29 março 2009

Transformação e revolução

O comunismo ignora o homem como ele é, impondo-lhe uma caprichosa forma. É a isto que chamam transformar o homem. Mas quando falam nesta transformação, o que querem, no fundo, dizer os ideólogos comunistas? Eles querem dizer que se deve adaptar a realidade à ideologia, isto é, ao marxismo, "filosofia" do comunismo.
E que palavra única expressa a insana pretensão de adaptar a realidade à ideologia? Eu respondo: revolução.
Eu tenho que revolucionar alguma coisa? Eu tenho é que corrigir o que pede correcção e assim contribuir para o melhoramento das coisas. Ora tudo o que não for isto é a negação do real porque, segundo todo o legado grego e judaico-cristão, é o homem que se deve adaptar à realidade.

35 comentários:

joaquim disse...

Sr. Professor,
As suas análises às declarações do candidato da CDU ao Jornal de Alcochete mereceram-me a maior atenção.
Na passada 6ª-feira ouvi igualmente com atenção - porventura redobrada - a entrevista que o Presidente da Câmara concedeu à Popular FM.
Embora desconhecendo a veracidade do teor das suas afirmações, deixe-me dizer-lhe que me impressionou a capacidade de argumentação e os intrumentos retóricos utilizados.
Sendo um adepto das suas análises, Sr. Professor, gostaria que incidisse essa sua capacidade na entrevista do candidato do PSD, Dr. Borges da Silva - disponível no site do Jornal de Alcochete, na rubrica dedicada aos "Candidatos on-line" - e, posteriormente, na do candidato comunista, que, neste momento, ainda não se encontra disponível, esperando que o esteja em breve.
Um grande bem-haja para si, Sr. Professor!

Unknown disse...

Caro Sr.Joaquim
Sinceramente prefiro um candidato de acção a um pseudo político que investe o seu tempo a desenvolver retórica de ocasião para deixar as pessoas felizes e (pouco) convencidas de que o que diz é para fazer…

Unknown disse...

O comunismo é a negação de Deus e a destruição do homem.
O meu combate é contra o comunismo.
As imperfeições do universo liberal-conservador deixam-se corrigir.

joaquim disse...

Caro Luís Proença,
Compreendo essa sua tentativa de justificar a prestação do seu candidato, mas, servindo este blogue para esclarecer os munícipes, conceda-lhes a faculdade de fazer os seus juízos de valor. Não tente coarctar esse nosso direito.
Ouçam a entrevista em: http://www.jornaldealcochete.com/content/blogcategory/39/133/

Obrigado, Sr. Fonseca Bastos, por permitir que, neste blogue, exerçamos a nossa liberdade de expressão.

Rogério Pedro disse...

Boa tarde Sr. FBastos,
Após ler o comentário do Senhor Joaquim, fui ao Site do Jornal de Alcochete (http://www.jornaldealcochete.com/content/blogcategory/39) ouvir a entrevista que o candidato do PSD, Jorge Borges da Silva, deu na Popular FM (que aconselho vivamente).
Devo afirmar que fiquei francamente desapontado, não pela fraca e atabalhoada qualidade de expressão do seu discurso(essa parte eu e a minha esposa até achamos muito cómica), mas sim pela fraquíssima qualidade e quantidade de ideias que este candidato tem para Alcochete.
Foi uma argumentação pobre no que concerne a atacar o poder local e paupérrima nas suas convicções futuras. Como é possível alguém deste pequeno calibre querer ser presidente de câmara?
Principalmente na parte 1 da entrevista, quando o Jorge Borges da Silva, esplana o seu percurso político,nem os saudosos Parodiantes de Lisboa faziam melhor...
Senhor FBastos, concordo 100% consigo, quando em tempos teceu as suas previsões para as próximas autárquicas.
Com candidatos destes.... nem é necessário haver campanha...
Abram os olhos!

Unknown disse...

Subjectivamente, a maior parte dos comunistas não quer o aniquilamento da humanidade, mas objectivamente TODOS eles trabalham para esse fim.
Uma humanidade aniquilada é uma humanidade sem liberdade.

Miguel Saturnino disse...

Se aquilo que o Sr. Professor João Marafuga fez foi retórica, então a entrevista do Sr. Presidente da Câmara mais não foi do que um exercício de sofística.

