05 fevereiro 2009

Contas à Educação

Há, em Alcochete, estatísticas preocupantes que pouco parecem importar à maioria.
Os indicadores de Educação respeitantes ao ano lectivo de 2006/2007 justificam análise, reflexão, explicações e, naturalmente, a busca de soluções práticas que contribuam para a progressão da nossa juventude.
A intuição sugere-me que bons prémios escolares e bolsas de estudo poderiam entusiasmar a malta. Mas alguém pensou um pouco nisso? Autarquias? Empresários? Cidadãos?
A taxa de retenção e desistência no 2.º ciclo do ensino básico foi de 11,3%, subindo para 16,6% no 3.º ciclo. Isto é, em cada 100 alunos que frequentaram o 2.º ciclo reprovaram ou desistiram 11 e no 3.º ciclo quase 17.
Parece-me interessante enquadrar estes números no conjunto dos nove concelhos da Península de Setúbal, pelo menos, sendo de salientar que, quanto ao ensino básico, em todos os ciclos Alcochete está um pouco melhor que a média na região. Há casos muito piores. Mas com o mal dos outros...
No mesmo ano lectivo, a taxa de transição/conclusão no ensino secundário foi de 68,2%, pelo que cerca de 1/3 dos nossos alunos reprovaram ou desistiram. Um aproveitamento excepcional verificou-se nos cursos tecnológicos (90,8%), enquanto nos gerais e científico-humanísticos o aproveitamento foi de apenas 63,7%.
Devido a este baixo aproveitamento nos científico-humanísticos, comparativamente à média regional as coisas estavam piores no ensino secundário em Alcochete que na média da Península de Setúbal, sendo depois da Moita o pior indicador da região (à excepção do aproveitamento nos cursos tecnológicos, no qual Alcochete ocupou a primeira posição destacada).
Outra informação relevante respeita ao número médio de alunos por computador em estabelecimentos de ensino de Alcochete, que no mesmo ano lectivo de 2006/2007 era de 23,8 no 1.º ciclo do básico e de 14,1 nos 2.º e 3.º ciclos. No ensino secundário baixa para 8,4 alunos por computador.
Relativamente ao número médio de alunos por computador com Internet, em Alcochete era de 32,5 no 1.º ciclo, de 15,2 no 2.º e de 15,5 no 3.º ciclo do ensino básico. Não existem dados para o ensino secundário local.
Voltando à análise comparativa com a região, Alcochete tinha menos computadores que a média da Península de Setúbal e no ensino secundário coincidia com a média.
E quanto a computadores com acesso à Internet estávamos um pouco pior, excepto no 2.º ciclo do ensino básico.

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