20 fevereiro 2009

Vamos falar direito...

Vamos falar direito que é aquilo de que todos têm medo neste País, passe o registo hiperbólico.
O PSD nunca teve oportunidade maior de ser poder em Alcochete como aquela que se apresenta para as próximas eleições autárquicas.
O PC local está gasto, esclerosado, sem soluções para um concelho cuja realidade nos últimos anitos mudou como do dia para a noite.
O PS está mergulhado num mar de contradições entregues ao tempo para que este as resolva.
A bonne chance está do lado do PSD se for politicamente comedido e se não esquecer que o povo alcochetano é arreigadamente conservador.
A lista que o PSD apresentar aos eleitores deve pautar-se por uma boa representação de pessoas cujos rostos sejam espelho para os alcochetanos, privilegiando uma equilibrada dosagem de novos moradores. Urge que apareçam rostos femininos, sem esquecer os jovens.
Se o PSD e o CDS locais fizessem uma coligação, eu poderia oferecer o meu rosto para a lista sem quaisquer exigências pessoais.
Há quatro anos pediram-me que colaborasse com o CDS, eu disse que sim, mais tarde comunicaram-me a minha posição na lista, tornei a dizer que sim, fazendo todos os dias campanha a favor da democracia cristã em Alcochete. Ao mesmo estaria disposto sob as regras de uma coligação de sociais democratas e democratas cristãos. Fora deste quadro ficarei em casa.

16 comentários:

Unknown disse...

...porque o meu desafio é este: quem aparece aqui a declarar que está disponível para prestar um serviço à comunidade como autarca, recebendo, se tiver que receber, ao fim do mês, apenas e só, o que a lei estipula?
...porque se o espírito não for este o que preside ao candidato a autarca, o fito desse impostor é roubar.
Mas será que todos estejamos condenados a esta sina maldita em Portugal?
É urgente como ar para os pulmões que as direcções dos partidos políticos escolham pessoas SÉRIAS para as listas candidatas aos órgãos de gestão do município.

Unknown disse...

Não, Alcochete tem que mudar, mas por favor, não

Sérgio Silva disse...

Só deixo umas perguntas no ar: Porque seré que muitos dos Presidentes de Camara de Portugal são Ricos?
E os Vereadores do Urbanismo? e da Habitação?....
O que é feito do Dever Cívico de Lutar pelas Populações?
É importantissimo não haver maioria absoluta nas próximas eleições autarquicas... e no meu entender devem ser atribuidos pelouros a TODOS os veradores que forem eleitos, independentemente da sua cor partidária... Assim, todos terão hipotese de trabalhar em prole das populações que os elegeram...
os melhores seram reeleitos, os piores...

Miguel Saturnino disse...

Em minha opinião, a CDU (e não só) terá mais medo de um PSD sozinho do que de um PSD coligado com o CDS.

Quem tem olhos para ver que veja.

Unknown disse...

Bom, Miguel, politicamente compreendo o que dizes.
Que tudo o que se fizer seja "por Alcochete".

Fonseca Bastos disse...

Hoje, em Alcochete, os comunistas não têm motivo para recear ninguém, excepto alguma da sua gente com telhados de vidro. Os maiores problemas estão dentro e não fora.
Do exterior não vem mal que os apoquente. A maioria das colectividades está controlada pela generosa subsídio-dependência e mesmo as "resistentes" nada fariam sem misericordiosos apoios (500 votos certos). Ninguém tratou melhor os funcionários municipais (1000 votos potenciais). Ninguém mais cuida das actividades dos velhotes nem de os levar a passear (1500 votos garantidos). Sobra ainda margem de manobra no resto da população, onde não me parece impossível angariar 500 votos. Há melhor receita para uma maioria em caso de elevada abstenção?
Tudo isto se construiu diante dos olhos de uma oposição inexistente e desorganizada há mais de três anos e que, a sete meses das eleições, continua em hibernação. Que pessoas? Que programas? Que credibilidade? Quem financia as campanhas?
Coligação PSD/CDS para quê? Sem a concorrência do CDS, em 2005 o PSD teria eleito um vereador. Hoje aquele está congelado e se este não conseguir chegar lá será uma derrota.

Unknown disse...

Mas é a incompetência da Câmara tão bem provada por Luís Proença e as contradições internas do PC local que toda a oposição deve explorar.
Por outro lado, Alcochete é um meio pequeno onde toda a gente é família de toda a gente. Quem é homem público em Alcochete tem que ter cuidado com o que faz em privado, uma vez que essas incongruências podem ser exploradas numa campanha eleitoral. De facto, uma vida privada sem sentido nunca é bilhete de passagem para o sentido na vida pública. Isto é o que fazem os americanos. Ora a nossa democracia não está por cima da americana (EUA). "Já me vós is entendendo"?
Finalmente, há que fazer um trabalho a favor de que os novos moradores votem e de que a abstenção seja mitigada. COMO?
A única maneira é falar às pessoas com verdade, abandonando o discurso politicamente correcto porque este é pecado. Eu não tenho problemas em utilizar uma linguagem eclesiástica. Mas para aqueles que não gostam dessa linguagem, eu direi que o "politicamente correcto" é criminoso, o vómito da minha boca.
As esquerdas não estão em condições da renúncia ao politicamente correcto dada a estrutura intrínseca da própria génese que as forma, enforma e informa.

Fonseca Bastos disse...