Unknown disse...

Suspeito que os elogios untuosos da “Retórica do Luis Franco” que têm sido objecto de alguns comentários dirigidos ao Alcochetanidades e ao Praia dos Moinhos a propósito da entrevista do candidato comunista à rádio Popular FM, têm menos a ver com a retórica do que com a simpatia dos seus autores pelo que acham ser uma espécie de Prometeu comunista de Alcochete.
Nada de novo…a massa acritica que se deixa conduzir pelos caciques do PC caminha de ilusão em ilusão, necessitam de uma fé, de um transcendente.
Talvez devessem acordar e relativizar , afinal os vendedores de cobertores das feiras também têm uma retórica notável.Isto para não falar dos gurus das seitas capazes de alienar completamente quem está disposto a ser alienado.
Os «ratinhos» tendem a seguir o flautista de Hamelin...neste caso de Alcochete.

Fonseca Bastos disse...

Para esclarecimento geral devo informar que, desde há algum tempo, cabe a cada autor de textos deste blogue a decisão de aprovar ou rejeitar a inserção de comentários que aos mesmos respeitem.
Consequentemente, nada tenho a ver com tais decisões excepto em relação a textos de minha autoria.
Fui, sou e serei sempre indiferente a elogios, venham donde vierem.

Renato P M Ribeiro disse...

Vá lá! Discutam ideias! Discutam projectos! Discutam opções!

Encontram um rol imenso neste blogue! Vão lá! Discutam-nas!

Então... nem os condóminos - candidatos do alfobre deste blogue!...


Alfobre = viveiro de plantas hortenses para transplantar; tabuleiro de horta


[Isto é um apelo de um ingénuo a falar. Porque na realidade Alcochete não tem ninguém que discuta coisa alguma! Pelo menos em quantidade para fazer uma conversa politicamente útil. Vá lá! O que vão dizer aos vossos netos?]

Rogério Pedro disse...

Senhor Luis Porença,
Ainda não tive oportunidade de ouvir a entrevista do actual Presidente da Câmara (e actual candidato). Como tal, não a posso (ainda) comentar.
Fiquei de facto curioso com o comentário acima proferido pelo senhor Joaquim, sobre a entrevista que o candidato do PSD à Câmara Municipal (Jorge Borges da Silva), concedeu à Popular FM, e só por isso fui ouvi-la.
Partindo da velha máxima que "contra factos não há argumentos", aquela entrevista é bastante pobre e exasperante para quem olha para aquele candidato com uma "tábua de salvação" para o Concelho de Alcochete!
E reconheçamos que aquela Parte 1, onde o mesmo apresenta/define o seu percurso político é lastimável, roçando o ridículo.
A Parte 2 e 3, é um "chove que não molha!"
E as questões colocadas até nem foram complicadas...
Agora se me questionar, se o senhor Jorge Borges da Silva, tem margem de crescimento? É evidente que tem! Mas tem que crescer rápido...

Unknown disse...

Sr. Rogério Pedro,
O que lamento e repudio é a sua tentativa de atingir o candidato Borges da Silva à queima roupa caracterizando-o como «alguém de pequeno calibre» , para depois , num laivo de maior discernimento e maturidade , admitir que aquele ainda tem margem de crescimento.
Quanto ao perfil dos dois candidatos importa esclarecer o seguinte.
Borges da Silva tem um percurso e uma experiência profissional consolidada pela criação da sua própria empresa de consultadoria que dá cartas num mercado fortemente especializado e concorrencial. É o fruto do seu investimento profissional e de anos de trabalho. É um empreendedor , um homem de acção e de concretização que deseja mais e melhor para Alcochete.
E Luis Franco?
Para além da licenciatura em Direito que mais há a dizer da experiência profissional e do percurso de Luis Franco? NADA DE NADA.
Foi da politica para a universidade e da universidade para a politica. Aos 36 anos tudo o que fez foi ser candidato a politico profissional e agora politico profissional.
Fala melhor na rádio do que Borges da Silva? Até pode ser , pois ao contrário daquele é um politico profissional e tem obrigação de pelo menos ser melhor nesse capítulo. Mas é só nesse capítulo. No mais falta-lhe tudo. Experiência profissional , empreendedorismo , sentir na pele o risco de um investimento profissional e empresarial.
A opção em 2009 é clara. Apostar num politico carreirista dotado de retórica e nada mais , ou num homem que faz o percurso inverso , que cosntruiu com o seu suor a sua empresa , que se afirmou profissionalmente e que nunca precisará da politica para viver.
Triste é dar valor a quem nunca fez nada de relevante na vida para além de ter sido eleito para um cargo politico.

