26 março 2009

Luís Franco, candidato (3)

Seguidamente, o Jornal de Alcochete pergunta por mais promessas feitas em 2005: instalação de novas empresas em Alcochete, parque municipal, arranjos da orla ribeirinha e democracia participada.
Luís Franco, a não ser ao fim da sua resposta mais longa, não diz nada. O candidato dos comunistas fala de «...um périplo por algumas das empresas do nosso município». Eu, para já, gostava de dizer ao sr. Presidente que "périplo", do Grego, significa "viagem de circum-navegação". Eu sei estas coisas porque não sou um homem-massa. Mas pronto, o melhor é prosseguir e deixar bem claro que os empresários não precisam para nada do périplo que a Câmara já realizou e dos que venha a realizar. Do que os empresários precisam é que os deixem trabalhar, o que se consegue aliviando-lhes as taxas.
O parque municipal e os arranjos da orla ribeirinha são lançados para o tempo futuro, ardil que dá sempre frutos.
Sobre a democracia participada, Luís Franco refere-se à deslocação das reuniões de Câmara por esse Concelho fora. Esqueceu-se de que o prometido é devido, quero dizer, esqueceu-se de falar no Senado, órgão consultivo que em 2005 o programa comunista prometeu aos eleitores.
Finalmente vem o mais interessante, isto é, o projecto de destruição e roubo da Praia dos Moinhos aos munícipes: «...o licenciamento do empreendimento turístico para a seca do bacalhau também já foi emitido, as obras vão iniciar-se por volta de Setembro».
Claro que previamente já tinha sido dado ao munícipe um substituto da Praia dos Moinhos para suavizar o choque. Falo da piscina municipal ou de um parque de piscinas municipais, o que, com consciência ou sem consciência do sr. Presidente, tem um efeito subliminar.
Esta noite tive um sonho paradisíaco. Sonhei que estava numas piscinas alhures em Alcochete, óculos de sol, papo para o ar, rodeado de mulheres de luxo. Uma delas, de biquini vermelho, a rir-se, perguntava-me, «professor, onde fica a Praia dos Moinhos?». E eu respondia, «mais prò fundo...mais prò fundo».

3 comentários:

Fonseca Bastos disse...

Administrar dinheiro é fácil. Difícil é administrar a falta dele.

Alfred E. Newman

Fonseca Bastos disse...

“Mas é claro que não há presidente de câmara que não assine, todos os dias, papéis sem ler!” – Isaltino de Morais, em declarações à TVI, à porta do Tribunal onde está a ser julgado.

Sabendo eu que, por estas bandas, um presidente de câmara faz mais de 200 assinaturas diárias em papéis, a crer na afirmação do autarca de Oeiras quantas serão às "cegas"?

Miguel Saturnino disse...

"- Onde fica a zona histórica de Alcochete? Passe a Avenida Soeiro Pereira Gomes, vire à direita no Largo Unidos Venceremos e depois corte na José Saramago à esquerda. Sempre à esquerda, à esquerda, mesmo quando for para a direita e chegará lá."