Até há uns meses, em Alcochete, era proibido falar dos riscos da proliferação de mosquitos, porque não convinha ao bando do xerife.
Mas casos de malária não são inéditos nestas paragens (que o diga o Dr. Simões Arrôs), pelo que passo ao lado das conveniências políticas.
Recomendo a leitura do artigo «Doenças: A migração temida», publicado no último número da revista «Visão» (não acessível na versão electrónica).
Segundo previsões da OMS, por volta de 2010/2015 a febre hemorrágica (dengue) deverá chegar à Europa Ocidental. Na opinião de especialista nacional citado na revista, poderão ocorrer casos ainda antes do final desta década.
Pelo sim, pelo não, leia-se atentamente o artigo da «Visão». Quem nos avisa...
5 comentários:
Não sei bem porquê, mas sinto-me redimido!
Obrigado caro Fonseca Bastos.
É que na altura a que se reporta senti-me impotente em arguemntar contra larachas pretensamente ridicularizantes.
E esta minha sensação é reforçada...afinal os meus antagonistas, alguns dos quais anónimos, eram, ao que diz, comissários políticos...que bem informados estavam!... que bem comum defenderiam eles?...
Ainda sobre o seu texto, não li ainda o artigo da "Visão", mas, nos últimos meses, estas referências não são novas! Recorde-me de umas reportagens na SIC...
Não foi por acaso que forneci a hiperligação ao sítio da OMS. Contém muito mais informação sobre os riscos de existirem zonas húmidas em estado de abandono.
Digam-me uma coisa: esses paladinos da Ecologia, também chamados de Verdes, não defendem o interdito sobre todas as zonas húmidas?
Como bem sabe, proteger não é sinónimo de abandonar.
Interditar ou limitar a presença humana em certas áreas naturais sensíveis é justificável.
Mas isso não significa que, pura e simplesmente, sejam abandonadas. Menos ainda quando desse abandono resultam sérios riscos para o Homem.
Conheço na Europa magníficos parques naturais, alguns menos importantes que a nossa RNET mas exemplos de conservação e de harmonia com o Homem.
As zonas húmidas são duplamente sensíveis e impõem-nos uma tremenda responsabilidade colectiva:
1. São património natural insubstituível, devemos conservá-las, melhorá-las e amá-las;
2. Se forem abandonadas podem pôr em risco a saúde dos seres humanos e de animais que vivem perto deles.
Em Alcochete temos uma das principais zonas húmidas europeias. Magnífica em vegetação, aves aquáticas e paisagem.
Conhecerá a nossa comunidade o suficiente da zona húmida que a rodeia? Quem disse que só se ama o que se conhece?
Infelizmente está entregue aos desígnios da Natureza, porque a entidade incumbida da vigilância não tem sequer dinheiro para fotocópias e, consequentemente, muito menos para a sua conservação e divulgação.
Está abandonada e sujeita a toda a espécie de malfeitorias. E nós em risco crescente de arrostar com as consequências.
Culpa de quem? Nossa, obviamente, porque metemos a cabeça na areia.
Convidava-os, a ler o artigo publicado nos Escândalos no Montijo sobre o v/BLOG. Um abraço. Bruno Morais.
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