Por fim e para o Sr. Renato Milheiros sugiro que explore um pouco o Praia dos Moinhos e o Alcochetanidades.
Verá que quem ali escreve tem contribuido positivamente com ideiais e sugestões de relevo para o futuro do concelho.

joaquim disse...

Senhor Luís Proença,

Participei por diversas vezes no seu blogue, escrevendo comentários que eram coerentes com o meu pensamento de homem livre, mas que - depois percebi - continham um pecado por si considerado fundamental e absoluto: não eram coincidentes ou convergentes com a sua linha de pensamento e com os propósitos que estiveram subjacentes à criação do "Alcochetanidades". Por essa razão, alguns desses comentários não mereceram de si a sua validação e consequente publicação. Não eram insultuosos; não eram difamatórios; não eram provocatórios.
Relativamente às entrevistas dos candidatos da CDU e do PSD à Popular FM - tive o privilégio de ouvir ambas -, limitei-me a dirigir um repto ao Sr. Professor Marafuga, porque, na realidade, admiro-o na sua capacidade hermenêutica e enquanto Homem que livremente expressa os seus pensamentos e opiniões, custe a quem custar. Não formulei nenhum juízo de valor acerca das referidas entrevistas, na medida em que, se o tivesse querido fazer, teria de dizer que a entrevista do seu candidato, Dr. Borges da Silva, constitui um autêntico pesadelo político, radiofónico e de incapacidade de expressão de alguém que ambiciona ter responsabilidades de governação no Concelho de Alcochete. Acusar-me-á V. Exa. de ser comunista, apaniguado, cacique ou correligionário dos comunistas ou do Presidente da Câmara? Espero que a razoabilidade lhe norteie o comportamento. Ao fim e ao cabo, estou somente a exercer algo por que o senhor tanto pugna: capacidade crítica e a minha cidadania. Lamentavelmente, a minha opinião não coincide com a sua. Quem tem razão? Ouçam a entrevista do candidato do PSD e, quando estiver igualmente disponível no site do Jornal de Alcochete, ouçam a do candidato comunista.

joaquim disse...

Sr. Luís Proença,

São lamentáveis esses seus considerandos sobre o candidato comunista! Tem a certeza de que o actual Presidente da Câmara " Foi da politica para a universidade e da universidade para a politica" e de que "Aos 36 anos tudo o que fez foi ser candidato a politico profissional e agora politico profissional"? Tem provas de que assim seja? Demonstre-as! Revele-as! Na sua perspectiva, tudo vale para se tentar atingir o Poder! Lamentavelmente, estes seus comentários irresponsáveis - a menos que prove as suas afirmações - são conclusivos acerca de quão baixo o PSD desceu no Concelho de Alcochete. Não tenho filiação partidária, mas tenho grandes amigos que, ao londo dos anos, foram prestigiando o PSD no Concelho de Alcochete.
Não foi no seu blogue, senhor Luís Proença, que li críticas suas ao Presidente da Câmara, porquanto este, na Assembleia MUnicipal, terá formulado críticas a alguns comentários existentes em blogues? Não foi o senhor que classificou este comportamneto como cobarde? E agora o seu comportamento, senhor Luís Proença, como devemos qualificá-lo?
Pelo que sei, senhor Luís Proença, o Presidente da Câmra é advogado de profissão. E o senhor? Não esqueça que, no lançamento da sua candidatura à Ass. Municipal, noticiada pelo Jornal de Alcochete, refere-se que o senhor tem 12 anos de experiência autárquica noutros concelhos e foi ainda assessor do Presidentes de Câmara. Ora, isto faz de si exactamente o quê, senhor Luís Proença?
Atentos os seus comentários, senhor Luís Proença, receio que a campanha para as eleições autárquicas de 2009 venha a ser tristemente suja! O PSD sairá prejudicado, mas o meu concelho também...infelizmente!

