PINHEIRINHO
Pinheirinho a dar ao vento
Sozinho no descampado,
Eu percebo o teu lamento,
Esse choro abafado.
Esse choro abafado
Sem remédio que te valha.
Tudo à volta está tragado
Por monstro que a morte espalha.
Por monstro que a morte espalha
Cuja fome nunca sacia.
Monte e vale vira em fornalha,
Some tudo o que o chão cria.
Some tudo o que o chão cria,
Para trás fica o cinzeiro,
Cemitério sem valia,
Durante dias fumeiro.
Durante dias fumeiro
Por onde a vista alcança...
Pinheirinho derradeiro,
De outro mundo és a esperança!
João Marafuga
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