22 março 2009

Desafio

Face à dimensão aflitiva de notícias que correm em catadupa sobre corrupção dos políticos, todo o candidato a autarca, nomeadamente a presidente de câmara, freguesia e vereação, devia chegar aqui ou a outro órgão de comunicação e declarar peremptória e categoricamente o seguinte: 1) Não enriquecerei à custa do erário público; 2) Não venderei decisões políticas; 3) Não aproveitarei o cargo que me foi confiado pelos eleitores para benesses particulares; 4) Viverei apenas do meu vencimento legal recebido ao fim do mês.

4 comentários:

Unknown disse...

Se houvesse mecanismos eficazes para fazer cumprir os quatro pontos do meu texto, os autarcas seriam os Marafugas deste mundo.
A menos de um ano dos meus 60 anos, quase meia centena de cadeiras feitas em duas Universidades, marido, pai, filho criado, professor titular, etc., eu sou impotente para compreender como um homem ou mulher recebe a confiança dos eleirores para depois roubá-los.
Eu não compreendo porque estou perante uma estrutura do mal que o meu ser imperfeito nunca experienciou.

Unknown disse...

O melhor é que me desmascare e confesse que SINTO UM ÓDIO INFINITO À CORRUPÇÃO.
A reflexão sobre a corrupção vence a minha razão e põe-me a dizer coisa sem coisa.
Que Deus me ajude.

sousa rego disse...

Certamente que já se deu conta que o problema não reside nas declarações mais ou menos solenes a que faz referência no texto.
Declarações dessa natureza estão subjacentes à tomada de posse de todos os agentes políticos e não só do nosso país.
O problema reside na “praxis”.E a velha máxima popular de que ,-“no melhor pano cai a nódoa-“está sempre presente.Por outro lado, os mecanismos existentes para se poderem descobrir “as nódoas” a tempo e a horas,não são os mais eficazes.
Ao cidadão comum o que é que lhe resta?Mais do que não seja ,o manter-se atento e não deixar que lhe ocultem” a nudez forte da verdade sob o manto diáfano da fantasia”.

Unknown disse...

Caro Sousa Rego, eu não posso aceitar a ideia de que, se fosse autarca, cairia no poço onde todos os outros caem.
Se eu assim pensasse, estaria a admitir que essa virtude que recebe o nome de "honestidade" é uma miragem.
Por outro lado, que raio de cristão sou eu que parto da admissibilidade que posso roubar os outros?
Todos os filhos de Deus são iguais e imperfeitos, mas cada um tem a sua individualidade.
CHEGO AOS 60 ANOS SEM NUNCA TER ROUBADO NADA A NINGUÉM. NÃO SERIA A PARTIR DE AGORA QUE O IRIA FAZER.