para a qual remete o link transcrito.
Já agora, também convinha que os mesmos candidatos nos dissessem, com todo o rigor, o que pensam sobre a eutanásia.

16 comentários:

Unknown disse...

Vá, senhores candidatos Luís Franco e António Maduro, encham-se de coragem e defenfam perante os vossos potenciais eleitores em Alcochete os casamentos entre dois homens ou duas mulheres. Sereis homens para isso?
Na Assembleia da República, o PS avança com estes projectos contra os valores da Civilização Ocidental Cristã e o PCP nunca se oporá, juntando os deputados deste último partido os seus votos aos votros do PS se isso for necessário ou abstendo-se se for o caso de a aprovação destas matérias fracturantes dispensar a ajudinha dos comunistas. Esta última hipótese é a mais preferível para o PCP, porque sai da "encrenca" com uma espécie de aura de santidade perante o seu eleitorado. POLÍTICA MALVADA!

Anónimo disse...

Sim, candidatos à gestão autárquica de Alcochete, defendam a vossa posição. Os munícipes gostariam de saber se os seus representantes são indivíduos evoluídos e de mente aberta :)

Unknown disse...

Patrícia, os candidatos da esquerda (PCP e PS) não podem ser «...indivíduos evoluídos e de mente aberta» porque as máquinas partidárias que estão por cima deles, quero dizer, as ideologias que os comandam são ideologias fechadas.
Sobre as problemáticas que eu coloco neste blog, tudo o que Luís Franco e António Maduro possam dizer só poderá ser marxismo ou derivação marxista. O caso é tanto mais grave quanto estes candidatos poderão não ter consciência disto. Eles não sabem que os mais ferrenhos marxistas pouco leram ou mesmo nada leram de Marx. Inclusive, eles nem me estarão a perceber!

Melo disse...

Mais umas achas para a fogueira:

Em relação a esta notícia que o P.S pretende apresentar publicamente em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, só provam que este senhor vive num mundo de fantasia...
Ou os Socialistas estão convictos que esta é uma medida importante para o país!
Mas que país?
Estes senhores que não esqueçam que é contra a natureza humana este tipo de acontecimento.
Deus fez o homem e a mulher por alguma razão.
Ou será que pretendem extinguir as crianças?
Estas são o bem mais importante de toda ou qualquer sociedade moderna, que futuro para as poucas crianças que possam até lá sobreviver a este trauma...
Não nos pudemos esquecer como iniciou Hitler...
Neste caso, ao contrário, que futuro reserva os nosso filhos?
Ou será que a vaidade e sexo entre, serem iguais...
um país sem crianças não é país...

Angelo Melo

Melo disse...

Gostaria que os candidatos também se comentassem este assunto, de forma a saber-mos o que tem os três a dizer sobre os dois assuntos mencionados neste blogue.
também estou curioso.

melo

Anónimo disse...

Ângelo,

a homossexualidade sempre existiu, não é uma "nova forma de viver a sexualidade" (Citando JMarafuga).
As crianças não deixarão de existir quando pessoas do mesmo sexo puderem casar, pelo simples facto de que não é essa questão meramente burocrática que irá fazer aumentar o número de homossexuais.

E que trauma??
Não é trauma uma criança sofrer de maus tratos, passar fome, viver na rua, não poder ir à escola? Não o é ser abusada sexualmente pelo seu progenitor heterossexual?
Em que medida é que a possibilidade do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo constitui um trauma?

Se esta medida é ou não importante para o país não sei, mas que não é nenhum entrave à realização de outras medidas, isso não é. No entanto, se não fosse importante, as pessoas não discutiam o assunto.

Eu pessoalmente não tenho absolutamente nada contra a adopção por parte de homossexuais, mas essa questão nem sequer foi colocada, ainda. Trata-se de casamento civil, que, não estando ligado a qualquer religião, não vejo motivo para se invocar a natureza religiosa da espécie.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Não podem? Só por isso? Uma ideologia é geralmente um sistema fechado, pois é um sistema finito - onde termina uma começa outra ideologia.
Uma pessoa pode ter as suas próprias ideologias, ainda que ligada a uma ideologia partidária.
A direita também é conhecida pelo seu conservadorismo e não é por isso que eu acho que não é possível encontrar pessoas despidas de preconceitos ligadas a essa posição política.

Anónimo disse...

O comentário removido estava repetido.

Unknown disse...

