19 fevereiro 2006

"Mídia sem Máscara"

Para que se verifique quanto é camuflada de 'verde' a informação que recebemos das nossas televisões e jornais, venho sugerir aos leitores deste blog a visita a www.midiasemmascara.org
No motor de busca deste site ponha a palavra "ecologia" ou "verdes" ou "ambientalistas" e depois, se essa for a sua vontade, venha aqui dizer-nos qualquer coisa.

9 comentários:

Anónimo disse...

Como classificar estes depoimentos:
http://antoniopovinho.blogspot.com/2006/02/s-o-s-carvalhas.html
http://antoniopovinho.blogspot.com/2006/02/carvalhos-centenrios-poda-radical.html
http://dias-sem-arvores.blogspot.com/2006/02/quem-fez-isto-no-percebe-nada-de-nada.html?

Já agora, em Alcochete, por que se continua a tratar tão mal os plátanos e, em geral, todas as árvores?

O caro Marafuga tem seguido fontes “anti-ecologistas” brasileiras!
Estarão elas a defender o Homem na sua integridade? Duvido
Não estarão a fazer a natural, respeitável e livre resistência a quem se opõe, por exemplo, ao abate da floresta amazónica?

Li dois ou três textos do sítio que recomendou – não me convencem nada… um amontoado de subjectivismos muito adjectivados. Argumento lógicos… não reparei em nenhum. Da breve leitura que fiz, os textos parecem-me mais panfletários do que reais instrumentos de debate.

Anónimo disse...

Fui ler outro texto do sítio recomendado pelo caro Marafuga: “Mentindo cientificamente” por Olavo de Carvalho em 21 de fevereiro de 2004
(http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=1527)

O texto centra-se na análise da idoneidade de uma fonte jornalística e que será uma instituição científica - ONG Union of Concerned Scientists.

E ao longo dos parágrafos esta organização é reduzida a pó pelo Olavo de Carvalho.

Eu não a conheço. Mas ONG não significa – “organização Não Governamental”?

Se assim o for, ela representa um interesse qualquer, tal como qualquer ONG! O seu fulcro não será produção de ciência. A ciência não se produz em ONGs!

Então o que temos: Olavo de Carvalho a criticar uma ONG!
Isto não é criticar a ciência é criticar a sua utilização!

Relembro, essa ONG foi uma fonte jornalística de uma notícia.

No fim do seu artigo Olavo de Carvalho conclui com:
“Eis aí, em toda a sua miséria moral e intelectual, a fonte acadêmica renomada, fidedigna, isenta, neutra e respeitabilíssima em que a France Presse e a Folha de S. Paulo se baseiam para acusar George W. Bush de falsificar a ciência por motivos políticos. Para dar credibilidade a essa notícia só há mesmo um caminho: ocultar tudo o que se sabe da entidade acusadora, para que o leitor não perceba que ela nunca fez outra coisa senão, precisamente, falsificar a ciência por motivos políticos.”

Sublinho “falsificar a ciência” …

E continua:

“Isso não é jornalismo nem mesmo de baixíssima qualidade. É manipulação. É propaganda mentirosa, porca, mal intencionada e mal realizada.

Conclusão – o problema / tema do texto não é a ciência mas o jornalismo e as suas fontes…
Mas que o título do artigo de Olavo de Carvalho me induziu em erro, induziu… foi pelo título que fui lê-lo!

Unknown disse...

Meu caro colega, defende-se o homem na sua integridade defendendo a Civilização Industrial e o progresso capitalista.
Renato, creia-me, eu já falei como o meu amigo, mas hoje tenho vergonha dessa longa fase da minha vida. O meu ínfimo contributo à defesa consequente da Democracia Liberal exige que eu agora assim fale.
Quanto à floresta amazónica, passo a transcrever o seguinte: «A Amazónia não é o pulmão do mundo, como alguns defendem, já que o oxigénio produzido pela fotossíntese acaba sendo consumido pelas árvores que se decompõem, em uma floresta em equlíbrio. Mesmo assim, o desmatamento total na Amazónia desde a chegada do homem chegou a apenas 14%, sendo que 3% foi reposto com novas florestas plantadas» (A propaganda enganosa dos verdes, 2003, MidiaSemMascara.org).
Renato, sei que sabe que eu não consulto só sites brasileiros, embora contra estes eu não tenha preconceitos nenhuns. Por exemplo, se eu consultar Encyclopaedia Universalis, Paris, 1996, vol 7, pág. 875, poderei ler: «[...] la crise écologique [...] est un phénomène idéologiquement totalisant et quasi totalitaire. Malgré le caractère extrêmement syncrétique du mouvement et de la pensée écologiques, cette crise se présente donc comme une mise en cause globale et cohérente de tous les aspects de la vie humaine contemporaine, telle du moins qu'elle a été conçue et imaginée dans la cociété occidentale...»

