24 janeiro 2009
Fim de ciclo no Aposento do Barrete Verde
Fernando Pinto, presidente cessante da Direcção do Aposento do Barrete Verde, pede-me a publicação do seguinte texto:
Chegámos ao fim de um maravilhoso ciclo no Aposento do Barrete Verde de Alcochete.
Depois de 4 anos intensos, surgiu o momento indicado para encerrarmos um capítulo na história desta Agremiação.
Ao longo deste período foram muitos os sorrisos esboçados, muitas as lágrimas derramadas mas acima de tudo muitos os amigos que conquistámos. Naturalmente que muito ainda ficou por fazer, mas estamos de consciência tranquila porque sabemos que fizemos o melhor que sabíamos e que podiamos.
Foram muitos os que se insurgiram contra este grupo de jovens que abraçou um projecto para desenvolver as suas ideias sempre em função dos mais supremos interesses do Barrete Verde, preservando a sua história, os seus costumes e tradições acrescentando novas ideias face ás mais recentes ideologias da sociedade, mas foram muitos mais, aqueles que sempre estiveram do nosso lado, percebendo as nossas razões, motivando-nos e apoiando todas as iniciativas desenvolvidas, criticando construtivamente quando necessário.
A todos que nos acompanharam nesta missão "Por Alcochete" agradeço a forma entusiástica e desinteressada como o fizeram.
O Aposento não é apenas um local onde se bebe um copo e se fuma um cigarro, o Aposento é o local onde se "respira" a cultura deste povo, onde se encontra o nosso mais recente passado e fundamentalmente onde se confunde essa nobre tradição secular de pegar toiros com a valentia e destreza desta gente que "abraça" o Tejo como se fosse seu.
Aos meus companheiros de 4 anos (Fátima Soares, Estêvão Pereira, Pedro Lavrado, Luciano Bolota, Nuno Lavrado, José Jorge Ferreira, Nuno Damiães, Paulo Silva, Sérgio Gregório e António Carlos) jamais esquecerei a lealdade com que me acompanharam contribuindo decisivamente para que continuássemos a escrever em letras de ouro "Barrete Verde de Alcochete".
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1 comentário:
Meus caros,
acabei de terminar a publicação de um comentário que muito tem a ver com o oposto do que aqui me traz.
Pela continuação da cultura de valores que tão bem têm contribuído para o reconhecimento desta terra e destas gentes o meu voto de uma longa vida. Parabéns.
Para os que se preocupam exclusivamente com as fachadas e com as pinturas, mas se tentam esquecer das pessoas, escrevi noutro blog o que aqui partilho convosco:
"eu também me preocupo com o património, mas pergunto, não estarão sempre os valores acima das pedras e das artes na criação sustentada das culturas?
Parece-me que temos caminhado sob tendências paralelas à da civilização Azteca, monarquia electiva, sacrifícios humanos ou sociais e tecnologia avançada.
Se me é permitido antecipar uma visão, espero continuar a inibir-me de contribuir para a ênfase no foco na simbólica construção de imensas pirâmides hierárquicas e classistas, pois é por outros interesses mais comuns que vale a pena lutar e perservar a identidade cultural da Nação Ibérica."
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