Unknown disse...

Sr.Joaquim ANÓNIMO.
O Sr. não expressa livremente quaisquer opiniões sobre temas inerentes a Alcochete. O que o Sr. faz é expressar livremente e de forma soez considerandos perjurativos sobre quem ousa confrontar o poder comunista em Alcochete , o que é muito diferente.
Já agora , estar inscrito na Ordem dos Advogados (mesmo com a inscrição suspensa) não significa que se exerça a advocacia...
Eu exerço profissionalmente advocacia de forma ininterrupta desde 1992. É essa a minha profissão e a minha fonte de rendimento. Paralelamente fui autarca , assessor autárquico , Secretário Geral dos Autarcas Social Democratas , Assessor do Grupo Parlamentar.
Os seus dois últimos comentários explicam só por si a razão de não ter publicado dois comentários seus no Alcochetanidades.
Os seus comentários nunca abordam temas relevantes para Alcochete. Limitam-se a um destilar de veneno sobre o perfil das pessoas que o sr. ataca insidiosamente sem deixar cair a máscara do anonimato.
Tudo o que eu aqui disse são verdades , doa a quem doer.
Luis Franco até pode estar inscrito na Ordem dos Advogados. Para tal basta ter uma licenciatura em direito e um estágio concluido.
Mas essa não é nem nunca foi a sua profissão e a sua fonte de rendimento.
Luis Franco é um politico profissional , um quadro do partido comunista e nada mais!

Renato P M Ribeiro disse...

Sr Luís Proença

Entendeu-me mal.

Como se tem visto nestes comentários a esta posta, não há um átomo de debate particularmente útil.

O que digo é que neste blogue e no seu há propostas valiosas que não vejo ninguém discutir. E os candidatos poderiam começar por aí, por esse rol de ideias!

Eu "queria" que fossem discutidas. Tão-só! Desse debate surgiriam opções a implementar e escolhas políticas a fazer.

Unknown disse...

Vejam no "Alcochetanidades" o texto de Luís Proença intitulado "Na Câmara Municipal para servir o Partido Comunista".

Rogério Pedro disse...

Senhor Luis Proença,
Quando me referi ao facto de o candidato do PSD, Jorge Borges da Silva, ser de "pequeno calibre", óbviamente que tal expressão não tinha laivos de malidecência, ou seja, nunca me referi à baixa estatura fisica do mesmo. Até porque os homens não se medem aos palmos! Referia-me somente à fraquíssima qualidade da entrevista que ouvi na rádio!
O meu pai sempre foi um grande trabalhador, só tinha a 4ª classe, com o seu suor criou a sua própria empresa, criou postos de trabalho, criou os filhos, trabalhou muito em prol das colectividades de Alcochete, criou grandes e muitas amizades, mas nunca daria um bom político!
Eu quando era pequeno também sonhava ser um grande jogador de futebol, mas em consciência, aprendi que não devemos persistir em adquirir qualidades que as nossas potencialidades e aptidões inatas não correspondem! Percebeu?
Tenho amigos que são advogados! Sei as exigências naturais que esta profissão lhes acarreta, ocupando-lhes a quase totalidade do dia, e por vezes os fins-de-semana. O senhor Luis Proença sabe aquilo que eu estou a falar... é estudar processos, novos códigos, a barra do tribunal, as consultas, etc...
O senhor Luis Proença, exercendo de forma ininterrupta a advocacia desde 1992, já deve ter uma boa carteira de clientes.
Explique-me (se quiser) o mistério de ter tempo livre para: Em diversos dias, fazer contagens de carros e camiões que passam na Rotunda do Entroncamento às 10h e às 14h... Tirar fotos aos arco-iris às 16h e publicá-las de imediato no blog... Andar por esses campos fora durante os dias de semana a tirar, à revelia dos proprietários, fotos às casas e barrações velhos do concelho...
A todo o instante do dia, publica um texto no seu blog, comenta neste blog... Etc... Etc...
Ainda mais tendo o seu escritório em Lisboa!

Esta vida de advogado deve dar cabo de si....

joaquim disse...

