20 fevereiro 2006

Maçãs ecológicas


A pedido do meu filho, jovem de 14 anos que frequenta o 9º ano de escolaridade, há poucos dias comprei um saco de maçãs ecológicas pouco maiores que bolas de ping-pong.
Até ontem ao jantar ainda não tinha experimentado as maçãzinhas. Instado pelo meu filho, lá me decidi a comer uma. Quando a abri, tinha bicho. Chamei a atenção do meu filho com as duas metades na ponta dos dedos viradas para ele que logo me disse: "pai, é a prova de que não usam químicos!"
Não quis logo desmistificar o que ensinam ao meu filho na escola, mas o jovem é já vítima da grande impostura ecologista que se abate sobre a humanidade.
O meu filho está longe de pensar que a resposta dada é visceralmente contra o progresso que a agricultura sofreu em todo o mundo nas últimas décadas, matando a fome a milhões de pessoas.
Será que os ecologistas estão preocupados com o aumento da população mundial? Mas talvez todos os habitantes da terra coubessem no arquipélago dos Açores!

2 comentários:

Anónimo disse...

João,

Dou-te razão, a industrialização da agricultura matou a fome a muita gente. Sobretudo numa Europa saída da guerra, e com um modelo demográfico que não é o de hoje. Mas, nem tudo foi, e é, um mar de rosas, sofrendo contigências várias. A primeira prende-se com a demografia. A segunda com o modelo de desenvolvimento de uma agricultura subsidiada (falo, claro, do espaço da UE). A conjugação destes dois factores contribuiram para uma situação de perplexidade num "beco sem saída". Temos excedentes q não sabemos o q fazer deles, como é o caso paradigmático dos lacticínios, e os produtores exteriores à UE não conseguem competir em preços com os de cá. Reforçam-se, assim, os mecanismos de um acentuar de pobreza desses países. É um assunto sério e complicado.
Outro tema: vi um post, q retiraste, penso dirigido a "um careca". Como não sou calvo nem nu em matéria capilar, e muito menos uso capachinho, estou à vontade em livrarias d'aquém e d'além mar em África. Amigo João, não me acoberto em nicks, dou a cara. Como também o riso, quando é caso disso. E não me leves a mal: é feitio!
Um abração

António

Unknown disse...

António, lá te deu a pachorra para um post à tua medida. Ainda o vou ler com mais atenção. Não sei se lhe acrescentarei alguma coisa. Agora, uma e meia da madrugada, não estou em condições de fazer nadinha.
A farpinha que te lancei está lá. É o último dos comentários ao texto "Mídia sem Máscara". Foi só para espevitar. Sei o que faço, meu amigo.