02 março 2009

Estatísticas não mentem

A imagem superior mostra o parque logístico do Passil em Fevereiro de 2003. A imagem inferior reproduz a situação no final do ano passado e desde então já houve alterações. As estatísticas evidenciam que com armazenagem de grandes dimensões nada se resolve (imagens via Google Earth).


Neste blogue tem-se apontado,
frequentemente, a necessidade de uma nova postura autárquica na captação de actividades empresariais e a informação estatística confirma a urgência de acções bem planeadas e melhor executadas.
No ano de 2006 o concelho de Alcochete tinha 12,2 empresas por Km2, o segundo pior índice na Península de Setúbal (abaixo apenas Palmela).
Além disso o nosso tecido empresarial tinha dimensão pouco significativa, existindo 96,2% de micro-empresas, 3,7% de pequenas e médias empresas e apenas uma com mais de 250 trabalhadores.
No mesmo ano de 2006, as 1568 empresas com sede em Alcochete davam emprego a 4905 pessoas (equivalentes a menos de metade da população activa residente). Tínhamos a terça parte das empresas e menos de metade do emprego da maioria dos municípios da região.
Outro pormenor que me parece significativo: existiam em Alcochete somente 103 empresas da indústria transformadora, a terça parte das registadas na maioria dos concelhos da península de Setúbal.
Vale a pena notar ainda que das 1568 empresas com sede no concelho, 1509 tinha menos de uma dezena de postos de trabalho, 48 entre uma dezena e meia centena, dez empresas empregavam entre 50 e 250 trabalhadores e, tal como acima referido, apenas uma tinha mais de 250 empregados.
Éramos ainda, na península de Setúbal, o concelho mais desequilibrado em termos de comércio. No ano de 2006 produziram-se, em Alcochete, mercadorias no valor de 54,5 milhões de euros, sendo 49,3 milhões destinados ao mercado interno e 5,2 milhões a exportação. As mercadorias entradas totalizaram 178,6 milhões de euros, tendo 172,7 milhões de euros proveniência nacional e 5,9 milhões de importações.

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