Senhor Luís Proença,

O senhor é, de facto, extraordinária e lamentavelmentemente previsível. Na sua douta e irrefutável linha de pensamento, quem possui perspectivas divergentes das suas tem de estar conotado com o Partido Comunista, com a CDU ou com os actuais titulares do poder político autárquico. Mais: quem não concorda com os seus considerandos sobre determinada pessoa - excepto se mos provar, coisa que o senhor não faz -, está certamente com ela conotado.
Vossa Ilustre Senhoria considera as minhas opiniões "perjurativas". Desconsiderando o inexplicável lapso linguístico - na realidade, no contexto por si utilizado, grafa-se "pejorativo", o que me leva a questionar se nem nas faculdades de Direito se ensina a utilizar de forma correcta a nossa língua-mãe -, essa sua acusação leva-me a afirmar - para além do sorriso - que Vossa Senhoria não possui os instrumentos básicos para um salutar debate democrático.
Exercendo Vossa Senhoria a advocacia ininterruptamente desde 1992 e tendo paralelamente exercido funções autárquicas ou de assessoria, deixo-lhe - esperando não incomodá-lo - com uma pergunta mais: o exercício dessas actividades não era incompatível com o estatuto deontológico da sua profissão? Sendo mais concreto: o senhor afirma, na última edição do Jornal de Alcochete, que foi assessor de presidentes de Câmaras Municipais. Esta situação por si descrita e assumida é compatível com esse mesmo estatuto?
Com os meus melhores cumprimentos,

joaquim disse...

Senhor Luís Proença,

Continuo a aguardar, ansiosamente, um comentário seu à prestação do candidato do PSD na entrevista que concedeu à Popular FM.
Terá V. Exa. retórica bastante?

sousa rego disse...

Enfim, com um pequeno excerto de Eça de Queiroz ,in A cidade e as Serras ,talvez os ânimos mais exaltados se possam acalmar:
-“Durante a guerra com o “outro,com o pedreiro livre”mandava recoveiros a Santo Tirso,a S.Gens,levar ao rei fiambres,caixas de doce,garrafas do seu vinho de Tarrafal,e bolsas de retrós atochadas de peças que ele ensaboava para lhes avivar o ouro.E quando soube que o Sr. D. Miguel,com dois velhos baús amarrados sobre um macho,tomara o caminho de Sines e do final desterro- Jacinto “Galeão” correu pela casa,fechou todas as janelas como num luto,berrando furiosamente:
-Também cá não fico!Também cá não fico!-“.

Este “também cá não fico”, poderia aplicar-se aos eleitores deste concelho ao serem confrontados com o teor de alguns dos comentários que antecedem.
Os cidadãos eleitores precisam de acreditar naqueles que se perfilam como candidatos aos diversos órgãos do poder local.
No entanto, e perante exercícios desta natureza ,certamente que também diriam:-Eu cá não fico!Eu cá não fico!
A elevação dos debates é uma exigência a que ninguém se poderá furtar!

Miguel Saturnino disse...

Considero ridículo alguém afirmar que "cá não fica" por causa dos debates neste e noutros blogues sobre Alcochete.

Se a maioria dos concelhos deste país possuísse espaços semelhantes para a discussão de ideias, certamente estaríamos melhor.

Aqueles que tão ardentemente lutam pela elevação do debate deviam entrar no debate propriamente dito e deixar de lado os comentários ao debate.

Por falar em "A Cidade e as Serras" (que já li cinco vezes), apetece-me dizer que Alcochete não é "paraíso perdido" para ninguém. E ainda bem.

Unknown disse...

Miguel, acertaste na "mouche".
A meses de fazer 60 anos, enterrarei ainda este ano o machado de guerra para aproveitar o resto da minha vida a fazer algumas das coisas que mais gosto, vele dizer, poesia.
Alguém tem que continuar esta saga itimorata, sempre com os pés agarrados à terra e cabeça limpa com o pano dos melhores expoentes civilizacionais: Platão e Santo Agostinho; Aristóteles e São Tomás. É que não basta o legado grego, erro de um dos pensadores ibéricos mais eminentes, o Ortega y Gasset. É preciso, urgentemente, que sigamos o sentido mais profundo da Cruz de Cristo e unamos a lição dos gregos e a tradição judaico-cristã. Assim, por exemplo, o fizeram, na poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen e, na filosofia, esse tão brasileiro quanto universal filósofo Mário Ferreira dos Santos.
É também necessário um conhecimento justo da História Universal, nacional e local.
Finalmente, o conhecimento que temos das literaturas ajuda mais do que muitos possam pensar.
Homero e Virgílio cantaram a terra; Camões cantou o mar; quem cantará o ar? O último grande poema épico será o do Fogo, o do Amor, teologicamente, o do Espírito Santo.
Com estas armas, poderás enfrentar o "nonsense" marxista e dar o teu contributo para a elevação da opinião pública, a única que decide quem manda e quem não manda.

joaquim disse...