Unknown disse...
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Unknown disse...

Sem saber bem como, o meu texto anterior saiu a dobrar. O meu pedido de desculpas aos leitores.
O Renato dá fé de uma estratégia de escrita muito frequente em Olavo de Carvalho. Este, para mim, está entre aquelas pessoas que hoje no mundo falam mais claro. O Renato vá ao site dele, www.olavodecarvalho.org, leia qualquer coisa, faça o seu julgamento e, depois, se lhe apetecer, diga-nos quelquer coisa.
O abraço do amigo João Marafuga

Anónimo disse...

João amigo,

Ó rapaz, estás a ir por maus caminhos. Fundamentalismo anti-ecologista?! É pá, não comeces a agitar muito o assunto, não vá algum caramelo lembrar-se de plantar um aeroporto à tua porta. Convenhamos que a tua cabeça - nem a minha, safa! - são pistas de aterragem.
Quanto ao site "media sem máscara", deve ser brincadeira de Carnaval. Daí, portanto, a "máscara" e o resto que escuso de citar. Mas como não és nada crédulo - quando queres, nota! - é pá, eu tenho aqui uma cautela premiada com 20.000€, preciso do dinheiro, tou à rasca para fazer um pagamentozinho amanhã de manhã, ao raiar da aurora, é pá, eu vendia-te a dita cautelazinha por 5.000€. Eu seu, eu sei, perco dinheiro, mas dou-to a ganhar e assim desenrascavas-me desta alhada e aproveitavas para contratar o Pai Natal, para as reuniões de turma, testes, etc.. Como sei que está bem para ti, vou já para aí num salto a tua casa. Até já, João amigo, acabas de fazer um negócio do quilé!
Um abraço, já tenho o carro ligado, já lá tou dentro...primeira, arranquei!...É pá, já vou na ponte!

António

Anónimo disse...

Caro Marafuga vai-me desculpar mas não sei como consegue tirar as conclusões sobre o que eu defendo ou sobre qual a minha estrutura mental.

Não descortino como chega às conclusões de:
“Meu caro colega [eu], defende-se o homem na sua integridade defendendo a Civilização Industrial e o progresso capitalista.” (19 Fev) ou de que
“O meu amigo [eu], ainda que, hipoteticamente, vote no CDS-PP, tem uma estrutura mental de esquerda; eu, ainda que, hipoteticamente, vote na CDU, tenho uma estrutura mental de direita.” (13 Fev.)

Se bem reparou, a maior parte das minhas intervenções são questões às coisas que me dizem. Não são, no que tenham de mais importante, declarações de convicções.
Não têm a ver com a minha posição, relacionam-se com a minha curiosidade e com o entendimento de que só a crítica, a discussão e o debate apuram!
Estas são, no fundo são as “coisas” que, se “desenvolvidas” ou “evoluídas” numa sociedade, permitem entender uma mensagem e discernir eventuais intenções de propaganda. Uma sociedade “desenvolvida ou evoluída” é aquela que não precisa de textos como o de Olavo de Carvalho que aludi. A própria sociedade perceberia o bom e o mau jornalismo. Dispensaria o paternalista censor de qualidade das publicações.

Estou-lhe a dizer isto, caro Marafuga, porque fico aborrecido quando respondem às questões ou dúvidas que ponho com os meus putativos entendimentos.

