O depósito da água dos Barris, grande obra de referência de meados do século XX.
Este ano vai haver eleições autárquicas, razão por que, no meu entendimento, impõe-se que façamos a seguinte pergunta: qual a obra de refência desta câmara?
Eu gostava que alguém próximo destes autarcas chegasse aqui e nos esclarecesse a todos com clarividência, ainda que perante todos eu ficasse ridicularizado.
Se há impertinência na minha pergunta, não a deixem de aproveitar, eliminando alguém que não é propriamente simpático aos comunistas.
Como Aquiles, eu também hei-de ter um qualquer calcanhar vulnerável. Descubram-no e não errem a pontaria. Era a forma de eu, envergonhado, nunca mais aparecer à frente de um alcochetano, largar os comunistas da mão e ficar em paz.
Eu gostava que alguém próximo destes autarcas chegasse aqui e nos esclarecesse a todos com clarividência, ainda que perante todos eu ficasse ridicularizado.
Se há impertinência na minha pergunta, não a deixem de aproveitar, eliminando alguém que não é propriamente simpático aos comunistas.
Como Aquiles, eu também hei-de ter um qualquer calcanhar vulnerável. Descubram-no e não errem a pontaria. Era a forma de eu, envergonhado, nunca mais aparecer à frente de um alcochetano, largar os comunistas da mão e ficar em paz.
10 comentários:
Sabendo o que sabemos de obras de referência por aí plantadas nos últimos anos – e de algumas nem tudo se sabe ainda – não me parece correcto que o julgamento deste executivo autárquico se faça pela ausência delas.
Encarar as coisas assim incita futuros autarcas a cometer erros que se criticaram a antecessores: temos um fórum cultural inacabado mas carecemos de escolas básicas em condições; há uma nova biblioteca faraónica mas não se arranja dinheiro para mais creches e jardins de infância nem para pavimentar estradas da periferia; há uma pomposa variante mas não se consegue reanimar o mercado municipal; fez-se um empréstimo bancário para uns remendos no antigo campo de futebol do Valbom mas não se aproveitam fundos nacionais e europeus para criar o famigerado parque urbano; distribui-se betão privado a esmo mas não se dá um passo para recuperar o núcleo histórico de Alcochete.
Ao contrário do dr. João Marafuga, creio que a opinião dos cidadãos deve fundar-se na existência ou não de empenho em semear e reorganizar o futuro e em plantar e cuidar de coisas que, podendo não ter visibilidade, constituam avanços significativos na solução de problemas elementares.
Recordo ter escrito neste blogue os seguintes três textos que traduzem o meu pensamento sobre a avaliação do trabalho autárquico:
http://praiadosmoinhos.blogspot.com/2007/04/propsito-dos-ideais-de-abril.html
http://praiadosmoinhos.blogspot.com/2006/03/novamente-o-rossio-para-variar.html
http://praiadosmoinhos.blogspot.com/2008/01/anteviso-do-ano-2.html
Relativamente à última parte do seu texto, fique claro não ser minha intenção envergonhá-lo perante ninguém.
Fonseca Bastos,
Subscrevo as suas preocupações.
Paulo Benito
Na sessão solene do 111º aniversário da Restauração do Concelho de Alcochete, uma das pessoas que, naturalmente, discursou foi o sr. Luís Franco. Da boca deste autarca a palavra que mais ouvi foi "passeios".
Há lá pachorra para isto?
Um acesso digno e limpo da vila ao Freeport não seria razoável?
Um ou dois parques periféricos para o estacionamento de automóveis não seria razoável?
A conclusão da 3ª fase da circular à vila não seria razoável?
Obrigado, PBenito.
Não estive na cerimónia e desconheço o discurso. Em todo o caso, a essas intervenções aplico sempre a conhecida máxima: "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço".
Este mandato de Luís Franco teve muito de comum com os primeiros mandatos de Miguel Boieiro: nada fazer e culpar o poder central.
Sr Fonseca Bastos excelente o seu comentário. É todo um programa, é um novo paradigma. A ser seguido seria uma catapulta civilizacional que nos retiraria do miasma (Nacional) que nos via pastoreando!
E sendo tão simples e óbvio, porque não é seguido? Por somos, todos, pobres de espírito e admiradores acríticos de vacas sagradas!
Caro dr. Marafuga: há quantos anos ouve apregoar a necessidade de maior autonomia para os municípios e recriminações contra o poder central por não apoiar mais obras locais? Todavia, todas as obras locais da última década tiveram significativo apoio do Estado ou compromissos equivalentes, apesar de subsistirem dívidas por saldar.
Portanto, talvez a culpa não seja do Estado mas de quem, a nível local, definiu as prioridades.
Preferiram-se obras para referência eleitoral e ignoraram-se realidades menos visíveis, como uma acanhada escola básica em São Francisco, uma extensão de saúde na mesma freguesia instalada num casebre, outra extensão de saúde em Samouco de difícil acesso para idosos e mães com crianças de colo, uma escola básica ignorada no deserto do Passil, estradas por pavimentar em Terroal, Pinhal do Concelho e não só, etc. etc.
Caro dr. Renato Milheiro: se alguém quiser construir um programa com base nestes pressupostos, tem total liberdade para o fazer. Este blogue também pode servir para isso.
Porém, redigir o programa é uma coisa e cumpri-lo algo bem diferente.
Há dias, chamei a atenção para a necessidade de sabermos a verdade acerca da real situação económica e financeira do município.
Espero que, antes do rol de promessas, todas as candidaturas nos expliquem essa realidade, porque os boatos são mais que muitos e quem tudo sabe continua cego, surdo e mudo.
Há dois textos neste blogue que exprimem muitas das pistas que posso dar:
http://praiadosmoinhos.blogspot.com/2008/06/fazer-alguma-coisa-pelo-concelho.html
http://praiadosmoinhos.blogspot.com/2008/06/fazer-alguma-coisa-pelo-concelho-2.html
Uma obra de referência levada a cabo por uma autarquia não tem que ser nem deve ser faraónica.
A digna reabilitação de um espaço em Alcochete para ministrar ensino a nível universitário ao idoso-jovem seria uma obra faraónica?
Uma ciclo-via na freguesia de Alcochete que também servisse para passeio higiénico de peões seria uma obra faraónica?
A devolução da praia dos moinhos às populações seria uma obra faraónica?
Eu fiz uma ou duas alteraçoezitas ao último parágrafo do meu texto, expressando, mesmo no fim, o desejo de "largar os comunistas da mão", o que é apenas um desabafo, porque quem larga os comunistas da mão mais depressa é agarrado por eles.
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