Luís Proença afirma no seu blogue "Alcochetanidades" que o candidato comunista é um produto da Escola do Partido Comunista. Então o homem não tinha sido da JSD? Não foi isso que o candidato do PSD, Jorge Borges da Silva,afirmou numa Assembleia Municipal? Bem sei que, após essa afirmação, Borges da Silva se retractou, mas...afinal em que ficamos?

Rogério Pedro disse...

O quê? O candidato do PSD, Jorge Borges da Silva, mentiu numa Assembleia Municipal??

Unknown disse...

Vamos lá a ver se eu coloco um ponto final nesta história antiga que afecta Luís Franco à JSD.
Muito antes da denúncia de Borges da Silva na Assembleia Municipal de Alcochete, já eu tinha ouvido dizer a um militante comunista (já não é) que Luís Franco nos tempos da Faculdade estava na área do PSD.
Aqui sou diferente de Borges da Silva porque jamais me retractaria.
Imaginemos que Luís Franco, ofendido, levava estas minhas palavras a tribunal. Eu só tinha que declarar a fonte, o quando e o onde da minha informação, o mais que me foi dito, etc. E o resto?
O resto seria com a minha idiossincrasia e com Deus. Medo dos comunistas é que eu não tenho nem posso ter.
Só tenho medo do medo.
Que problema tenho eu que digam na minha cara que já fui militante do PS? É verdade. Mas dei uma volta de 180 graus. Há o livre arbítrio ou não? Para um cristão há, razão por que decidi escolher e abraçar outra visão do homem e do mundo.
Encerrem esta história que eu também faço o mersmo.

joaquim disse...

A essencialidade da questão não depende necessariamente do caso concreto acima descrito. Ou seja, a situação protagonizada por Borges da Silva serve somente de plataforma laboratorial para a formulação de questões ou dúvidas abstractas e mais transcendentes. A política constitui e molda a sociedade em que vivemos e que construímos. Assim, deve ou não existir um mínimo ético subjacente ao debate democrático ou, ao invés, a inexistência de regras éticas constitui uma característica intrínseca da actividade política, assumindo-se que "O Príncipe" de Maquiavel contém princípios absolutamente válidos e aplicáveis na contemporaneidade? A política pode contagiar os comportamentos sociais, no sentido de nos tornar menos exigentes no cumprimento das regras fundamentais da convivência humana?

Sérgio Silva disse...

Não vejo qual é o problema de mudar de opinião, de partido, ou de clube...
O problema é quando não se tem opinião...
E, no meu entender, além de algum trabalho efectuado na área da educação em Alcochete, e a conclusão de algumas obras do passado, muito pouco foi feito em prol da população de Alcochete... Senão vejamos:
Onde está o novo centro escolar?
Quando acabarão as obras da Praia dos Moinhos?
Para quando a contrução de um bom Lar de idosos?
Porque não lançar uma baixa de imposto de derrama para atrair novas empresas para o conselho e assim criar novos postos de trabalho?
Porque não investir mais no turismo no nosso concelho com a criação de uma nova empresa municipal com o objectivo de mostrar melhor as nossas riquezas naturais, a nossa cultura e os desportos náuticos?
É assim, meus caros amigos, que devemos fazer politica autárquica, com perguntas e ideias, e não com ataques pessoais, defendendo a nossa cor política, e atacando a dos outros...
Desde já deixo aqui publicamente, que sou militante de base do PSD, que conheço pessoalmente, quer o Dr Luis Franco,que o Dr Borges da Silva,e pelos quais, pessoalmente, nada de mau tenho a dizer.
Mas acho que não deve ser escolhido o proximo Presidente de Câmmara porque fala melhor ou pior, mas sim pelo que propõe em prol das populações, e acho muito sinceramente que este modelo comunista já está acabado, vive de apoios ás colectividades, ao caciquismo, e ao emprego camarário, fazendo assim uma fidelização dos votos.
Desta forma, não poderia deixar de concordar com o texto do Luis Proença exortando á participação massiva de todos nas próximas eleições, para assim estragar as continhas aa PC....