Retomando a questão da Amazónia e para facilidade de debate consideremos válida e sem discussão a sua citação, a de que “…A Amazónia não é o pulmão do mundo, como alguns defendem, já que o oxigénio produzido pela fotossíntese acaba sendo consumido pelas árvores que se decompõem, em uma floresta em equlíbrio. Mesmo assim, o desmatamento total na Amazónia desde a chegada do homem chegou a apenas 14%, sendo que 3% foi reposto com novas florestas plantadas» (A propaganda enganosa dos verdes, 2003, MidiaSemMascara.org).” (1)

Apetece perguntar:
Qual a influência do abate da Amazónia no clima e ciclo (fundamental) da água?
Quais as perdas na biodiversidade pela cessação da decomposição das árvores de uma floresta em equilíbrio?
Qual a influência nas taxas de erosão e na frequência de inundações a jusante?
Quais os danos nos assoreamentos de portos e infra-estruturas costeiras?

Não quero que me respondam a estas questões. Mas elas têm certamente resposta! Ao fazê-las, apenas quero remeter a Amazónia para o nível que tem – a de ser um SISTEMA NATURAL complexo em equilíbrio meta-estável. E se não tem importância como “pulmão” tem-na noutros aspectos. Pese-se o valor maior: as vantagens da sua manutenção com as vantagens do seu abate. Tão-só!

É que quem usa os argumentos que citou, caro Marafuga, deveria, além de responder aos “ecologistas”, sustentar a bondade do abate da Amazónia, deveria enunciar as vantagens do seu abate. Há-os?

Por último, no meio desta conversa ficou uma questão que reputo de grande importância e que fiz mais acima:
“Já agora, em Alcochete, por que se continua a tratar tão mal os plátanos e, em geral, todas as árvores?”
(1) – Claro que não estou de acordo, a afirmação teria de ser cientificamente defendida e daria, per se, outra conversa!

Unknown disse...

Vou responder àquilo que me parece essencial no seu texto.
A primeira coisa que tenho a declarar é que eu não só sou um homem de convicções como faço questão em dar testemunho delas. O Renato pode deixar de respirar? Assim eu não posso deixar de dar testemunho.
A minha convicção máxima da qual decorre toda a estrutura do meu pensamento é a de que 'há Algo maior do que eu para lá de mim'. Isto é uma exigência da minha inteligência.
Eis por que eu não posso ser um ecologista e menos um verde como são estes ecologistas e estes verdes. Vamos a um exemplo.
Os espaços verdes de Alcochete são os mesmos de há 40 anos. Se me perguntassem se um parque municipal seria um bem para a minha terra, eu responderia convictamente que sim. Mas agora, a partir deste 'bem' não me venham cá transmutar os meus valores porque estes ordenam-se a um Bem infinitamente para lá do 'bem' de cá que é um parque municipal. Renato, não pergunto se concorda comigo; pergunto se está a perceber-me.
Uma sociedade merecedora deste nome tem que ter a sua elite. Esta, por sua vez, só merece este nome se tentar puxar para cima o povo a que pertence. Os intelectuais são elite desde que não tenham o discurso do interesse, isto é, ideológico. Logo, o povo deve ouvir os seus intelectuais. O resto é demagogia.
Eu não sou biólogo, razão por que não falo de biologia como falo de Literatura, mas a Universidade deu-me algumas ferramentas que me permitem aproximar-me de várias áreas fora da minha especialidade sem cair no ridículo.
Eu sei o que é a Ecologia. É a ciência que estuda as relações entre os organismos e o meio onde eles vivem. Tenho para mim que esta noção, quiçá clássica, é válida, embora possa ser mais aprofundada, mas isso já não me interessa muito para o debate que mantemos. Estranho é que a Ecologia, sendo uma verdadeira biologia da Natureza, se presta a um braço político designado, genericamente, por 'verdes'. E olhe que eu não vou na opinião de que há 'verdes-verdes'. Os verdes são vermelhos, meu amigo!

Unknown disse...

Caro António, obrigas-me a descobrir-te um pouco a careca.
Atendendo à maneira galhofeira que caracteriza aqui a tua abordagem aos problemas, não ficarás embaraçado se eu disser que o teu nome anda aí por todas as livrarias e passará além fronteiras?