Patrícia, por favor, pense um bocadinho e politize-se.
Se os candidatos Luís Franco e António Maduro forem contra os casamentos homossexuais, ficam sob suspeição face aos níveis mais altos dos respectivos partidos, PCP e PS; por outro lado, estes candidatos à presidência da câmara de Alcochete sabem que nesta terra não podem falar abertamente aos eleitores na problemática do "casamento" entre homossexuais porque a cultura local não se compadeceria com tal discurso.
Ao contrário da Patrícia, os tais candidatos não deixam de ter a noção interior de que afirmações do tipo "cada um é livre de fazer o que quer desde que não prejudique ninguém" são politicamente irresponsáveis porque tanto neutras como irrealistas, razão por que também não vão por esse caminho.
Para se ser um verdadeiro político em democracia hoje em dia é preciso saber caminhar sobre o fio da navalha...mas estes candidatos não sabem.
O Luís Franco, faltando a todo o respeito aos seus eleitores, vai dizer que isso são coisas do programa do PS, quando sabemos que o PCP está mortinho que tal proposta suba ao Parlamento e passe, seja para isso necessário o voto comunista ou não.
O António Maduro não tem escapadela possível que seja responsável.
Mas é claro, eu sei que, se for preciso e em último recurso, a invenção de uma habilidosa mentira poderá safar, de momento, quem está em apuros. É a isso que Balladur chama "Maquiavel em Democracia". Só que se uma pessoa da minha idiossincrasia tiver conhecimento dessa mentira, denunciá-la-á publicamente.

Anónimo disse...

(Politizando-me...
... ... ... ... ...)

Apesar de ligados a um partido político, os indivíduos que referiu têm direito a ter a sua opinião pessoal, e esta pode ou não ser concordante com a do partido. Dentro de um mesmo partido político existem divergências, como sabe, e que são normais, pois é da diferença que se extrai o conteúdo (a própria Drª (ou Doutora, não sei bem) Manuela Ferreira Leite o diz).
Na sua profissão, enquanto políticos, estão sujeitos a que em determinados aspectos tenham que colocar de lado as pessoas que são e limitarem-se, se pretenderem prolongar o vínculo que têm com o partido, a servir os interesses que foram estabelecidos pelo e para o partido. Isto acontece em todas as profissões, correcto?

Agora o ponto importante:
"estes candidatos à presidência da câmara de Alcochete sabem que nesta terra não podem falar abertamente aos eleitores na problemática do "casamento" entre homossexuais porque a cultura local não se compadeceria com tal discurso."

Isso quer dizer que está a concordar com algo que eu mesma disse num debate anterior relativamente à mentalidade dos habitantes de Alcochete.(?)

Mas por outro lado discordo, pois o programa do PS não se limita à questão do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e, para a nossa vila em particular e Portugal em geral, outras preocupações se sobrepõem, pelo que não considero que a campanha eleitoral se deva focar particularmente neste assunto, não querendo com isto dizer que o devem ocultar.
Abordar, sim. Tornar isso o ponto central do programa eleitoral, não.

Abandonando um pouco o registo politizado (que acho que não atingi) e voltando-me um pouco para o discurso mais sociológico, a população alcochetense não é inteiramente constituída por pessoas viradas para a tradição, nem tão pouco por pessoas que nasceram e cresceram em Alcochete, portanto, não me parece as esquerdas precisem de evitar este tipo de "turbulência".
Sem turbulência o Cristianismo não se teria fixado, não é verdade? (Utilizado tom amigável. Não deve ser tomado como provocação)

Unknown disse...

Patrícia, tente compreender...porque me parece, pelas entrelinhas do seu discurso, que não estará longe de lá chegar.
Nós não podemos fazer tudo o que queremos sob o pretexto de que não estamos a prejudicar ninguém.
Eu não posso ter relações sexuais com um animal sob o pretexto de que não prejudico ninguém. Porquê? Porque atitudes desse tipo degradam as pessoas moralmente, retiram-lhes a liberdade e conduzem-nas à escravidão. Como assim? Os povos, quando mandam preceitos morais às urtigas, entram em decadência e, inevitavelmente, vêm outros povos mais viris ocupar o lugar dos decadentes. Sempre foi assim na História da Humanidade e não se vê razão para que não continue a ser.
Há quem pense que o casamento homossexual só é para quem quer, que as pessoas são livres, que tudo bem se não prejudicarem as outras. Mas os tubarões políticos que estão por trás desse tipo de legislação o que querem é relativizar a família e esvaziá-la de sentido. Porque esses tais tubarões não tomariam em público um cafezinho com um "casal" de homossexuais por nada deste mundo. Inclusive, são os adeptos desses partidos (PCP e PS) que mais humilham um homossexual quando passam por ele na rua.
O mesmo fim, por exemplo, tem o sexo intergeracional. A Patrícia dirá que não há mal nenhum na paixão de um velho por uma menina de 16 anos. Só que, uma vez aprovada legislação neste sentido, o salto para a pedofilia está garantido. A Patrícia mete as mãos à cabeça e diz que não, que nunca lhe veio à cabeça tal ideia, etc., etc., etc. Mas eu posso garantir à Patrícia que em muitos círculos de pessoas bem pensantes,nomeadamente universidades por esse mundo fora, trabalha-se com trabalhos especializados no sentido de espalhar a pedofilia e fazê-la aceitar como natural pelas pessoas em geral.
O que se visa, a todo o custo, é a destruição da nossa civilização para no lugar dela se pôr o que eu não consigo vislumbrar ainda bem.
Eu diria que o que se prepara é alienar por completo as pessoas e deixá-las apenas com a "liberdade" de vender e comprar. Por cima estão meia dúzia de monstros a comandar o mundo.
O espírito deste discurso que eu estou aqui a tecer de maneira muito simples e rápida não passa pela cabeça dos nosssos candidatos. Eles querem o poder, independentemente do mundo que aí venha.
Eu penso que tenho responsabilidades pelo mundo que vou deixar e se não contribuir para o deixar um pouquinho melhor, a minha vida de nada valeu. Porque eu sou uma pessoa. Eu sou responsável pelas outras pessoas. Não posso aviltar-me aos meus olhos nem aos olhos dos outros só para rechear um pouco mais a minha conta bancária. Tenho nojo a isto e considerar-me-ia abaixo dos animais de quatro patas se assim pensasse.

