Este texto é uma reacção ao imediatamente anterior, colocado por Luís Proença.
Confesso, sinceramente, a minha incompreensão quando se rejeitam e menosprezam pessoas devido aos seus pontos de vista políticos, religiosos ou sociais.
A intolerância é inimiga da democracia e os inábeis ou incapazes de reconhecer e respeitar crenças e opiniões diferentes nunca serão democratas, nomeadamente se tentam calar ou suprimir opiniões divergentes ao invés de manifestar discordância com dignidade, respeito, inteligência e racionalidade.
Conheço alguma coisa do ambiente político de Alcochete, onde campeiam a intolerância doentia e as tentativas de amordaçar os discordantes.
Por isso tentei que as divergências entre Luís Proença e João Marafuga não ultrapassassem o plano emocional, evitando que se transformassem numa guerra entre "deuses" que encarnam homens mutuamente insuportáveis. Porque esta sociedade precisa de mulheres e homens simples, desinteressados e verdadeiros, pois os "deuses" que a têm infestado colocaram-na à beira do abismo.
Por ambos e por Alcochete, pedi-lhes uma coisa muito simples: que seguissem em frente e se preocupassem menos com quem escreve neste blogue, porque o mais importante é o que há para além dele. Os alcochetanos!
Perdi essa batalha e, em paz com a consciência, respeito a decisão de Luís Proença. Somos todos gente livre: de entrar, de estar, de sair e até de regressar. Quem não estiver de bem com a sua consciência faça o que ela lhe ditar. Se e quando mudar de opinião poderá também retornar. Sempre assim procedi e nisso não mudarei!
Pedi o impossível a ambos? Provavelmente sim. Mas julgo conhecer as verdadeiras causas, embora sobre elas prefira escrever em momento oportuno. A vida ensinou-me a ser paciente e a ter razão apenas quando posso comprová-la!
Sobre verdade e mentira escrevi algo, pela primeira vez em Alcochete, a 1 de Outubro de 2004. Um ano e quatro dias depois toda a gente percebia por que tinha razão. Desta vez suponho ser desnecessário esperar tanto.
Este blogue não acaba aqui e terão de inventar outras razões para calar quem nele queira escrever.
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