11 janeiro 2009

Levante-se uma cultura anti-corrupção


Contra a corrupção não basta legislar.
A legislação até pode não servir de nada se não se fizer a reviravolta das mentalidades.
Urge criar uma cultura anti-corrupção. Por esta, o político corrupto é devotado ao completo desprezo da sociedade porque de pária se trata que habilmente se serve do dinheiro dos contribuintes e confiança que recebeu destes para proveito próprio.
A emergência de uma cultura anti-corrupção é reclamada pela própria sobrevivência da sociedade que o corrupto põe em perigo iminente.
O muro contra a corrupção é o valor do trabalho sem o qual a própria condição humana enfrenta o risco da regressão.
Deus criou-nos à sua essência, mas por força da riqueza desta, somos todos diferentes, razão por que me interrogo: eu trocaria a minha salvação por um punhado de euros?

6 comentários:

Paulo Benito disse...

O termo corrupção, carece de uma boa definição. Onde está o limite?

Paulo Benito

Unknown disse...

A corrupção é uma desmoralização que força à perda de sentido do que é bem e do que é mal.
A catapultagem para lá do bem e do mal faz entar o corrupto no reino da realidade invertida, isto é, no império do "eu" sem limite que poupe o "outro".

Paulo Benito disse...

Imaginemos o seguinte cenário: Um construtor aborda a Câmara no sentido de lhe ocupar uma área de construção superior ao PDM (ou ao bom senso), mas em contrapartida arranja os acessos/jardins da praia dos moinhos.
Outro cenário: Uma empresa ocupa solos agrícolas para a construção de uma nave industrial, mas cria 20 postos de emprego. A Câmara tem conhecimento mas "fecha os olhos".
Este tipo de situações é considerado corrupção ou negociação?

Paulo Benito

Unknown disse...

No primeiro cenário eu não embarcaria nele.
No segundo, eu não fechava os olhos. Tentaria negociar seriamente, com ganhos para ambas as partes.
Mas neste tipo de negociações eu nunca entraria sozinho. Estariam sempre presentes um ou mais assessores da minha confiança e cuja competência fosse pertinente ao assunto.

Unknown disse...

Primeiro que tudo, vamos ser claros: eu sinto ódio pela corrupção.
Quando falo em corrupção quero-me mais referir ao desvio de verbas públicas e/ou aproveitamento do cargo público para benesses particulares. Qualquer pessoa que ceda a estas tentações é um doente. Os doentes não podem estar à frente das comunidades.
O autarca, ao fim do mês recebe o que a lei estipula e MAIS NADA.
Se eu ocupasse um cargo público e se alguém, para obter do serviço uma facilidade, me propusesse dar dinheiro por trás da cortina, eu serenamente propor-lhe-ia que me fizesse a tal proposta na presença de dois polícias.

Unknown disse...

Se eu pertencesse a uma equipa camarária e se algum elemento dessa equipa entrasse nalgum esquema de corrupção, desde que eu tivesse conhecimento, fosse quem fosse, denunciá-lo-ia às autoridades (polícias, Ministério Público) e à população em geral.