Anónimo disse...

“Porque atitudes desse tipo degradam as pessoas moralmente”. De acordo. Mesmo assim, que pessoas? As que praticam, ou as outras?

Existem tubarões políticos, sim. Mas será que o que pretendem é mesmo a relativização da família? O que ganham com a alienação das pessoas?
Depois há a questão do conceito de família; talvez o meu seja um pouco diferente do seu. Para mim, família não é igual a um pai, uma mãe e irmãos. A minha família não é assim, mas são a minha família, e continua a ter sentido.

“Porque esses tais tubarões não tomariam em público um cafezinho com um "casal" de homossexuais por nada deste mundo.”
Precisamente, nesse momento estarão a agir segundo as suas convicções pessoais (às quais têm direito) e não conforme os interesses do partido.

Desviando-me um pouco do tema, penso que todos ouvimos afirmações de que estas políticas tinham como objectivo aproximar o PS da esquerda e a mim realmente parece-me mais uma manobra do que propriamente uma conspiração.

Eu, por acaso ou não, entendo menos bem uma relação intergeracional, em que existe muito menos em comum entre as partes, no entanto, não julgo. Com 16 anos hoje em dia, e embora eu discorde um pouco disto, já se pode considerar que o indivíduo sabe minimamente o que quer, o que não acontece no caso da pedofilia, em que existe uma relação forçada (para uma das partes) e doentia (da outra parte). O mesmo não se passa neste caso das relações homossexuais, pois é consentido, não é um crime.
A legislação servirá para i) oficializar uma realidade que já existe: indivíduos do mesmo sexo terem uma vida a dois equivalente à de um homem e uma mulher que sejam casados, ii) disponibilizar o mesmo tipo de apoios e direitos…
Admito que a seguir a isto possam surgir propostas não aceitáveis porque para nós são “moralmente degradantes”. Mas isso é algo a ponderar nessa altura, neste momento o debate é este, é assim tão imoral, anti-natura, promíscuo, desviante, traumatizante?

Não estou a par desses trabalhos especializados em Universidades, mas acho um pouco estranho porque nessas situações não se trata de “ser livre para fazer o que quer desde que isso não prejudique ninguém”, porque prejudica, é uma forma de violência e um atentado à integridade física, psicológica e emocional da criança.

Mas Sr. JMarafuga, a destruição da nossa civilização é mais provável através da intolerância que gera conflitos, guerra, mortes de inocentes… do que através da tolerância, respeito, aceitação e coexistência pacífica.

Unknown disse...

Patrícia, os leitores mais antigos deste blog sabem que eu sou contra os chamados "casamentos" entre homossexuais, mas a favor de uma figura jurídica que salvaguarde os interesses do companheirismo homossexual.

Melo disse...

A Patricia acha correcto estar a beber um café, e um casal do mesmo sexo, perto de si, estarem a namorar?
Eu não sou contra as pessoas do mesmo sexo que vivam em comum, mas, o que não tolero é que ixibam públicamente (fora das quatro paredes), porque aí ninguém tem nada a ver com a vida de cada um.
éticamente e moralmente, acho negativo esta atitude públicamente por parte destes(as), no entanto, continuam a ser pessoas como outra qualquer, mas com alguma reserva.

melo

Anónimo disse...

Tanto casais heterossexuais como casais homossexuais têm esse tipo de comportamento.
Pergunta-me se acho correcto. Para achar essas manisfestações entre pessoas do mesmo sexo incorrectas, terei que ter a mesma opinião sobre o mesmo tipo de manifestações em casais heterossexuais.
A mim não me choca. Mas se quer a minha opinião sincera, todos os casais (hetero e homo) deveriam ter em atenção onde e como manifestam o sentimento que há entre eles.
Se a seguir vai falar sobre o trauma das crianças ao presenciarem cenas destas, digo-lhe já que o trauma não está nas crianças, está nos adultos (alguns).