04 março 2009

Habitação imparável


As estatísticas oficiais confirmam que, até 2007, a construção de habitação nova continuou imparável em Alcochete, ano em que já existiam 8092 alojamentos familiares clássicos para 16.813 residentes.
Dos 163 edifícios licenciados pelo município nesse ano, apenas nove não se destinaram a habitação familiar. Não houve nenhuma reconstrução de edifícios e das construções novas 18 respeitam a edifícios de apartamentos e 134 a moradias.
No mesmo ano ascenderam a 331 os fogos licenciados em construções novas para habitação familiar na área de Alcochete, m
aioritariamente das tipologias T3 e T4 ou mais.
Convém ainda atentar no quadro seguinte, respeitante à estimativa de alojamentos familiares clássicos existentes em Alcochete, os quais cresceram mais de 20% em cinco anos:


Já agora, devo recordar aos distraídos que, desde 1 de Novembro de 2005, o Município de Alcochete é governado por uma maioria comunista. E que, em 24 de Novembro do ano a que se referem as estatísticas acima citadas, na Conferência Nacional Sobre as Questões Económicas, Lino Paulo, da Comissão Nacional de Autarquias do Partido Comunista Português, apresentou um texto cuja leitura recomendo aqui.
Francamente, concordo com quase todo o texto. Desconhecia-o, embora coincida com muito do que aqui tenho escrito sobre o tema habitação.
Mas algo se passa em Alcochete, porque há comportamento desviante da tese oficial. Não sou eu que o digo, são as estatísticas!

P.S. - Este texto foi transcrito no blogue «A-Sul», a cujo animador agradeço a gentileza.

1 comentário:

sousa rego disse...

Com a expansão “cimento” parece ter surgido um novo maná.É de curta duração pois as áreas disponíveis mostram-se bastante limitadas e a denotar uma enorme saturação.De imediato,fica a ilusão de uma maior fonte de receitas através da cobrança de impostos sobre o património imobiliário.
Porém,se as casas ficarem vazias,por falta de compradores,aquela doce perspectiva de arrecadar mais receitas esfuma-se.
O que resta?Edifícios vazios! Zonas de grande beleza paisagística desvirtuadas e o empobrecimento de toda a comunidade.