Unknown disse...

Em primeiro lugar devo chamar à atenção os intervenientes neste debate para que não caiam na tentação de ceder ao esoterismo discursivo.
São muitas as pessoas que nos lêem, o que nos obriga ao respeito pelas mesmas.
Tem que «...existir um mínimo ético subjacente ao debate democrático...». «...A inexistência de regras...» não «...constitui uma característica intrínseca da actividade política...». Não se pode assumir que «...O PRÍNCIPE de Maquiavel contém princípios absolutamente válidos a aplicáveis na contemporaneidade». «A política...» não «...pode contagiar os comportamentos sociais no sentido de nos tornar menos exigentes no cumprimento das regras fundamentais da convivência humana».
Pronto, disse o que penso que é o que Joaquim estava à espera que eu dissesse. Creio bem que Joaquim não representa, ambos comungando destas mesmas ideias.
O que eu descobri é o que Joaquim parace não ter ainda descoberto: o comunismo é a negação de todos os alicerces civilizacionais aqui desfiados. Falo assim porque me parece defender de alguma maneira o candidato comunista nesta terra de Alcochete. Fá-lo realmente com alguma capacidade intelectual, mas tal predicado deve-se aos seus valores mais profundos que o marxismo, "filosofia" do comunismo quer destruir. A isto o meu amigo parece estar alheio, o que reflecte alguma ingenuidade política, a mesma que eu tive nos melhores anos da minha vida.

Rogério Pedro disse...

Até agora quase todos os protagonistas dos comentários acima proferidos se assumem como militantes do PSD ou ainda mais à Direita. Eu que sou neutro, desconfio das angélicas e reais intenções destes comentaristas.
Sou Alcochetano, não sou militante de nenhum partido, e sinceramente reconheço que o Dr. Luis Franco (e a sua equipa) está a desenvolver um excelente trabalho na liderança dos destinos do nosso Concelho, acima de tudo mantendo a identidade do mesmo.
Sem sectarismos ou caciquismos acredito na sua vitória em 2009, e não vejo (até agora) nenhum candidato que tenha a capacidade para fazer igual ou melhor!
Aliás pelas "conversas de esquina" que tenho ouvido, o PSD não deve ter uma grande expressão politica no que concerne às autárquicas. Vamos esperar pelo PS....
As eleições autárquicas têm características próprias, votando-se nas pessoas e não nos partidos! A apresentação do Jorge Borges da Silva foi caracterizada pelo núcleo duro da população, como arrogante, prepotente e vaidosa! Assim como a do Luis Proença foi dotada dos mesmos epítetos! Diz o povo, que são dois meninos mimados que agora através da política querem "sair debaixo das saias da mãe"! Vamos ver se o povo tem razão...
Sempre ouvi dizer que podemos mudar de tudo menos de clube...
O pseudo problema não está em mudar de partido! O real problema está em fazer da Assembleia Municipal, uma espécie de "atirar o barro à parede", em mentir descaradamente, em acusar sem provas, para depois retractar-se! Percebem as diferenças?

Unknown disse...

Sr.JOAQUIM ANÓNIMO,
Nenhuma das funções que desempenhei no âmbito da assessoria juridica a Presidentes de Câmara , ou qualquer dos cargos que ocupei em orgãos deliberativos de uma outra autarquia são incompativeis com o exercicio paralelo da advocacia.
Essa incompatibilidade existe para os cargos de Presidente da Camara e Vereador , cargos que nunca ocupei.
O Sr.Joaquim Anónimo revela uma confrangedora tentação para falar de questões que não domina.
Quanto à entrevista de Borges da Silva devo dizer que pode ter sido estéticamente mais pobre do que a de Luis Franco , mas indubitavelmente mais rica em conteúdo. Ora se tivermos em conta que o candidato comunista é politico profissional preparado pela Escola do seu partido e o candidato social democrata é um homem do trabalho e do empreendedorismo que quer dar o seu melhor a Alcochete , então se calhar devia ver as coisas por outro prisma.
Sobra ainda a verticalidade do candidato social democrata e a tendência do comunista para a fabulização como fica patente uma vez mais na questão denunciada no Alcochetanidades em torno do apoio da Câmara a uma corrida de touros.
Afinal trata-se de mais do mesmo , depois da cortina de fumo que Luis Franco tentou lançar sobre o falhanço das candidaturas camarárias aos fundos do QREN que custaram 6 milhões de euros ao municipio.
Registo ainda que o Sr. Joaquim Anónimo persiste na fulanização da sua intervenção nestes blogues , situação que claramente indicia que não tem qualquer ideia para Alcochete.«Quem sai aos seus...»

