22 fevereiro 2006

Não metam água, por favor

Entre as notícias de hoje consta esta com origem numa conhecida associação de consumidores.
Pegando nos dados fornecidos, fui ao sítio do Instituto do Ambiente na Internet e descobri que, em 2003, o município de Alcochete falhou, parcialmente, na entrega de informação àquela entidade.
Para certos parâmetros (cádmio, crómio, selénio e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos), nesse ano foram somente entregues metade das análises obrigatórias e nos demais parâmetros a falha foi de 1/4.
Se recuarmos a anos anteriores, as falhas do município de Alcochete são ainda maiores.
O que me preocupa no caso da água é a inexistência de uma fonte actualizada de consulta pública. Repare-se que os últimos dados disponibilizados pelo Institito do Ambiente referem-se a 2003!
Mantenho o ponto de vista de que, além da afixação dos resultados das análises à água de consumo nos locais do costume, o município de Alcochete deveria divulgá-los regularmente no seu sítio na Internet.
Tal nunca sucedeu, até hoje.
As análises à água de consumo público são imperativas e devem realizar-se trimestralmente.
A associação de consumidores vem agora recomendar que a informação seja também publicada em órgãos de comunicação locais e passe a constar das facturas da água. Será pedir demais?

2 comentários:

Anónimo disse...

Se o relato feito pelo caro Sr Bastos corresponder à ausência de análises exigidas pela lei só tenho um comentário: É CRIMINOSO! E alguém devia ser responsabilizado. E não é de responsabilização política de que estou a falar...
Estamos a falar dos fundamentos de duas coisas numa comunidade: de saúde pública e individual, por um lado, e de confiança nas instituições, por outro.
A realidade devia ser outra: o número de análises devia ser maior do que o exigido por lei!
Se a premissa que enunciei for verdadeira é uma bela demosntração da falência de uma comunidade cívica.
Repito: é CRIMINOSO...

Unknown disse...

Estou completamente de acordo com as palavras do Renato no post anterior.