21 janeiro 2009

O que não podemos dar

Nos últimos três anos, a actividade política local caracterizou-se por hibernação da oposição. Foram encerrados todos os sítios partidários na Internet criados durante a campanha de 2005 e os poucos blogues com finalidade similar raramente ou nunca tiveram actualização.
Agora que se avizinha a época das promessas intensificam-se as pesquisas temáticas ao arquivo deste blogue, indiciando que alguns redactores dos programas de 2009 estarão a servir-se dele como farol de ideias. Não virá mal ao mundo por isso, até porque entre os 1650 textos aqui disponíveis encontrarão muito para reflectir.
Infelizmente, porém, este blogue nunca poderá dar-lhes aquilo para que várias vezes chamei a atenção: a descrença da sociedade no papel dos partidos, que localmente continuaram a primar pelo silêncio e por outros preocupantes sinais de alheamento acerca do dia-a-dia dos órgãos administrativos. Os partidos ignoraram os seus eleitores, não se dedicaram à construção de pontes para o futuro e deram rédea solta ao poder.
Neste blogue ninguém conseguirá obter o imprescindível capital de credibilidade e de confiança. Quem se submete ao sufrágio popular, ganhe ou perca tem de honrar os compromissos assumidos. Tendo ou não lugar em órgãos de representação política, deve lealdade aos seus eleitores. O dever de informar e esclarecer é o mínimo exigido.
Entre Novembro de 2005 e o passado mês de Agosto, várias vezes apontei o silêncio e outros preocupantes factores negativos de natureza partidária porque descreio da possibilidade de alguém ser alternativa e ter capacidade para ganhar qualquer acto eleitoral sem um persistente trabalho de formiga.

1 comentário:

Fernando Pinto disse...

Os alcochetanos e todos aqueles que não o sendo mas que aqui residem, podem e devem fazer desta vila um local aprazível para viver com melhor e maior qualidade.
Esta vila necessita de ter alguém a geri-la, que sinta verdadeiramente Alcochete. Sem preconceitos nem tábus, que ame este pedaço de terra e que não o substime, que o valorize para que as gerações vindouras tenham na sua história mais recente, motivos para esboçarem um sorriso e não ficarem preocupadas como actualmente estamos com a passividade com que os nossos autarcas encaram o presente abdicando livremente do futuro.