Em seu texto um pouco abaixo, Fonseca Bastos faz alusão ao fundador do Aposento do Barrete Verde, o Sr. António Rodrigues Regatão. Este nobre varão - saiba Deus porquê - não tem uma artéria da vila de Alcochete com o seu nome, o que me parece ultrapassar os limites de toda a ingratidão.
Mas não é só António Rodrigues Regatão o grande injustiçado nesta terra de Alcochete.
O Eng.º Ferreira do Amaral (Firestone), o Dr. Elmano Alves (Pavilhão Gimnodesportivo), o Dr. Luís Santos Nunes (Bairro da Caixa), o Sr. Estêvão Nunes (fundador dos Bombeiros Voluntários de Alcochete), os Srs. António da Cruz e Manuel Martins (construtores navais), o Sr. António José Garrancho (empreendedor), etc., são alguns dos grandes vultos, inexplicavelmente esquecidos, que bem serviram Alcochete.
Perante estes factos, não sei como poderei tecer uma escrita branda e não dizer que estamos perante uma total estreiteza de espírito da parte dos responsáveis que têm detido as rédeas da administração local desde o 25 de Abril.
Será possível mudar todo este estado de coisas?
Eu penso que sim se fôssemos capazes de vencer o preconceito, mudando a direcção do voto a favor de forças mais consentâneas com os princípios e valores dos nossos pais e avós.
2 comentários:
Permita-me duas pequenas notas complementares:
1 - O aludido eng.º Ferreira do Amaral é João Maria Ferreira do Amaral, pai do ex-ministro das Obras Públicas e actual presidente da Lusoponte. A ele se deve bem mais que a fábrica de pneus Firestone, encerrada no início da década de 90 e posteriormente demolida para dar lugar ao "outlet";
2 - Ao dr. Elmano Alves não se deve apenas o pavilhão gimnodesportivo de Alcochete, porque teve intervenção directa em muito mais. A Escola EB 2,3 El-Rei D. Manuel I também teve a sua intervenção. E não só.
Espero recordar esses e outros casos, nos próximos meses, neste blogue, pois há coisas que não devem permanecer ignoradas.
E porque tenho boas razões para crer que, em 2009, Alcochete poderá vir a ter três deputados na Assembleia da República, muito gostaria que estes se inspirassem no lado positivo daqueles exemplos para abanar o sistema.
Sr. Bastos, bem sabe que eu sei que àquelas individualidades por mim citadas os alcochetanos devem muito mais que o referido no texto. Escrevi assim por força de uma economia de escrita que me imponho não por capricho.
Quando falo do Eng.º Ferreira do Amaral e parenteticamente escvrevo "Firestone", só pode ser o pai e não o filho!
Há outros nomes como os de António da Cruz (pai do pintor), Manuel Martins, Garrancho, etc., que deram trabalho a centenas e centenas de alcochetanos em tempos difíceis.
A actividade empreendedora do incontornável Garrancho foi muito para além das fronteiras do concelho de Alcochete.
Costumava dizer o Garrancho: "eles podem-me chamar tudo, mas COITADINHO é que eles não me chamam!".
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