sousa rego disse...

Fiquei surpreendido com as reacções de alguns comentadores.A “ideia” então expendida foi:-“A elevação dos debates é uma exigência a que ninguém se poderá furtar”-.
Alguém veio em defesa de um comentador mais excitado que confessou ter lido, por 5 vezes,a obra de Eça de Queiroz ,A Cidade e as Serras”.
E ,para o efeito,brandiu outros vultos da literatura e do pensamento,os quais também admiro.Fiquei com a sensação que o Dr.Marafuga não gosta de Eça de Queiroz.Talvez por motivos “ideológicos”.Não sei! No entanto respeito integralmente os gostos literários,filosóficos e ideológicos do Dr. Marafuga.
Mas ainda a propósito da elevação dos debates ,tenho verificado que o tom dos ataques pessoais aos candidatos subiu para limiares perigosos.
São limiares que se mostram susceptíveis de integrar “matéria criminal”.
Para o efeito,basta que algum dos visados se considere atingido na sua honra e consideração por alguns dos ataques pessoais formulados.
Em jeito de conclusão,poderei dizer:Eu fico por cá mas por essa via não vou!

Miguel Saturnino disse...

Está enganado. Posso ter sido contundente, mas estava (e estou)sereno. E não vi ninguém a ir em minha defesa. Vi antes alguém a concordar com o que eu disse. Não confunda um "muito bem" como um "não façam mal ao menino".

De qualquer modo, não me interprete mal: sei perfeitamente que só teríamos a ganhar com a elevação do debate e que estamos eticamente obrigados a garantir uma qualidade mínima na discussão de ideias.

O que acontece é que espaços como este são tão raros que, por vezes, estar com esse tipo de exigências permanentes tem o efeito contrário: atrapalha mais do que ajuda.

Em bom vernáculo lhe digo que uns berros irreflectidos não fazem mal de vez em quando, se não forem dominantes. A qualidade do debate pode não estar sozinha, como idilicamente seria desejável, mas está presente e isso, para já, é até mais do que podemos exigir.

sousa rego disse...

Sr. Miguel Saturnino como deve saber, não é pelo facto de se falar mais alto," de berrar",que se está dentro da razão ou ainda, que se pode fazer crer aos outros uma tal realidade.
Por outro lado,continuo a não perceber o seu comentário quando sustenta que não me assiste razão.
Será que disse alguma monstruosidade para tempos sociais e políticos da realidade do concelho?
Quer-me parecer que não!
O que me custa a crer é que, para se falar de ideias e opções ,se enverede pela via do ataque pessoal.O período do "prec"em Alcochete já se finou lá para o século anterior.
Nessa ocasião histórica,embora sem "net" a política teve coisas destas.Discutir pessoas em vez das ideias.Essa foi uma prática então em voga.Volvidos todos estes anos ,sempre esperei por uma superação dos defeitos,digamos ,"naturais" de quem debate as ideias e as coisas da política.Porém,também estou consciente de que as mudanças das mentalidades são mais lentas a acompanhar as da sociedade.
O concelho de Alcochete merece, sem dúvida , algo de melhor de todos nós.
Pela parte que me cabe e quando o julgar oportuno,não deixarei de emitir as minhas opiniões no combate ao já "secular centralismo alcochetano em relação às demais freguesias do concelho".
Este é um tema em aberto,uma "ideia".

Miguel Saturnino disse...

Com tanto floreado, parece Teixeira de Pascoaes a falar. Felizmente que, por essa ordem de ideias, me sobra o papel de António Sérgio.