- Por que pisaste a ervinha? Por que não desviaste o teu pé da formiguinha? Por que deixaste cair o papelinho do teu rebuçado para o chão? Estás contra o ambiente?
- Não, estou a favor!
- Entras em contradição porque pisaste a ervinha, não desviaste o teu pé da formiguinha, deixaste cair o papelinho do teu rebuçado para o chão.
- Mas estar a favor do ambiente é não pisar a ervinha, desviar o meu pé da formiguinha, não deixar cair o papelinho do meu rebuçado para o chão?
- Claro, estúpido!
- Bem diz o poeta...
- Qual poeta?
- O poeta António Aleixo!
- Que diz ele?
- «P'rà mentira ser segura/e atingir profundidade/tem que trazer à mistura/qualquer coisa de verdade».
- Deixa-te de lirismos. A defesa do ambiente está na ordem do dia.
- Para mudar valores, dominar e roubar o outro?
- Eh pá, toda a gente diz que já não se pode falar contigo! Bom, estou atrasado. Depois falamos. Até outro dia.
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