Nas questões privadas não me intrometo.
Quanto ao mais, não é à beira de eleições que se constroem alternativas.

Unknown disse...

O homem público (caso dos políticos) que na esfera privada trata mal familiares e afins não pode dirimir a suspeição dos eleitores.
ESTA É A MINHA POSIÇÃO.

Unknown disse...

Sr. Bastos, reli o seu penúltimo texto, vindo-me à cabeça o seguinte: não esqueça que uma senhora idosa que tem uma filha empregada na Câmara e é sócia da Sociedade não representa 3 (três) votos, mas um (1) só!
Está a ver onde eu quero chegar?

Fonseca Bastos disse...

Não, não estou. Releu bem o que escrevi?

Miguel Saturnino disse...

Há algo que os comunistas temem. Felizmente para eles, não há condições para explorar tal hipótese.

Se é verdade que o PDS perdeu um vereador por não se ter aliado ao CDS nas últimas eleições, não é menos verdade que nas próximas eleições autárquicas essa coligação prejudicaria e muito o PSD. Uma coisa não invalida a outra, nem uma é menos verdade por causa da outra. Os pressuposto eleitorais mudaram completamente.

Forçar tal coligação apenas benificiaria o próprio CDS. Há que informar tais senhores que as boleias de luxo estão caras...

Unknown disse...

Miguel, quando aderi ao CDS, depois da minha renúncia definitiva às ilusões de esquerda, fi-lo com a máxima consciência.
Algumas pessoas disseram-me que não se admiraram com a minha volta política de 180 graus, mas estranhavam que eu desse entrada no CDS. Argumentavam que o PSD se me ajustaria melhor.
A mim, o que me preocupa no PSD é o pragmatismo de muitos dos seus militantes que melhor estariam no PS.
O CDS pareceu-me muito menos pragmático e mais doutrinário, o que vinha ao encontro de toda a minha nova reflexão política que começa no dealbar do 3º milénio.
Essa nova reflexão política estende-se pelo campo liberal-conservador. Ser conservador é ser realista.
Se a realidade política em Alcochete, vistas as coisas com toda a objectividade e honestidade, desaconselha nas próximas autárquicas a coligação do PSD e CDS, não se faça essa coligação «que outro valor mais alto se alevanta».
Mas isto aqui não passa de um debate de ideias entre nós porque eu, embora tenha o cartão do CDS por meu livre arbítrio, não resolvo os destinos deste partido a nível local.

Rogério Pedro disse...

Na minha modesta opinião, o Miguel Saturnino deveria estar calado. Quando ele fala ao escreve, todos se lembram dele e do Tio.
Esse factor, só dá vantagem à CDU.
Concordo plenamente com a linha de pensamento do Fonseca Bastos.

Cumprimentos

José Carvalho

Miguel Saturnino disse...

Caro Sr. José Carvalho.

Ao dar opinião sobre se um cidadão tem ou não direito de intervir em espaços de discussão pública como este, o senhor está a demonstrar inequivocamente de onde vem. Percebo que se sinta perturbado com as minhas intervenções. É que elas atingem o alvo com uma pontaria que o irrita. Eu sei disso.

Também percebo que deve ficar incomodado por não haver ninguém do PCP que consiga entrar neste espaço plural em termos partidários e articular uma única ideia. E não em venha com a história de “quem está no poder”... No anterior mandato autárquico as posições eram inversas e eu participei bastante nos fóruns do Tágides. Dei a cara. Assumi as minhas posições e ideias. Não vi nenhum camarada sei fazer o mesmo. Ou não têm coragem de se expor ou, simplesmente, não têm nada para dizer.

Acha que todos somos tão ingénuos ao ponto de julgar coincidência que de cada vez que alguém se dá ao trabalho de colocar alguns comentários incómodos apareça logo, passados 2 ou 3 dias (o tempo que vocês levam a reagir…) um novo nome de perfil nebuloso a falar de questões pessoais, a mistificar, a desviar as atenções, sem nunca entrar nos assuntos em discussão?

Tenha dó. Com a experiência que já tenho, esse tipo de coisas só me dão para rir.

E mais: falarei onde quiser, quando me apetecer, como me apetecer e do que me apetecer, sempre respeitando as regras dos espaços em causa.

E já agora, deixe de falar de pessoas e fale sobre Alcochete. Eu sei que é difícil, mas tente, pelo menos. Argumente. Discuta. Proponha.

Unknown disse...

São raras as vezes que dou a minha opinião, porque prefiro participar lendo o que aqui se diz, aprende-se muito!!!
Acho que o texto que foi escrito pelo Sr. Fonseca Bastos é um nítido quadro de Alcochete, infelizmente a CDU não tem nada a temer.
Independentemente de qualquer coligação que possa existir nenhum partido tem uma máquina tão bem montada como a CDU, nem PSD, nem PS e nem CDS, todos estes partidos, devem começar por se organizar, chamando para a vida politica pessoas credíveis e que possam dar estabilidade ao partido.
Penso que neste blog e noutros a CDU tem demonstrado que não tem capacidade para responder a assuntos sérios, vive na sombra da critica pessoal e infelizmente o que o futuro nos reserva são mais 4 anos de beijinhos e abraços mas de muito pouco trabalho, em que os únicos temas de discussão vão ser os projectos que ficaram por aprovar, o que fica por fazer e a consequente degradação da imagem de Alcochete por inoperância ou mesmo falta de capacidade do seu executivo.